"O início da rivalidade"
Capítulo 07
Narração por: CharaApós acordar, percebi que Frisk estava conversando com alguém, que tinha sua voz alterada a cada fala, o que me fez estranhar, naturalmente. Mas quando abri os olhos, e vi aquele esqueleto que estávamos trabalhando há tanto tempo pra finalmente terminarmos, ligado, eu fiquei um pouco surpreso.
Porém, a minha reação quando eu percebi aquele elogio que Sans tinha feito à Frisk... o que foi aquilo? Quem ele pensa que é? Quem ele pensa que é na fila do pão!? Decidindo interromper aquela palhaçada, eu resolvo me pronunciar.
— Você ligou ele? — perguntei, e percebi que minha voz estava rouca e cansada, o que deveria ser por conta da noite mal dormida que eu e Frisk acabamos tendo, por conta da finalização desse robôzinho piadista de merda!
— Bom, sim, Chara. — ela me respondeu, e percebi que Frisk ficou sem graça por não ter me esperado. Mas eu entendo ela, talvez tenha até sonhado novamente com essa sucata, e deveria estar super ansiosa. — Sinto muito por não ter te esperado, eu não queria te acordar.
— Não tem problema. — murmurei. — O Flowey já viu o robô?
— Ainda não. — Frisk respondeu. — Você pode trazê-lo pra cá, por favor?
— Tudo bem. — aceitei, até porque não dá pra recusar o pedido educado de uma pessoa doce como a Frisk.
Deixei o cômodo, lançando um olhar frio para Sans, que, honestamente, eu fico feliz que Frisk não tenha percebido.
Encontrei Flowey no quarto de Frisk. Suas pétalas mecânicas estavam caídas, mas seus olhos estavam abertos, ele estava ligado, mas ao mesmo tempo economizando energia. Aparentemente, tinha acordado há pouco tempo, também.
— Hey, Flowey. — eu o chamei, e a flor logo direcionou seu olhar à mim, e suas pétalas voltaram ao normal. — Temos uma surpresa pra você.
— Por que eu não estou nem um pouco animado? — murmurou, irritado, enquanto eu o peguei em meus braços e voltei para o escritório.
Frisk estava explicando algumas coisas à Sans, e assim que o olhar dos dois robôs se encontraram, eles se estranharam.
— Não me digam que ele 'tá pronto! — disse Flowey, enquanto encarava Sans, como se já visse em seu olhar as piadas esperando para serem ditas, e o senso de humor que não seria nem um pouco aprovado pela flor.
— Sim, ele está. — respondeu Frisk, sorrindo pacientemente. — Sans, esse é Flowey.
— Howdy, eu sou Flowey, Flowey a flor. — ele se apresentou, e por algum motivo, essa frase, de alguma maneira, causou uma sensação de déjà vu e, pelo que percebi, em Frisk também.
— Sans, o esqueleto. — sorriu, mas não parecia muito amigável.
— Bom! — Frisk começou a dizer, prevendo o silêncio desconfortável que se instalaria na sala após alguns segundos da apresentação. — Agora que sabem o nome um do outro, eu acho que isso ainda não é o suficiente. — suspirou. — Eu acho que podemos fazer uma atividade para conhecermos e formularmos uma personalidade para vocês!
— É uma boa ideia, parceira. — aprovei, e ela me deu um sorriso determinado, que tinha sido extremamente lindo.
— Começando, já que você é novo aqui, saco de ossos, como já percebeu, Frisk é a dona da casa, a gentil e otimista que sempre acha o lado bom da coisa, e que, quando alguém machuca ela, nós todos temos que meter porrada. — falou Flowey, fazendo Frisk arregalar os olhos, surpresa, e Sans ouvia tudo atentamente, assim como eu, que ainda assim estava um pouco surpreso. — Chara é o parceiro da Frisk, ajuda ela nos robôs, ele se faz de santo perto da Frisk, só pra impressionar, mas a verdade é que ele é um boca suja.
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CYBERTALE
FanfictionFrisk era uma garota especial. Desde pequena, ela sempre fora uma criança extremamente inteligente. Ao terminar a escola aos 16 anos, Frisk começa a trabalhar no desenvolvimento de robôs, que já estavam extremamente evoluídos e eram vistos em locai...