Capítulo 6

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Pela convenção social você deve oferecer uma bebida quente a uma pessoa que estiver chateada.

↜Slytherin part.1. Capítulo 6 ↝

Não demorou nada e a Defesa Contra as Artes das Trevas se tornou a matéria favorita da maioria dos estudantes. Somente Draco Malfoy e sua patota de alguns alunos da Sonserina tinham alguma coisa de ruim a dizer do Prof. Lupin.

– Olha só as vestes dele – Malfoy diria num sussurro bem audível quando o professor passava. – Ele se veste como um velho elfo doméstico.

Mas ninguém mais se importava se as vestes de Lupin eram remendadas e esfiapadas. Suas aulas seguintes tinham sido tão interessantes quanto a primeira. Depois dos bichos-papões, eles estudaram os “barretes vermelhos”, criaturinhas malfazejas que lembravam duendes e rondavam os lugares onde houvera derramamento de sangue masmorras de castelos e valas dos campos de batalha desertos, à espera de abater a porrete os que se perdiam. Dos barretes vermelhos eles passaram aos kappas, seres rastejantes das águas, que lembravam macacos com escamas, palmípedes cujas mãos comichavam para estrangular os banhistas desavisados que penetravam seus domínios.

Snape andava com uma disposição bem vingativa ultimamente, e ninguém tinha dúvidas do que
motivara isso. A história do bicho-papão que assumira a forma dele, e a maneira com que Neville o vestira com as roupas da avó, correra a escola como fogo espontâneo. Snape não parecia ter achado graça. Seus olhos faiscavam ameaçadoramente à simples menção do nome de Lupin e ele andava implicando com Neville mais do que nunca.
Katherina não conseguia gostar
de Sibila, embora ela fosse tratada, por muitos alunos da turma, com um respeito que beirava a reverência. Algumas alunas passaram a rondar a torre da professora na hora do almoço, e sempre voltavam com irritantes ares de superioridade, como se soubessem de coisas que os outros desconheciam. Tinham começado também a usar um tom de voz abafado sempre que falavam com Katherina, como se estivessem em seu velório.
Ninguém gostava realmente de Trato das Criaturas Mágicas que, depois da primeira aula repleta de ação, tornara-se extremamente monótona. Hagrid parecia ter perdido a confiança em si mesmo. Os alunos agora passavam aula após aula aprendendo a cuidar de vermes, que
eram uma das espécies de bichos mais chatas que existem no mundo, e não era por acaso.

– Por que alguém se daria o trabalho de cuidar deles?! – exclamou Rony, depois de mais de uma hora enfiando alface fresca picada pela goela escorregadia dos vermes.

No início de outubro, porém, Katherina teve algo com que se ocupar, algo tão prazeroso que mais do que compensou as aulas chatas. A temporada de quadribol se aproximava e Olívio Wood, capitão do time da Grifinória, convocou uma reunião para uma noite de quinta-feira com a finalidade de discutirem as táticas que adotariam na nova temporada, apesar de Katherina ter saído do time, Olívio ainda considerava ela do time.

Havia sete jogadores num time de quadribol: três artilheiros, cuja função é marcar gols fazendo a goles (uma bola vermelha do tamanho de uma bola de futebol) passar por um aro no alto de uma baliza de quinze metros de altura fincada em cada extremidade do campo; dois
batedores, armados com pesados bastões para repelir os balaços (duas bolas pretas maciças que voavam para todos os lados tentando atacar os jogadores); um goleiro, que defendia as balizas e um apanhador, que tinha a função mais difícil de todas, a de capturar o pomo de
ouro, uma bolinha alada do tamanho de uma noz, cuja captura encerrava o jogo, e garantia para o time do apanhador cento e cinquenta pontos a mais.

Olívio era um rapaz forte de dezessete anos, agora no sétimo e último ano de Hogwarts.
Tinha uma espécie de desespero silencioso na voz quando se dirigiu aos sete companheiros de equipe nos gelados vestiários, localizados nas pontas do campo de quadribol, agora quase escuro.

↜sℓyτнєriท ↯Harry Potter↝ 『2』Onde histórias criam vida. Descubra agora