Capítulo 5 - Voorda-Tron

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 Esta deveria ser outra invasão estranha. O que houve afinal? Um monte de mortos vivos agora estava apenas parados em frente ao portão de Lorenzo.  Só lhe restava pensar, ou calcular, alguma forma de sair dali, e levar todos aquele necros com ele.

- Senhor, todos eles estão aqui para matá-lo- Varda falou preocupada

- Eu percebi, mas acho que estou começando a me acostumar - Lorenzo falou irônico.

- O que pretende fazer, senhor?

- Varda, tem alguma forma de ataque que derrube todos eles de uma vez?

- Sim senhor. A armadura é programada com um ataque conhecido como Bomba Sonora, no qual há uma emissão de um som alto que atordoa todos os inimigos no ambiente. É recomendável usar nestes casos, em que o senhor pode ser cercado ou estar em uma emboscada, mas possui desvantagens como afetar até mesmo os aliados que estiverem próximos - ela respondeu.

-  Tudo bem. Pelo que estou calculando, eles serão afetados em grande escala - Lorenzo afirmou.

- Bom, senhor, considerando que seus aliados são Ernesto Alpha Droide 18 e Selina Alpha Droide 16, é provável que eles sejam afetados em pelo menos 30%, já que as armaduras Alpha são as mais resistentes de Voorda-Tron - explicou Varda.

- Ernesto e Selina estão aqui? Ah, não importa. Eu preciso destruir esses necros ou minha mãe e os outros vizinhos correrão perigo. Se bem que, se os outros estão aqui, eles podem ajudar... Onde os androides, estão, Varda?

- No final da rua, senhor, extremidade esquerda. 

- E eles possuem esse mecanismo de ataque também?

- Na verdade, este mecanismo é próprio apenas da armadura 15, senhor.

- Entendo. E, eles serão muito afetados pela Bomba?

- Como dito, pela distância e classificação da armadura, o dano será menor, quase imperceptível.

- Ótimo, e estes dispositivos de controle, são fracos fornecendo energia elétrica e sinapses provisórias para o cérebro daqueles necros, ou seja...

- O dano será muito maior, senhor! - Varda completou a frase extremamente alegre como se fosse a maior descoberta já realizada por ela.

- Exato. Mas do ponto em que estou, não posso garantir que a bomba será efetiva, preciso ficar no meio deles. Quanto mais próximo, melhor - Lorenzo falou num tom baixo e cauteloso, como se estivesse formulando um plano importantíssimo, e era o que ele estava fazendo de fato.

- VOCÊ TEM 1 MINUTO! - a multidão falou sincronizada e ferozmente.

- ESTÁ BEM! EU VOU SAIR - Lorenzo gritou em resposta e então saiu de sua casa. 

 caminhou até o portão confiante de que tudo ficaria bem. tinha o plano perfeito em sua cabeça. Abriu então o portão e o fechou, logo em seguida ergueu as mãos em sinal de rendição se colocou de frente a multidão de necros parada em frente a sua casa. Aproveitou para dar uma olhada para o lado encontrando Ernesto e Selina no final da rua. A distância não era tão grande para não perceber a expressão de preocupação dos androides. Lorenzo decidiu corresponder apenas com um sorriso carinhoso, e então se voltou novamente para os necros com rispidez. 

- Tudo bem, eu estou aqui. Façam o que quiserem comigo, mas apenas deixem minha mãe e os outros humanos em paz - o jovem falou determinado.

 Dois necros, dos que estavam mais a frente, se dirigiram a Lorenzo e então o agarraram pelo braço. O garoto então foi conduzido para o centro da multidão, que formou um círculo ao seu redor, porém com um espaço médio onde estavam ele e necros que o seguravam. Da lateral direita então, surgiu um homem pálido de cabelos negros. seus olhos eram verdes brilhante. Usava um uniforme escuro e sobretudo de cor igual. Tinha também um cetro maior do que ele em mãos. Era uma espécie de mago gótico talvez. Não poderia ser cosplay, dado o contexto da situação, também a inexistência de memórias do personagem. Ele era o único sem a o chip na testa. Se aproximou de Lorenzo com um sorriso maléfico e então parou olhando para o rapaz.

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