Lia acordou numa cama.
A cama era estranhamente alta, confortável e cheirosa. Lia sorriu ao sentir o cheiro fresco de limpeza.
E aí ela percebeu que esse não era o quarto dela.
A situação na maioria dos casos é embaraçosa e comum para Lia, mas, diferentemente das outras vezes, ela não se lembrava de nada que aconteceu na noite passada.
Ela abriu os olhos num reflexo, mesmo querendo dormir, e varreu o quarto com um olhar.
Tudo ao redor dela tinha uma coloração pastel, variando do creme a um rosa claro com toques dourados. Sua cama tinha quatro travesseiros brancos e tão limpos como se nunca tivessem sido usados. Ao seu lado, ela viu um criado mudo marrom escuro e encima dele um copo d'água e uma carta parcialmente borrada de tinta preta.
As sobrancelhas se franziram quando ela percebeu que nenhum lugar num raio de quatro kilometros parecia tão luxuoso quanto o quarto.
"Talvez o antigo hotel da esquina?", pensou encarando as pesadas cortinas do quarto.
Mas ela sentia, apesar de não se lembrar, que algo havia mudado na noite passada e a sua vida junto.
- Finalmente acordou - disse Nikolai a voz baixa porém forte.
- Onde estamos? - Perguntou Lia sem cruzar o olhar com Nikolai, agarrando-se a única demonstração de poder possível na atual situação.
- Você não está preparada para essa conversa ainda - disse com tanta naturalidade como se ela houvesse perguntado quanto era dois mais dois. Lia encarou-o pela primeira vez desde que ele entrara, arregalando as sobrancelhas dispara - Quem é você para avaliar isso?- disse entredentes.
- Alguém que pode te manter a salvo - disse ele sem nem pensar duas vezes.
Ao terminar o comentário Lia já estava de pé, a dor impregnando o seus sentidos, Lia fechou a mão em um punho, unhas entrando na sua carne impedindo-a de cair na frente dele. Ela marchou, reta, calma e cheia de dor, Nikolai estava cada vez mais próximo, imóvel, o rosto preso em feições neutras, frio e nada parecido com o estranho que ela virá na noite passada.
- Você é uma tola.
Lia para.
- O que você quer ? - disse encarando-o, procurando e procurando uma aberto, um sinal, qualquer coisa que poderia mostrar como ele realmente estava se sentindo e o que queria de verdade.
Ele revirou os olhos levemente, tão levemente que se Lia não estivesse prestando atenção ela com certeza não notaria.
- Não é mais tão durona sem aquela faca - expirou alto - Você sabe muito bem as regras, não se faça de boba - disse quase cuspindo - Você é minha.Galera não esquece do votinho😉
Aiaiai possessividade hein, o que vocês acham que ele quiz dizer? Comenta aí o que vocês estão achando
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Prometidos
ParanormalUm país quebrado governado por um rei corrupto e violento, com uma corte de mentiras e um exército poderoso. Um garoto e uma garota, dois destinos entrelaçados. Nikolai está na corte. Todos os seus pesadelos se realizaram ele foi vendido pelo seu...