08 | O DIÁRIO

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Cheguei correndo na biblioteca, e por sorte a velha rabugenta que só vivia reclamando não estava lá. Então comecei a procurar, bom, seria dificil pois existia milhares de livros e algum poderia ser o que iria abrir a porta.

Mais de 10 minutos e nada, comecei a ficar cansada de ficar feito uma idiota para cima e para baixo procurando pela merda da passagem e nada.

Então, ouvi um barulho de... porta?

– Era isso que estava procurando? –  Jughead disse apontando para a...

Puta merda.

A tal biblioteca abandonada.

– Como você sabe dela? –  Digo entrando na mesma.

– Quando me colocaram de castigo, para limpar a biblioteca toda eu achei. –  Ele disse ligando a luz e fechando a porta. –  Gosto de ficar aqui, sabe... sozinho.

– Hum... – ele conseguia ser estranho as vezes.

Comecei a procurar por esse tal diário. Deve ser o mais velho naquele monte de livros velhos. Mas agora não era hora de desistir.

– O que está procurando? – Jughead disse se aproximando.

– Por o tal "Diário de Amber" que a vovó Rose disse que estaria aqui.

– Você ainda não desistiu, né? –  ele me encarou.

– E nem vou, Jughead. Não importa se meus próprios amigos acreditam ou não em mim.

Ele apenas continua me encarando, então suspira.

– Continuo achando essa história louca, mas eu gosto de histórias loucas. Vou te ajudar. – sorrio.

Começamos a procurar por aquele livro. Acho que ficamos uns 30 minutos e nada, olhei em todas as prateleiras do lado que eu havia ficado, como havia uma de frente para a outra eu e Jughead decidimos dividir. Eu estava começando a desistir e escutar as meninas, provavelmente era só uma mentira da Nana.

– Achei. – Jughead disse puxando um livro velho.

Comecei a pular de alegria e fui até o mesmo, mas quando tentei pegar o livro ele levantou ele bem no alto.

– Só entrego se você me der um beijinho. – ele disse fazendo um bico meio fofo.

– Como de agradecimento? – Digo entrando no seu joguinho, para engana-ló.

É claro que eu não vou beijar Jughead, imagina quantas bocas ele já beijou? Não, nunca.

Me aproximei e coloquei meu rosto perto do seu, acho que ele realmente achou que iria conseguir meu beijinho. Levei minha mão até a sua que segurava o livro, já que o mesmo vinha abaixando a mesma.

Quando ele pensou que iria me beijar, desviei meus lábios dos seus até sua orelha.

– Não sou boba, Jughead.. – digo isso pego o livro e o mesmo me olha boquiaberto.

Solto um beijinho no ar e abro o diário, colocando em cima de uma mesinha velha que tinha ali.

Ouço Jughead bufar e o mesmo veio até onde eu estava.

Querido diário. Me chamo Amber, sou filha do querido Albert. O lobisomem mais poderoso de todos, sim... um lobisomem, isso me torna um... – Antes de terminar de falar, Jughead pula as páginas.

– Não queremos apresentações, queremos saber o que aconteceu.

– É, outra hora leio tudo.

Comecei a ler em voz alta para ele escutar também, achei bem interessante. A mesma disse que iria comemorar um festival de alguma coisa que não entendi, entre lobisomens e vampiros. Mas assim que mudei a página, não havia mais nada.

Até O FimOnde histórias criam vida. Descubra agora