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Um professor emburrado e um caldeirão

Intercalava os olhares entre os ingredientes em suas mãos, sendo eles a mandrágora cozida e o muco de cérebro de preguiça, fazendo Harry chegar a conclusão que não tinha nenhuma noção do que fazer com aquilo.

— Eu não exijo nada menos que a perfeição com essa poção. Continuem mexendo. — Escuta a voz do professor Snape e ao erguer os olhos, percebe o mesmo encarando-o e Potter apenas semicerra os olhos, voltando a encarar o caldeirão e tentando não explodir aquilo. — Parabéns, Sr. Zabini. 20 pontos para a sonserina pela escolha sábia dos ingredientes.

Harry apenas escuta o bufar de Rony ao seu lado, era uma injustiça tão descarada, e não havia o que se fazer. Snape era difícil de lidar e desistiram de tentar entender o motivo dele odiar tanto todas as casas, especialmente a grifinória - principalmente o trio de ouro na mesa da frente - e claro, tendo a sonserina como excessão.

No exato momento que pensou aquilo, o moreno olha para o garoto loiro do outro lado da sala e mesmo tendo raiva daquele mimado, sempre ficava embevecido pela praticidade com poções. Não podia negar que Malfoy era inteligente — Hermione com certeza o invejava e iria lhe xingar se escutasse seus pensamentos — e tinha o dom com poções. De relance, percebe o mesmo jogar mandrágora cozida no caldeirão e olha para o seu próprio rapidamente antes de Snape perceber que olhou na mesa ao lado, não queria perder pontos e sem pensar muito, decide jogar o mesmo ingrediente no seu caldeirão.

Fica apreensivo por alguns segundos e ao perceber que não teve nenhuma sequela duvidosa ao jogar o ingrediente, suspira um pouco aliviado e tenta novamente relembrar como fazer uma poção Volubilis. Lembrava que precisava de algum frasco, só não sabia qual e por isso decide ir na direção da estante para procurar um nome familiar, só não esperava quase trombar com Neville no meio do caminho.

O mesmo estava segurando alguns frascos e outros ingredientes em seus braços, Harry fica preocupado, pois tinha plena noção que se ele derrubar qualquer coisa no chão, não teria uma das melhores misturas e poucos segundos para fugir daquela sala.

— Desculpa Harry — Ele diz e apenas tenta equilibrar melhor os frascos.

— Precisa de ajuda? — Harry decide se voluntariar, mas o outro apenas nega com a cabeça e sorriu pequeno, voltando a andar para mesa e Potter sorriu orgulhoso, se virando para a prateleira novamente e procurando alguma mistura para fazer e ter sucesso na sua mistura.

— Cuidado com isso, Longbottom! — Escuta Pansy fazer escândalo. Pelo jeito, Neville tinha trombado na mesa deles.

— Desculpa — O grifinoriano comenta um pouco envergonhado, não queria problemas.

— Desculpa não vai arrumar a burrada que você fez — Malfoy se pronúncia pela primeira vez naquela sala — Me fez errar a dose do xarope! — Bufa irritado. O loiro realmente tinha virado o frasco de xarope de heléboro pelo susto que tomou com a batida de Neville na mesa.

O grifinoriano não sabia onde enfiar a cara e se assusta com a chegada de Snape e sem querer, deixa alguns frascos cair. Felizmente, o professor consegue impedir os mais "explosivos" de atingir o chão, fazendo-o levitar até alcança-los com mão e encarar Neville que estava completamente assustado.

Harry já se preparava mentalmente para enfrentar Snape se precisar, sabia que iria ter consequências com aquele ato, mas precisava ajudar o garoto.

— Não estou surpreso pela sua displicência, Longbottom. Menos 50 pontos para grifinória — Escuta as risadinhas vindas de alguns alunos da sonserina e até mesmo alguns olhares de deboche, Hermione queria esganar cada um naquele momento e Rony não estava muito diferente. — Graças a atitude do indisciplinado, terei que ir atrás de novos frascos. Não se movam ou façam nada estúpido. — Seu olhar desce para o garoto que estava com a cabeça baixa, se sentindo humilhado — O Longbottom irá limpar essa sujeira que ele fez. Sem o uso de magia. — Dá ênfase na última frase direcionada ao garoto, guardando os frascos salvos de sua mão.