Capítulo 8 - My sister, my responsibility

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Se uma coisa que Beifong gosta é de se manter informada, e uma boa informação tem que ser detalhada e melhor ainda tendo mais indícios dos fatos.

-E você me vem só com isso? - Aquela hora do dia e mesmo assim era algo tão natural ver a chefe de polícia gritando com alguém - Da próxima vez me traga algo mais concreto do que um simples 'talvez'.

-Sim chefe, prometo que só darei as informações quando tiver a certeza – Não importava quanto tempo tenha estado com ela, sempre daria medo o olhar e os berros que ela dava.

-Agora suma da minha frente!

Não que fosse uma chefe má ou que destratasse seus funcionários, mas todos entendiam que aquele era o jeito dela e que toda a exigência é pelo bem de todos, e apesar dos gritos e de deixarem eles loucos, depois de Toph Beifong, Lin é a melhor que eles poderiam ter como chefe.

-Certo chefe, tenha um bom dia.

-Para você também - Respondeu.

Logo que o policial saiu ela apenas soltou um longo suspiro junto com o seu corpo na cadeira, pegou o copo em cima da mesa dando um pequeno gole do conteúdo corpo. Logo fora interrompida por batidas na porta.

-Cai fora!! - Revirou os olhos quando invés de atenderem o seu pedido foram logo abrindo a porta.

-Credo, mal chegamos e já estamos sendo expulsas? - Aquela voz ela poderia reconhecer a quilômetros.

-Kya, Katara, o que fazem aqui tão cedo? - Levantou da cadeira caminhando até elas.

-Mãe chefe!! - Logo a menina correu para seus braços sendo pega por Lin.

-O que a dona do meu coração veio fazer aqui?

Para quem não conhecia Lin Beifong, ouvindo-a falar daquele modo além de espanto seria algo estranho, afinal passava para todos de que era tão dura como a as rochas que dominava, mas ao contrário de quem conhecia e especialmente para quatro pessoas, Kya e os filhos, essa era apenas Lin sendo Lin. Haviam pessoas em que sabia que não tinha necessidade de usar sua armadura.

-Mamãe decidiu passar por aqui antes de irmos para o nosso dia de garotas.

-Que perfeito – Deu um beijo na testa da garoto e deixando-a sobre a sua mesa em seguida indo até Kya que observava as duas em um canto.

-Te disse que me visitar por agora seria perigoso, essas últimas semanas as coisas se transformaram, fatos que não ocorriam há anos voltaram com tudo e a delegacia está na correria, tudo pode acontecer a qualquer momento.

-Certo, agora fecha os olhos e respira fundo.

-Não escutou nada do que eu disse?

-Conta até três.

-Tá bom – E assim o fez, uma coisa que Kya tinha sobre Lin: controle e estava sempre se aproveitando disso.

-Mais com calma? - Com afirmação da mulher fez um sorriso surgir em seus lábios e Kya se jogou nos braços dela – Bom dia, Lin – Deu um selinho nela se afastando depois - Você saiu tão cedo que nem nos deu bom dia.

-Bom dia, Kya, e sim, eu precisei sair para resolver algumas coisas. Aliás, cadê os meninos? Por que só a Katara está aqui, aconteceu algo??

-Eles estão com o Bumi e tranquila que estão seguros, e a Katara está aqui porque necessitamos de um dia de garotas. Estamos seguras chefe, não é porque não está perto que estaremos sempre em perigo e afinal, eu sou filha do antigo Avatar com e melhor dobradora de água, talento de família, meu bem.

-Tá, me convenceu – Sorriu para ela, sim, pode não parecer mas a chefe Beifong sabia sorrir.

-Agora temos que ir, você tem trabalho a fazer e nós duas um dia para aproveitar.

Lin caminhou até a sua mesa de trabalho onde mais uma vez pegou a sua filha lhe dando outro beijo, Katara era filha única e Lin estava sempre fazendo suas vontades, como todos diziam, as mulheres de sua vida tinham ela em suas mãos.

-Tomem cuidado – Disse ao colocar Katara no chão.

.....

-Lar doce lar – A primeira palavra fora dita por Korra assim que atravessou a porta com a metade das malas que trazia, sendo seguida por Asami que trazia uma Ashrah adormecida e Kira.

-Finalmente, eu estou exausta.

Logo o restante das malas foram sendo trazidos pelos empregados da mansão.

-Todos os quartos foram limpos e teve as roupas de camas trocados – Estendeu os braços dando a entender a Asami que levaria a garota adormecida para cima.

-Obrigada – Disse ao entregá-la.

-Estou subindo – Avisou Korra voltando a pegar as malas.

-Não precisa levar isso tudo.

-Isso não é um problema para o Avatar – Sorriu para ela e então saiu com as malas.

-Exibida.

De volta em casa e tudo o que ela queria nesse momento era tomar banho e deitar na cama para dormir profundamente, lembrando o quanto já dormiu durante o coma, profundamente era uma palavra forte. Desvencilhou dos pensamentos  e foi para o seu quarto.

Dois dias se passaram desde a chegada delas de volta, foi bem difícil voltar a rotina mas não impossível, mas nesse tempo se manteve em casa tendo apenas comunicando-se com os outros através de rádios.
Asami naquele dia acordara bastante animada, não saberia explicar o porquê mas se aproveitaria daquilo para elevar o seu astral. Na sala juntamente com ela estava Kira onde as duas estavam entretidas em uma partida de Pai-Sho.

-Eu disse que te ganharia! - Comemorou Kira.

-É, finalmente chegou alguém capaz de me derrotar – Brincou.

-Contando com essa é a minha quinta vez que ganho, mas também aprendi com a melhor, e como sempre dizem: os alunos um dia superam os seus mestres.

-Isso é de família - Sorriu.

-Asami? - Podiam apenas ver Korra a distância - Elas chegaram.

Ela apenas concordou com a cabeça e com a resposta a Avatar saiu do local. Tinha se esquecido que hoje os curandeiros viriam para uma avaliação, afinal a última vez fora dias antes de partirem da viagem. E diferente das outras consultas ela estava animada, animada porque tudo aquilo não seria em vão, porque aquilo não era apenas algo para ela e sim para todas as pessoas que ela gostava.

-Eu tenho que ir, provável que sejam apenas novos clientes - Forçou um pequeno sorriso para a garota e levantou-se, mas o que Kira diria a seguir a pararia.

-Você vai se lembrar de tudo, né? - Não só como parou o seu corpo mas também a sua linha de raciocínio - Estavam fazendo todo possível para que tudo volte normal, certo?

Então ela sabia da sua falta de memória? Sim, sabia aquilo não eram perguntas bobas. Agora queria saber como, quando e o quanto aquilo a afetava.

-Quem te contou isso e quanto está sabendo disso? - Abaixou-se ao lado dela.

-Eu sempre soube desde que esteve de volta – Suspirou – Que dizer, um tempo depois. Quando o acidente ocorreu todos estavam estranho e do nada eu e Ashrah tivemos que ir para a casa do tio Bolin, falaram que você sofreu um acidente no trabalho mas que não tinha nada de grave, para a minha irmã aquilo colou mas não para mim, sempre que saem em missão ao time Avatar sabemos, então eu apenas fiz uma ligação e saquei que poderia ser sério, afinal foi uma semana.

Asami ouvia atentamente cada palavra dita por ela e a cada momento a sua preocupação aumentava.

-E então voltamos para casa e você estava agindo estranho, eu não liguei muito pois achava que era por conta de estar machucada, mas algo me incomodava e vocês sempre me disseram para seguir a minha intuição, fiz isso e então uma vez eu escutei uma conversa com as curandeiras, essas que estão te esperando agora, bom, aquilo foi apenas uma confirmação - Seus olhos permanecia centrados em Asami, vendo cada reação dela diante de suas palavras – Mas então foi a minha vez de fingir e evitar que Ashrah sequer suspeitasse, ela é irritante e encrenqueira, mas é a minha irmã, e quando vocês trouxeram ela para casa, disseram que seria a minha responsabilidade, e estou cumprindo, evitando que isso chegue até ela. Desculpa por ter ouvido atrás da porta, não briga comigo.

E aquilo fez com que Asami isso, não pelas descobertas pela filha, ainda processava aquilo tudo mas ria pelo que a mais temia.

-Isso é o de menos, eu.. Eu não sei o que dizer, eu... Céus, é errado me sentir leve, talvez com a consciência tranquila pela mentira ser descoberta? Você tem mesmo a idade que diz ter?

-Sim, sim e sim. É errado mentir para alguém que ama apenas se for o necessário, mas como a mãe Korra diz, não ser descoberto evita que leve castigo.

-Ela disse isso?

-Temos os nossos segredos.

Escutou uma voz que a chamava de forma impaciente, aquela conversa teria que ser em outro momento.

-Eu tenho que ir. Escuta, isso será o nosso segredo, okay?

-Nosso segredo – Sorriu – Boa sorte.

.....

-De fato a sua cabeça está curada, não sem 100%, você pode ainda sentir alguns incômodos principalmente ao se abaixar, mas isso não será para sempre – Falou uma das curandeiras.

Ao total sempre vinham três, incluindo Kya, mas como a mesma não compareceu ficou a encargo de apenas duas, não havia necessidade de substituí-la, as duas dariam conta e também havia a questão de que apenas tinha acesso a Asami as que Korra tinha confiança.

-Assim como a minha amnésia, certo?

-É... Certo...

-Não se preocupem, a madame agora parece bem animada e mais disposta a colaborar com a recuperação.

-Ah! Isso é perfeito!

De fato elas tinham notado que havia uma pequena mudança no astral das duas, na verdade na casa inteira. No começo eram como se pisassem em ovos com Asami e estavam sempre se direcionando à ela de maneira profissional, e Korra estava sempre aguardando do lado de fora. Mas hoje quando chegaram a mesma parecia mais cheia de energia, mais leve e diferente... E agora até Korra estava presente, auxiliando-a em coisas básicas como entrar na banheira.

-E bem importante para sua recuperação, viu, você até mesmo lembrou de algumas coisas! - Falou a segunda curandeira.

-Isso é um alívio, a madame estava impossível e difícil de lidar – Comentou Korra que estava sentada ao lado dela.

-O que você disse?

-Nadinha!

A consulta foi mais rápido que as anteriores ou talvez ela apenas não fez como das outras vezes e pensou no tempo, em quanto queria que aquilo acabasse. Com avanço dado por ela resultou em um avanço na terapia, usariam novos métodos e estavam bem esparançosos com o ritmo que tudo seguia.
No fim daquela tarde ela se encontrava sentada na cadeira de frente para a penteadeira, estava dando as devidas atenções que negligenciou ao seu cabelos nos últimos dias. A batida na porta a despertou de seu transe e com isso pediu que a pessoa entrasse.

-Oi...

-Oi, Korra, tá tudo bem? - Virou-se para olhá-la.

-Então... Tudo sim... - Aproximou-se dela, uma de suas mãos estava atrás do seu corpo como se tivesse algo escondendo – Eu sei que prometi que ficaria com vocês essa noite para assistir o Caça Dobras, mas a Lin me mandou uma mensagem e disse que necessita me ver e quando ela me chama assim é porque o bagulho é sério.

-Tudo bem, Korra, pode ir, não ficarei brava.

-Certo – Finalmente tirou a mão das costas e então Asami pôde ver o que ela escondia, cartas – Isso é meio delicado, eu tive que mexer em coisas sua que eu nunca teria feito sem autorização, mas isso aqui é para um bem maior... São as cartas que teu pai te mandou durante o tempo que estava preso, achei que seria de ajuda ler isso, agora tenho que ir.

Depositou as cartas na penteadeira e com o último olhar sobre Asami saiu do quarto.
Já ela por outro lado, parecia estática, era muito para ela hoje, era demais. Teve curiosidade pelas aquelas cartas quando as teve em suas mãos, mas por fim guardou até que chegasse o momento que teria que lê-las.

.....

-Já começou?? - Perguntou a Kira que estava sentada no sofá assim que chegou.

-Sim, tem alguns minutos.

-Cadê a Ashrah? Não é ela que gosta tanto disso? - Sentou-se no sofá.

-Sim, aliás, tio Varrick fez inspirado nos desenhos que ela fez, tanto que o nome do personagem principal é Ash.

-Sério???

-Sim, ele sempre aproveita uma oportunidade de fazer coisas incríveis para a TV. Mas quanto a Ash verdadeira eu não sei, mas daqui a pouco aparece, ela mumca perde um episódio, nem a mãe, é algo que nós três fazemos.

-O que costumávamos fazer? Algo de mãe e filhas – Perguntou curiosa.

-Individualmente eu e você jogamos Pai-Sho e também você me ensina coisas que aprendeu com o seu pai quando tinha minha idade, com a Ash você brinca de brinquedos, ela adora isso e te obriga a imitar voz de bebê - Isso fez com que Asami risse do ato bobo que fazia para alegrar a menor - Já juntas nós três testamos os carros, é perfeito! As vezes a mãe também se junta e então nos separamos em dupla para apostar corrida.

-Estou feliz por não ser a mãe séria que está sempre cortando a liberdade e diversão.

-Na verdade é a mãe séria - Riu – Mas vocês duas são diferentes, tem uma visão diferente e sempre dizem que querem passar para nós algo que lutam bastante, a liberdade.

-As vezes parece que estou falando com uma adulta e não uma criança de oito anos.

-Hey! Eu tô a frente do meu tempo!

-Tá bom vovó - Riu – A sua irmã ainda não veio, irei ver se está tudo bem.

- Certo.

....

Quando Korra chegou em casa já tinha passado até do horário da janta, e que provavelmente estariam já dormindo, como não estava com fome foi direto para as escadas, no momento só precisava de um banho e descansar. Subiu as escadas em silêncio e antes que pudesse entrar em seu quarto ouviu o som de uma porta abrindo.

-Korra? - Era Asami e pela sua voz parecia estar cansada

-Oi – Virou-se para encará-la – Aconteceu algo?

-Sim, e ainda bem que você apareceu! - O tom da sua voz deixou Korra ainda mais nervosa e temendo o que poderia ter acontecido.

-O que aconteceu???

-É a Ashrah, eu não sei o que ela tem e eu só fui perceber agora, mais cedo ela parecia bem, eu só me desliguei um pouco e.. E eu dispensei os empregados mais cedo porque queria privacidade, eu.. - Suas palavras foram interrompidas por Korra ao tocar em seus ombros fazendo com que se encarassem.

-Fala com calma que eu não estou entendendo, que saber, deixa que eu veja o que é.

E assim ela seguiu o caminho para o quarto em que minutos atrás Asami acabara de sair.]

-E então??

-Fica calma, é apenas febre, bem provável de um resfriado ela só precisa descansar, deu algo para ela tomar? - Negou com a cabeça como resposta - Crianças pequenas sempre ficam doentes Asami, já lidamos bastante com isso.

-Para mim, neste momento é a primeira vez que lido.

-Certo, desculpe, passei um pouco do limite – A encarou, ela estava nervosa mas por não saber o que fazer e com medo de ocorrer erros, de ter negligenciado, sabia disso pois foi a reação que teve quando Kira esteve doente pela primeira vez – Usarei um pouco de cura nela, se amanhã continuar buscaremos ajuda, certo? Mas antes tomarei um banho, estive em contato com muita gente e isso pode ser ruim pra ela, já volto.

Como prometido assim que terminasse o banho estaria ali trabalhando na cura e no momento assim que se encontrava e ainda com olhar curioso e preocupado de Asami sobre si.

-Apesar de está um pouco melhor que antes, não baixou de vez, acho que estou meio enferrujada com isso, mas enfim, isso é o que podemos fazer no momento, não é negligencia da nossa parte mas não iremos nos desesperar, e agora que está mais calma é bom descansar.

-Irei dormir aqui com ela, por que não dorme também? Talvez ela vá precisar de você nesse momento.

-Nós duas na mesma cama?

-Sim, esse é um momento em que ela necessita de nós duas.

-Tudo bem, pegarei as minhas coisas.

É, de fato seria um dia difícil para ela, mesmo que a intenção fosse a mais pura ainda sim dividirem a mesma cama seria estranho depois de tantos meses dormindo separadas.
No momento em que se deitou permaneceu naquela posição, no meio estava Ashrah e do outro lado a razão da sua inquietação, culpou-se de estar inquieta com isso do que com a saúde da filha, mas isso não era por mal.

-Ainda está acordada?

-Sim, e achei que você estivesse já dormindo – Respondeu virando-se de lado para olhar Asami – Sem sono?

-Aham.

-Quer conversar?

-Se isso for fazer eu me distrair e dormir de vez, estou a cada minuto que passa checando se ela está bem e ficando mais paranoica.

-É normal nos preocuparmos com as pessoas que amamos, ainda mais sendo nossos filhos.

-Em falar nisso, eu tenho curiosidade em algo.

-No que?

-De onde elas vieram? As adotamos?

-Não as adotamos, e elas são digamos que especiais vindo de um lugar especial.

-Explique.

-Tentarei te explicar de uma forma que entenda. Bom, um tempo depois que nos casamos eu descobri que você queria ter filhos e não me contou pois achou que eu ficaria chateada, afinal, dois iguais não se reproduzem, enfim, então tivemos uma conversa séria e colocamos na mesa tudo o que tinha que ser resolvido, e foi então que começou a nossa buscar em nós tornar mãe.

Asami estava atentamente com plena atenção nas palavras ditas por Korra.

-A primeira opção e única opção foi adotar, os nossos amigos nos apoiavam com isso, ficamos entusiasmada mas alguns probleminhas sempre ocorriam quando íamos dá o passo importante, apesar de ter muita criança precisando de um lar há muitas barreiras que a impedem de ter um, e para nós duas as dificuldades eram mais ainda, mas prometemos que íamos com calma e que não faríamos disso uma crise, foi então que um dia a Jinora veio até nós com a possível solução.

Asami sorriu ao escontar o nome da jovem, o que lembra é que ela sempre fora uma genti e esperta garota.

-Ela tinha lido em um livro antigo time Avatar sobre a busca da mãe do Zuko, lá faltava respostas e então ela perguntou a Katara que lhe contou sobre a mãe das faces.

-Mãe das Faces?

-É um espírito poderoso de três faces, ela fica em um lugar sagrado e sua chegada é anunciada com a aparição do espírito de um lobo. Ela não é só a mãe dos rostos mas como também é a mãe na natureza, e dizem a lenda que qualquer pedido que a fizesse ela realizava, a mãe do Zuko pediu um rosto...

-E nós duas pedimos uma filha...

-Isso, fomos até a sua morada e ficamos durante dois dias em busca daquele lobo e quando finalmente o encontramos ela apareceu, fizemos o pedido, juntas, mesmo exitante daquilo ser impossível dela nos conceder, mas o Avatar não é a única coisa poderosa deste mundo.

No momento em que lhe contava a história os braços de Korra envolvia as duas, em uma forma de aconchego, de que ficassem mais próximas, para que pudesse olhar nos olhos de Asami.

-E então foi nos depositado algo, no momento era só uma casca esculpida, mas em outro era algo com vida, melhor, algo que demos vida.

-Mas como?

-Energia Asami, tudo neste mundo se move por energia, até as coisas que achamos não ser de grande importância. A energia que nos mantém viva, combinadas deu a vida.

-Isso é tão...

-Especial? Grandioso? Imagina voltar para a cidade com uma criança onde não havia nada se vestir, pior foi o espanto de todos.

-Devo imaginar tamanha seja o meu neste momento.

-Tivemos que aprender a ser mãe e você era tão paranoica de que algo pudesse acontecer á ela que passamos um tempo em um apartamento enquanto a mansão passava por algumas reformas.

-Se eu fiz isso eu estava com a razão de fazer, eu nunca estou errada!

-Tá bom, certinha – Riu – Mas enfim, foi algo muito especial e a nossa ligação aumentou diante da coisa que nós duas "criamos". Um tempo depois já estabelecidas você veio do nada querendo outro filho depois de ter passado um tempo com o bebê de uma funcionária, e então deixamos a Kira com Kya e Lin e literalmente fomos fazer mais bebê, foi uma fase intensa sua, caramba, você estava tão animada com tudo que eu praticamente nem precisava usar roupa perto de você - Aquela confissão de Korra fez o rosto dela esquentar da vergonha que sentia diante daquilo que escutava – Mas eu adorava. Éramos ainda jovens e tínhamos conquistado metade de tudo que almejamos um dia. Para encontrar a Mãe das Faces deu um pouco de trabalho, sempre tem momentos em que a humanidade  passa por uma baixa espiritualidade e no fim isso afeta à todos, guerras, egoísmo e essas coisas. A Ashrah também demorou, e por um tempo ela permaneceu quieta, sem abrir os olhos ou dá qualquer sinal de vida.

Imediatamente os olhos de Asami foram para a garota que dormia encolhida nela, aquilo a espantou mesmo sabendo que ela agora estava ao seu lado.

-Tínhamos feito tudo certo, como na primeira vez e a Mãe das Faces tinha sumido, como sempre fazia após realizar o desejo de alguém, ficamos com as mãos atadas sem saber o que fazer, até que você deu a ideia de colocá-la na água e usar a dobra de cura, você disse 'isso tudo aqui é espiritual', e então eu fiz, segundos depois ela começou a chorar, eu acho que é por isso que hoje em dia ela é imparável - Aquela última frase fizeram as duas rirem daquilo, diminuindo a tensão do clima.

-Toda essa história é incrível e fez ainda mais eu ter apego por elas, é por isso Korra que eu devo fazer o possível para me lembrar.

-E você já está fazendo, eu vejo os seus esforços, a sua vontade, veja só, estamos tendo uma relação tranquila e estável, eu farei de tudo para lhe ajudar.

-Obrigada por tudo,

-Não precisa agradecer, e bom, acho melhor irmos dormir, as mães também aproveitam os momentos livres para dormir.

-Boa noite, Korra.

-Boa noite.

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À essa hora a preguiça para revisar capítulo estava demais, ou eu postava hoje mesmo eu ia sumir e brotar anos depois, então podem encontrar erros.
Assim como Capitão América eu vivo de referências, a primeira é a Caça Dobras, foi inspirado em Pokémon e adaptado para o mundo Avatar, tentei explicar um pouco nesse capítulo e no anterior, mas que entendeu entendeu, quem não entendeu eu também não entendi, mas enfim.
A segunda referência vai para Bellamy e Octavia, apesar de eu não suporta o Bellamy eu amo ele como irmão da Octavia, e apesar das coisas que ele fez de ruim, o que ele fez por ela sobrepõem tudo isso com o seu 'my sister, my responsability'. Caso não entendam o que eu digo vão lá assistir The 100, não vão se arrepender :)
A terceira foi a Mãe da Faces, para quem leu as hqs com os arcos focado na mãe do Zuko saberá quem é ela, eu expliquei um pouco com a falha memória que eu tenho, ela de fato realiza desejos e um deles foi a nova identidade para a mãe do Zuko, não falarei muito caso não tenham lido. Já em relação a dá vida a bebês, no caso de Kira e Ashrah, eu me inspirei em uma Fanart e creio que alguns de vocês devem ter visto, aquele ser é a Mãe das Faces, e então eu apenas adaptei para a minha história.
E é isso.

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