23 | A MAIS PODEROSA

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– Devolver uma coisa que pertence a sua família. – digo e ela me encara bem no fundo dos olhos.

– Não vou confiar em uma vampira. – ela olha para Jughead. – Nem em um lobisomem que anda com uma.

Mostro o tal negócio para ela, e ela erragala os olhos.

– O que? Não é possível. – ela diz sussurrando. – Como posso saber que é o verdadeiro?

– Só tenho as nossas palavras. – digo apontando para todos nós. – Só quero que a pegue, e que um dia, possa perdoar os vampiros por um erro que o Dracula cometeu.

Lhe ofereço a tal "coroa" e ela a pega, posso sentir lágrimas em seu olho ela estava se segurando para não chorar. Assim que ela começou a passar o dedo pelo objeto, o abraçou e começou a chorar mais ainda.

Eu a abracei, sim, eu a abracei. Ela poderia recuar, me empurrar por causa de meu toque mas apenas retribuiu o abraço, e depois de um tempo todos a abraçaram juntos comigo. Eu sei qual é a dor de perder um pai, e também de ser traído.

Bom, não que no meu caso seja pior do que o dela, mas eu sei qual é a sensação. Nos separamos dela e nos viramos para ir embora, dei um sorriso mas antes ela chamou nossa atenção.

– Como conseguiu? – diz ainda encarando o negócio.

– É uma história longa, pra outro dia. – sorrio.

– Peço para que reúna todos os lobisomens e vampiros que consiga, em algum auditório. – ela me deu um sorriso. – Vamos acabar com isso.

[...]

Cheryl e Kevin conduzia as pessoas que chegavam aos seus assentos. Vampiros para um lado e lobisomens para o outro, nem sei como conseguimos convencer eles a vim.

Minha mãe havia chegado de sua viajem a trabalho, e junto com minha família entrou pela porta, olhou de um jeito esquisito para os lobisomens mas logo se sentou em uma das cadeiras.

Minha avó olhou orgulhosa para mim, ela sempre nos disse para nunca desistir de nossos sonhos, objetivos. E foi exatamente isso que fiz, eu fui até o fim.

Katherine, a filha de Franklin (N/A aquele carinha que o Dracula matou) havia dito que iríamos tentar acertar esse ódio de séculos hoje, mas ela ainda não chegou. Eu estou mais nervosa do que nunca, com medo de que ela não venha.

Jughead se aproximou de mim, chamando a atenção de algumas pessoas.

– Katherine está a caminho, acabou de avisar ao Archie. – ele colocou a mão em meu ombro. – nervosa?

– Um pouco. E se não adiantar em nada? Isso tudo não foi apenas para matar minha curiosidade, mas também para descobrir o que aconteceu. – digo um pouco nervosa.

– Ei, relaxa, ok? Vai dá tudo certo. – ele disse e eu assenti.

Ele aproximou nossos rostos e juntou nossos lábios. Poderíamos nos arruinar com esse beijo, mas fodase. Esse negócio de Amor probido já está chato, eu quero poder dizer para o mundo que sim, eu estou "namorando" com ele, sem me importar com o que dirão.

Coloquei as mãos em seu rosto e quando ficamos com falta de ar, nos separamos. Ele sorriu para mim e depois voltou para onde Archie estava.

Tenho certeza que nesse exato momento, minha mãe está me encarando com um olhar de quem vai me matar a qualquer momento. Talvez os pais de Jughead, que já haviam chegados, estivessem também.

Veronica se aproximou de mim com um sorriso esquisito no rosto, me deu medo até.

– O que foi isso? Na frente de todas essas pessoas! – ela disse gritando.

Até O FimOnde histórias criam vida. Descubra agora