Aniversário e Heranças

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LIVRO ESCRITO EM CONJUNTO DA @Fantasminha98

Hogwarts, Escócia.

Quinta-feira, 26 de Junho de 1997

Mamãe,

Relutei muito em escrever-lhe, e peço que se possível leia essa palavra em particular em sua sala privada, pois elas podem ser um tanto quanto perturbadoras.

Peço, também, perdão por não responder a carta que me mandou em meu aniversário de 17 anos. O lenço de seda indiano é magnífico e combinou perfeitamente com as abotoaduras de ouro branco que você me deu no último Natal. Já os chocolates Suíços estavam uma delícia, como sempre, tanto que tive de escondê-los da Pansy e quase azarei Blaise por tentar roubá-los.

Estou muito próximo de terminar aquele projeto que vem consumindo todo meu tempo e sanidade nessas últimas semanas. Espero agradar o Lorde e trazer honra para nossa família e o nome Malfoy. Entretanto não foi por esse motivo que relutei tanto em escrever, mas sim pelas descobertas aterradoras que fiz na semana do meu aniversário.

Mamãe, deixe-me ser o mais claro possível: Sei que não sou um Malfoy legítimo...

* * *

Draco já vinha se sentido fraco a alguns dias. Primeiro começou com uma dor de cabeça irritante atrás dos olhos, depois o cansaço e a perda do apetite. Num primeiro momento suspeitou que talvez tivesse pego alguma virose e por isso se sentia meio febril. Mas foi na tarde do dia 4 de Junho véspera do seu aniversário, a caminho da sala comunal depois de mais uma aula avançada de poções com Slughorn, que o loiro sentiu a pontada forte na cabeça. Seu estômago se embrulhou e mesmo não tendo comido nada no café da manhã e pulado o almoço ele sentiu como se pudesse vomitar a qualquer minuto.

- Draco! Está tudo bem, cara? - perguntou Blaise preocupado ao ver o amigo se apoiar na parede visivelmente pálido.

Entretanto o rapaz não conseguiu responder, começou a suar frio mesmo que sentisse seu corpo extremamente quente, as vozes ao seu redor se tornaram distante e abafadas quando tudo escureceu a sua volta. Se não fosse pelos reflexos rápidos de Theodore o loiro teria desabado no chão e batido a cabeça.

- Por Merlin, Draco! - Gritou Theo segurando o amigo. - Droga, Zabine! Me ajude aqui!

- Vamos levá-lo para a enfermaria!

- Ótima idéia, nem tinha pensado nisso! - O moreno disse com escárnio - Que tal, em vez disso, levá-lo para a Torre de Astronomia?!

- Não preciso da merda do seu sarcasmo agora, Nott!

* * *

- Senhor Zabine, Senhor Nott o que aconteceu com o Senhor Malfoy? - Perguntou Madame Pomfrey ao ver os dois sonserinos carregando o loiro para uma das camas da sua enfermaria. Ela era a matrona da escola, um bruxa extremamente competente especializada em magia de cura, com uma aparência delicada com seus cabelos cinzas e olhos azuis.

- Não sabemos Madame... - Respondeu Blaise.

- Estávamos saindo a aula de poções quando o Draco simplesmente desmaiou! - Completou Theo.

- Ele sofreu alguma azarração ou algo do tipo? - Perguntou a enfermeira naturalmente, vendo que já recebera alunos machucados ou enfeitiçados pelos mais bizarros e inusitados motivos. Ela nem se abalava mais e rapidamente fez um feitiço diagnóstico. Entretanto a cor sumiu de seu rosto, o garoto ardia em febre e a pressão tinha baixado muito, mesmo que os batimentos estivessem acelerados o que não fazia o menor sentido.

Com amor, Draco - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora