Verdades e Traições

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LIVRO ESCRITO EM CONJUNTO DA Fantasminha98

Wiltshire, Inglaterra.

Quarta-feira, 28 de Agosto de 1996

Caro amigo Severo,

Escrevo essa carta pois existe outra razão para pedir-lhe que fizesse o Voto Perpétuo, além do medo de perder meu amado e único filho nessa missão que o Lorde o imcubiu. Sei que posso confiar na sua discrição e peço que assim que terminar de ler essas palavras queime essa carta. Preciso me proteger e sobretudo proteger Draco.

Não me orgulho do que fiz no passado, mas tudo que faço hoje é para o bem do meu filho. Severo, eu amo tanto Draco e apenas a possibilidade dele sofrer pelos meus erros é uma tortura. Por isso peço que proteja meu menino, cuide de meu pequeno Draco, ele não sabe de nada e deve permanecer assim.

Foi poucos dias depois que me casei com Lucius, sei que você lembra como a guerra estava no auge e fui passar uma temporada na casa de parentes da minha mãe na França...

Narcisa Black, agora Malfoy acabara de chegar a Paris usando um colar enferrujado como chave de portal e estava completamente absorta de tudo a sua volta, sua mente estava tão distante que mal deu atenção a bonita paisagem do Bosque de Vincennes, talvez o pedaço mais inglês de toda Paris com seus jardins no estilo britânico. Seus pensamentos estavam uma loucura, seu coração apertado. Ora bolas, ela tinha acabado de se casar e já enfrentava a primeira crise no casamento!

Não que fosse algo muito absurdo, mas ela não compactuava com o tipo de bruxos que Lucius idolatrava, mesmo que ela própria fosse simpatizante de alguns de seus ideais. Entretanto nunca concordaria com aquela guerra, assim, preferiu tirar um tempo só para si com seus parentes na França, para realmente pensar no que fazer, pois apesar de tudo ela ainda amava muito o marido.

A jovem bruxa ficaria com a família do primo de sua mãe, o casal possuía um belo apartamento de três andares com vista para os jardins da Torre Eiffel no 7ème arrondissement que era perto o bastante da pequena praça de Furstenberg em que se encontra a entrada do Ministère des Affaires Magiques onde o Lord Etienne Rosie trabalhava e ela própria precisava buscar sua permissão de varinha.

Rapidamente aparatou para a mesma praça que era retratada no pequeno cartão-postal em sua mão. Devia ter informado sua chegada, mas estava tão perdida em si mesma que apenas agia no automático. Narcisa considerava que após conseguir sua permissão não devia ser muito difícil encontrar o tio no ministério.

A jovem loira se surpreendeu com o quanto a pequena praça de Furstenberg era adorável e foi ao ouvir o francês falando a distância que ela se tocou do tamanho de sua decisão. Entretanto ela já estava ali, e com um passo decidido caminhou em direção a fonte, esperou admirada quando as videiras de ferro cresciam das quatro árvores ao redor entrelaçando-se a sua volta transfigurando-se em um lindo elevador.

Era deslumbrante, a grande estrutura de ferro e vidro pintado com ao mais diferentes cenários e criaturas mágicas era magnífico. O tom de azul e branco deixava o ambiente com um aspecto mais sofisticado e frio, muito diferente dos tons mais terrosos e do mármore escuro que se encontrava no ministério britânico. O teto abobado dava a impressão que o espaço já amplo era ainda maior.

Narcisa se permitiu admirar a arquitetura e se perdeu nos detalhes das enormes estátuas que representavam bonitas mulheres aladas, mas logo retomou seu caminho até a recepção onde informou seu nome e que estava lá para buscar sua permissão de varinha. Tudo felizmente transcorreu rapidamente e logo ela já estava de volta ao elevador, entretanto sua desatenção permanecia tanto que tinha esquecido totalmente que devia buscar pelo tio e não simplesmente sair do ministério.

Com amor, Draco - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora