F R I D A Y

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As pessoas estão andando para lá e para cá na fraternidade, alguns caem no chão enquanto outros dão risada e eu apenas observo tudo virando mais um gole da minha bebida. Já faz exato 1 semana desde a visita de Tyler - se é que podemos chamar aquilo de visita - e eu estou feliz. Transei, estudei e conheci mais afundo a galera que anda com Luke. Pelo que vi Sunday e Luke é um assunto proibido que eu particularmente não me importo muito por agora, quando for para descobrir eu vou descobrir.

Resolvo andar pela casa enorme e acabo parando na cozinha, então resolvo pegar outro copo e preparar outra bebida, eu faço a mesma com um pouco de dificuldade enquanto penso em como minha vida está mudada. A está hora no Canadá eu estaria na casa de Tyler porque ele não me deixaria voltar para casa, iríamos assistir um filme, transar e dormir antes mesmo do filme acabar. O típico casal que vai pro saco. Não conversamos mais, é tudo monótono. Agora está tudo diferente e percebo que estou melhor sozinha: Faculdade, festas e ingleses bonitos. Eu estou focada no que quero mas não perco meu tempo. Não me julguem por seguir em frente e não diga que foi tão rápido porque eu sofri pra caralho por um amor que já estava murcho.

— Ohh! Vai com calma gatinha.

Olho para o lado quando Kyle agarra minha garrafa de vodka me fazendo parar de despejar a mesma no copo, dou risada. O álcool já está em minhas veias e minha cabeça está rodando a um tempo.

— Onde está Luke? Por que está sozinha?

Balanço meus ombros e viro meu copo, ele fala mais algumas coisas que eu não entendo muito bem franzindo o cenho fazendo o mesmo ri alto.

— Aí para de ri. — Jogo meu copo vazio nele, o fazendo ri mais e acabo me juntando a ele.

Estou bêbada, acho.

— Toma

— O que é isso? Vodka?

— Não! — ele ri novamente, — É água Madson, meu Deus! É só para você ficar menos tonta.

Faço uma careta mas aceito bebendo a mesma, está geladinha pelo menos. Água não vai funcionar, eu preciso de cachaça, eu mereço no caso. Tyler não parou de me ligar a semana inteira e já estou estudando como louca para as provas desse mês, faculdade não é igual escola.

— Então... Você e o Luke? — Kyle pergunta e eu o olho dando risada, ele quer saber se tem alguma chance agora que sabe de mim e do Luke.

— Somos amigos..coloridos. — Dou um sorriso, talvez largo demais. Isso é algo que eu jamais falaria dessa forma em sã consciência, não desse jeito.

Kyle apenas resmunga um "Ah" e eu me inclino dando um beijo em sua bochecha, ele é bonito e legal. Não tenho nada com Luke e muito menos procuro ter nada com ele por agora. Já faz uma semana que transamos, ele não conversa comigo por mensagem, na sala de aula ele sempre procura me cumprimentar e faz questão de me convidar para festas, não estou incomodada, muito pelo contrário. Acho que prefiro assim: sem compromisso. Sem mensagens diárias, sem mimi, apenas uma amizade casual. Luke é legal, será que beijar Kyle iria ferir seu ego?

Por que estou me perguntando isso? Por que devo ligar? Pelas atitudes de Luke e os flertes que troca com outras garotas na minha frente, sei que não devo me importar. Ele não se importa.

Fico na ponta dos pés e selo meus lábios nos de Kyle e quando o mesmo agarra minha cintura dou um sorriso e passo minha língua em seus lábios. É um beijo sem pressa e sinto um arrepio quando o mesmo aperta minha cintura contra a sua, puxo seu lábio inferior e termino o beijo com um selinho. Quando me afasto Luke está encostado na porta com um copo na mão, seu olhar para nós não é dos melhores e eu literalmente não me importo, sorrio para ele.

— Acho que vou dançar! — Digo para Kyle, animada.

Saio andando até a sala onde estão todos juntos, Sunday e as outras meninas estão em cima de uma mesa e dou uma risada alta até que Chelsea me puxa para subir junto a elas. Começamos a pular e vejo a mão de uma garota me entregando o copo, pego e viro o mesmo.

— Ei! Esse copo é meu! — Ela grita, arregalo meus olhos ao perceber que a mesma não estava me oferecendo e entrego de volta o copo agora vazio.

— Me desculpa!

Tapo minha boca para não ri mais e desço da mesa indo até o sofá, Luke está lá com Kyle e mais dois garotos. Me jogo ao lado de Luke e o mesmo passa seu braço ao redor de meus ombros, viu? Sem preocupações. Eu gosto disso. Não há sentimentos, talvez eu tenha ferido seu ego (com certeza) mas ele sabe que não passa disso e ele parece querer as coisas assim até mais do que eu.

— Quero ir ao banheiro — anúncio devagar para o mesmo, ele me olha e aponta para as escadas que estão a nossa frente.

— Escada, terceira porta a direita. — Confirmo com a cabeça e o mesmo me olha rindo, — vai conseguir chegar lá sozinha?

Confirmo com a cabeça e apoio minha mão em seu joelho para me dá impulso enquanto saio do sofá. Subo as escadas e quando chego no corredor aperto o passo, minha bexiga está cheia. Aperto a maçaneta e a porta está trancada, bufo mas resolvo esperar.

Já fazem alguns minutos e continuo aqui, então resolvo bater na porta mas pessoa do outro lado nem se quer me responde, estou ficando irritada. Quando a porta se abre um garoto alto me olha e revira os olhos enquanto sai do banheiro, sua pele branca e seus olhos claros, seus cabelos eram baixos com alguns cachos castanhos. Lindo demais para um idiota.

— Achei que iria morrer aí dentro — Solto quando dou por mim.

Ele me olha com um ar debochado, dá de ombros e quando se vira uma garota loira e alta joga bebida em sua camisa o que me faz ri.

— QUAL A PORRA DO SEU PROBLEMA?? — Ele grita irritado com a garota, cruzo meus braços.

Esse cara é muito chato!

— Você é um babaca! — ela mostra a língua para ele como uma criança e quando se vira para ir embora ele agarra seu braço.

O ódio sobe em minhas veias por ver como o mesmo está a trantando e faz com que eu pegue outro copo de uma pessoa aleatória dando um passo para frente jogando o mesmo em sua cabeça, ele paralisa e a garota da risada jogando sua cabeça para trás. Posso está me intrometendo mas ele é um babaca e porque ninguém faz nada? Já tem um montinho a nossa volta, agora que me envolvi.

— JAMAIS FALE ASSIM COM UMA MULHER!! — Grito para o mesmo.

Jogo o copo no chão e cruzo os braços, a garota puxa o seu das mãos daquele idiota e sai andando. Ela parece irritada e chateada, talvez ele tenha quebrado seu coração ou tratado a mesma mal e agora que está bêbada, tomou coragem pra tais atitudes, sinto vontade de ir atrás da mesma mas faço meu caminho até o banheiro. Estou apertada.

— Jason, não.

Escuto alguém e quando me viro observo que um garoto loiro está segurando seu amigo alto. Não me importo que seus cachos nesse momento estão encharcado de bebida alcoólica, seu rosto está molhado e vermelho de raiva, será que ele me bateria? Aonde fui me meter?

E literalmente, eu não sabia aonde estava me metendo e como teria que lidar com o que estava por vim.

CHANGESOnde histórias criam vida. Descubra agora