Plano Imperfeito

Capítulo vinte e um

Faltavam dois dias para eles viajarem para Las Vegas e até agora Bucky ainda não havia tido coragem de ir conversar com sua vizinha. Não sabia porquê, mas apenas não achou que seria o momento apropriado. Mas quando seria?

Natasha estava doida surtada com isso. Não estava aguentando seus amigos — e futuro casal da turma — brigados desse jeito. E consequentemente, Steve também não estava mais aguentando, apenas pelo fato de que Natasha não estava mais aguentando. Porém, não ficaria assim. Ela ainda tinha cartas para jogar.

Hoje ela e o resto dos amigos iriam para Las Vegas, só que, Bucky não conseguiria ir hoje também por conta do trabalho. Apenas daqui a dois dias. Isso foi o prato cheio para ela.

Conseguiu mexer seus pauzinhos — com ajuda de Tony — e adivinhem! Wanda, surpreendentemente, só conseguirá ir daqui dois dias também! Muita coincidência!

E para matar três coelhos em uma cajadada só, ficou de organizar e reservar o voo e o quarto deles também. E com uma graninha extra — pega de Tony, que Natasha o convenceu a bancar o cupido também — subornou a recepcionista para não deixar eles pegarem outro quarto, sendo assim, tendo que dividir.

E agora aqui estava Wanda, sentada ao lado de Bucky no avião, totalmente constrangida. Não haviam dito uma palavra sequer, se olhavam de canto de olho quando achavam que o outro não estava prestando atenção.

Wanda se remexeu desconfortável na poltrona e decidiu inclina-la para trás, tentou, tentou e nada. Não conseguia de jeito nenhum puxar aquela maldita alavanca. Tentou mais uma vez e.. droga! Esbarrou sem querer no braço de Bucky que estava ao seu lado, o fazendo derramar a garrafa de água que bebia em
grande parte de sua camiseta.

— Desculpe – disse se segurando para não rir.

Bucky resmungou.— Tanto faz.

Wanda se encostou na cadeira e suspirou fundo, fechando os olhos e tentando dormir.

Contudo, isso não aconteceu. Um garoto encapetado que estava sentado atrás dela, não parava de chutar sua cadeira. Wanda, suspirou fundo, contando até dez.

Bucky a olhou, achando graça da situação mas parou assim que ela o olhou feio.

5 minutos depois e nada do maldito garoto parar. Wanda já estava com os cabelos vermelhos novamente de tão irritada que estava. O garoto chutou mais uma vez e Wanda explodiu. Colocou-se de joelhos no assento e se virou para trás, quase espumando de raiva.

— Dá pra parar de me chutar, garoto atentado? – bradou, irritada.

O menino arregalou os olhos mas não se encolheu, a encarou com uma sobrancelha arqueada.— Não estou a fim, tia.

— Mas você vai ficar bem afim quando eu for aí e fazer você parar de chutar na marra – quase gritou, atraindo a atenção das pessoas que estavam nos bancos mais próximos.

— Wanda – Bucky a cutucou e depois puxou seu braço, indicando para ela se sentar.

— Como ousa falar dessa forma com meu filho?– a mulher ao lado dele, se manifestou.

— Pois seu filho é muito mal educado! Não o ensinou a se comportar nos lugares e a não chutar a cadeira dos outros?

— Você pensa que é quem para falar assim do meu filho, sua encrenqueira? A mãe dele sou eu! – falou mais alto.

— Se é a mãe dele por que não o ensinou a agir igual gente? Se ele chutar minha cadeira de novo, eu vou chutar é a sua cara!

— ENCRENQUEIRA!