Uma piada?

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- O que está acontecendo? Como assim, casa?

- A fazenda.

- A fazenda?

- Sim, a fazenda Sunshine - ele olhou para mim pelo espelho do carro.

- Como assim, casa? Você mora lá por acaso?

- Não é minha casa, docinho, quando digo casa, quero dizer sua casa.

- Não me chame de docinho - fechei os olhos para evitar o assunto.

Não demorou muito chegamos na fazenda, apenas deixei a bagagem, tomei um banho rápido e coloquei um vestido preto, Arthur estava me esperamos. Fomos juntos para a igreja, não ouvi nenhuma palavra durante o velório ou o enterro, haviam várias pessoas, papai era popular e agradável, todos o amavam.

 Fomos juntos para a igreja, não ouvi nenhuma palavra durante o velório ou o enterro, haviam várias pessoas, papai era popular e agradável, todos o amavam

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Eu estava sozinha no mundo, papai era tudo o que me restava e agora eu o perdi.

As lágrimas rolaram pelo meu rosto. Arthur estava ao meu lado, ele encostou minha cabeça em seu ombro e ficou ao meu lado, todos partiram até que restávamos apenas nós dois.

- Eu sei que é difícil, mas você não está sozinha.

- Estou sim.

- Não está, eu estou aqui com você.

- Com a mamãe foi mais fácil, eu estava preparada. Ela ficou doente por tanto tempo, e apesar da dor, não foi uma surpresa quando ela partiu, mas o papai... ele nunca me disse que estava doente, eu não sei o que vou fazer agora...

Ele me abraçou e me levou para casa.

Ao entrar pela porta notei alguém na sala de estar, era Celestine, irmã do meu pai e sua filha Constance, as duas não compareceram no velório e muito menos no enterro, mas estavam aqui.

- O que vocês querem?

- Viemos para a leitura do testamento - tia Celestine disse.

- Leitura do testamento? Não tiveram tempo para o velório ou o enterro, mas para a leitura do testamento arrumaram?

- Não tínhamos o que fazer lá, agora para o testamento temos - Constance disse.

- O testamento não será lido hoje, podem ir embora - Arthur diz.

- Vamos ficar aqui - tia Celestine fala.

- Isso é uma piada? - perguntei.

- Não vão não! - Arthur disse - saíam, se estiverem relacionadas ao testamento serão convocadas para a leitura.

- Como assim não vamos?

- Não vão, agora saíam - ele abriu a porta.

- Quem você pensa que é?

- Meu nome é Arthur Coleman, sou o advogado da Tracy.

Olhei para ele espantada, mas fiquei quieta.

- Somos a família dela.

- Não são não, saíam ou vou chamar a polícia para tirá-las daqui.

As duas saíram nervosas, Arthur apenas as ignorou e fechou a porta na cara de ambas.

- Tome uma aspirina, durma um pouco, leremos o testamento após o jantar.

- Como assim?

- Eu era o advogado do seu pai.

- Sério?

- Sim.

- Por isso você está aqui?

- Esse é um dos motivos, agora suba, conversamos depois.

- Certo. 

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