I'm here now

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Demi Lovato Point of View

- Demi... Demi, acorde. - Ouvi a voz de Katherine me chamando. Eu acabei despertando e a vi sentada em cima de minha cama. - Boa tarde né, tudo bem? - Perguntou e eu assenti.

- O que houve? Por que me acordou? - Perguntei confusa.

- Bom, você perdeu o café da manhã e suas vizinhas de quarto ficaram preocupadas, pois vieram te acordar e você não acordava de jeito nenhum. - Explicou e eu suspirei. - Nunca acordou tão tarde aqui, tá bem mesmo? - Perguntou e eu assenti.

- Sim. Estou bem, Kat. - Falei e ela sorriu simpática.

- Então ok. Já é hora do almoço e suas amigas estão no corredor lhe esperando, tá? - Perguntou e eu assenti e a agradeci.

Ela em seguida saiu do quarto e eu suspirei frustada. Me levantei e fui tomar um banho rápido. Prendi meu cabelo e coloquei apenas um moletom preto e uma calça moletom da mesma cor. Quando eu sai do quarto, estava minhas amigas me esperando no corredor, como dito pela Katherine.

Elas haviam ficado preocupadas comigo e como todos aqui são muito respeitosos, elas optaram chamar por Katherine.

Fui até o refeitório com elas e ao chegar lá, todos de outros setores também estavam chegando. Aqui era divido entre dependentes químicos, alcoólatras, pessoas com depressão, pessoas durante tratamento psicológico e recuperação médica, como é o meu caso. Todos aqui são como uma família, o que me fez me sentir muito acolhida.

Senti alguém tampar meus olhos e suspirei frustada.

- Não adianta, não sei quem é. - Falei e a mão foi retirada de meus olhos.

Me virei e vi o loiro com um sorriso no rosto.

- Tudo bem docinho? - Perguntou e eu sorri negando com a cabeça.

- Não sei como eu nunca sei quem é, sendo que você é a única pessoa que faz isso em mim. - Falei e ele sorriu como uma criança.

- Estou bem, Austin, e você? - Perguntei e ele assentiu sorrindo.

- Vou sair. Minha família me quer em casa agora. Bom, um ano foi o bastante aqui. - Falou sorrindo fraco.

- Poxa que bom, fico feliz por você. - Falei e ele pegou em minha mão, me levando para a fila do almoço.

- Meu objetivo é não voltar, estou convicto disso. Mas preciso me adaptar com a vida lá fora novamente. E obviamente de amigos novos. - Falou rindo fraco.

Austin era viciado. Era um poliusuário, isso é, pessoas que consomem mais de uma droga. Aparentemente o centro lhe fez bem, todos aqui comentam que ele chegou aqui sendo muito misterioso, antipático e grosso, como um verdadeiro adolescente rebelde. Mas o lugar o transformou, o tornando simpático, gentil e gente boa. Hoje ele fala com todos aqui, todos o conhecem, então provavelmente a saída dele será bastante difícil pra ele.

- Está certo, Austin. Você vai sair com uma vida nova, sendo praticamente outra pessoa, lhe desejo sorte na sua nova caminhada. - Falei e ele sorriu simpático.

- E você? Conseguindo se lembrar de bastante coisa? - Perguntou e eu assenti sorrindo.

- Até a algumas semanas eu só conseguia lembrar de quando eu tinha 15 anos e da minha infância, mas agora eu consigo lembrar de bastante coisa, a Nicole andou fazendo alguns exercícios para a mente comigo e bom, teve bons resultados. - Expliquei e ele assentiu.

Nicole era uma das companheiras/enferemeiras que diariamente passava um tempo comigo durante o dia para exercitar o meu cérebro.

- Poxa que legal. Fiquei sabendo que você vai voltar para casa. - Falou enquanto se servia.

Life of Fame - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora