Doce como açúcar I • Yoongi

Ciúmes.

"Ciúmes é o jeito bobo do meu coração de demonstrar que eu te amo."

Acordei sentindo meu corpo pesado, abri os olhos vagarosamente e me deslumbrei com sua expressão serena. Estava na cama agora, porém, não me lembrava de ir me deitado nela. Tudo que me vinha a mente era que eu estava me engasgando com meu próprio sangue e a escuridão me engolir.

Yoongi dormia tranquilo ao meu lado enquanto apertava meu corpo com seus braços magros, porém fortes. Acariciei seu rosto com as pontas dos dedos, guardando na memória cada pedacinho dele. A boca dele é pequena e fina, os cabelos dele num tom azul - já desbotado -, seu rostinho gordinho. Tudo nele me fazia se apaixonar mais. Ele se aproximou depressa, de repente, selando nossos lábios ainda com os olhos fechados, me pegando de surpresa. 

Sorri ainda com minha boca na sua. O calor irradiava dele como um sol... O meu sol. Me separei de seu abraço e corri até o banheiro, afim de tomar um banho, ligando o chuveiro e deixando que a água quente me atingisse. Eu precisava urgentemente daquilo. Yoongi apareceu ao meu lado ainda com a cara de sono e entrou em baixo da água enquanto me abraçava por trás. 

Seus lábios macios tocaram meu pescoço e minha pele molhada se arrepiou com o toque. Fechei meus olhos, sentindo aquele êxtase tomando conta do meu corpo. Toda vez que ele me tocava, eu me sentia assim e aquela vontade dentro de mim vinha como uma avalanche. Suas mãos foram descendo pela minha barriga até chegar no meu ponto mais sensível.  Mordi os lábios, apertando seus braços com força.

Seu toque foi ficando intenso. Ele me masturbava com maestria, seus dedos massageavam meu clitóris com movimentos circulares. Meu corpo tremia, já sentindo aquela onda grande vindo, queimando tudo de um jeito único e delicioso que somente Yoongi conseguia fazer. Eu estava prestes a explodir por dentro quando ele retirou seus dedos e me virou com tudo, me fazendo ficar de frente pra si. 

Suas mãos apertaram minhas coxas e me levantou no ar. Entrelacei minhas pernas em seu quadril e foi questão de segundos para senti seu membro me penetrando lentamente. Gemi baixo e unhei suas costas quando ele entrou completamente dentro de mim. Meus quadris se movimentavam involuntariamente junto com os ritmos das estocadas doces e fogosas. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente, algo que eu achava até mesmo engraçado. Yoongi era baixo e eu mais ainda. Ele mordeu meu o pescoço e então nós nôs desfizemos um no outro. Aquela famosa rapidinha.

Ele me carregou até o quarto e me deitou na cama, segurando a toalha firmemente no corpo enquanto observava suas bochechas que estavam adoravelmente avermelhadas. O pálido abriu as portas do meu guarda-roupa e pegou um blusão preto e uma calcinha branca de renda. Ele me ajudou a se vestir e o olhar dele em mim me deixou um pouco agitada.

Eu não me reconheço quando estou com ele.

── Preciso ir. ── Sua voz estava arrastada. Parecia preocupado. ── Te vejo depois.

Seus lábios tocaram minha testa e no segundo seguinte, ele já não estava mais lá. Me vesti e sorri feito boba, ainda sentindo sua presença em mim. Entretanto, meu momento de paz durou poucos minutos quando meu corpo foi arremessado contra o piso do quarto. Tudo estava escuro, meu corpo estava pesado, como se alguém estivesse sob mim e dolorido como se tivesse levado uma surra.

Me debatia no chão frio por conta do desespero, meus olhos se fechavam aos poucos e a agonia era enlouquecedora. Meus pulmões lutavam por ar mas só o que chegava lá era meu sangue, novamente.

── Querida, o que quer de almoço? ── Ouvi a voz de Rose.

Abri meus olhos e a claridade queimou minhas retinas, respirei fundo sentindo o ar queimar e rasgar meus pulmões. Me sentei no chão frio e sequei meu rosto que estava encharcado de lágrimas. O que estava acontecendo?