Voltando para Casa

Décimo Encontro

- Pegou a barraca?

- Peguei, só não sei se ainda está boa, já fazem vários anos que ela não é usada.

- E o repelente?

- Sim

- Fósforos?

- Sim, e você, pegou os marshmallows, cobertores, água e chocolate?

- Já está tudo no carro.

- Então podemos ir.

- Bora lá, bora lá, bora lá, a gente vai acampar! - ela saiu da casa fazendo uma dancinha estranha.

- Não entendo porque alguém gosta tanto de dormir no chão duro, frio, cheio de pernilongos... - resmunguei.

- Você pode dormir no carro se quiser, lá estará macio e quente, não terá pernilongos e você poderá dormir com mais conforto e S-O-Z-I-N-H-O.

- Carro? claro que não, eu adoro acampar.

Encontramos um lugar próximo de onde havíamos visto o por do sol, armamos a barraca e estendemos dois cobertores para diminuir a dureza do chão, já que não tínhamos sacos de dormir e nem mesmo pensamos em comprar.

Também pegamos gravetos e pedaços de madeira com os quais fizemos uma fogueira próximo a entrada da barraca, a noite já havia caído e estava frio, então estávamos dentro da barraca, enrolados em cobertores, sentados próximo a entrada olhando as estrela e assando marshmallows. 

Arthur tirou seu marshmallow do fogo assoprou e ficou olhando de um jeito bem estranho para a comida.

- Tem uma coisa que eu quero saber - ele começou.

- O que? 

- Por que seu pai falou aquilo do vestido da sua mãe?

- Vestido? que vesti... Ah, o vestido de noiva!