3 - Diálogo

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Pois é gente, eu escrevi esse capítulo com o thu na mão, e estou ansiosa, com medo de ter feito merda, mas vou lançar mesmo assim. 

Katsuki ficou realmente grato ao descobrir que não precisaria sair em patrulha aquela noite

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Katsuki ficou realmente grato ao descobrir que não precisaria sair em patrulha aquela noite. Sentia-se esgotado emocional e fisicamente e ter que aturar algum parceiro alfa preconceituoso seria como atirar álcool às chamas.

Para o seu descontentamento, no entanto, assim que entrou na sala deu de cara com o misterioso cigano ruivo em uma das celas. Ele estava sentado na cama, aparentemente riscando algo na parede com um pedaço de carvão, o olhar totalmente absorto na tarefa e a postura relaxada. No entanto largou o trabalho, ajeitando a postura e se levantando no momento em que viu Katsuki entrar, se aproximando das grades com o sorriso arrebatador.

— Se não é o doutor policial, boa noite! — cumprimentou com um aceno de mão.

Era realmente uma imagem digna de contemplação. Os braços flexionados contra as barras, o queixo descansando sobre eles e o sorriso encantador. Não haviam brincos, cordões, pulseiras ou mesmo a bandana sobre sua cabeça, objetos confiscados assim que ele entrou na cela.

Sem paciência, Katsuki resolveu ignorá-lo, sentando na cadeira e se ocupando de verificar alguns documentos. Depois de passar raiva com o ex-marido, tudo o que não precisava era de outro alfa exibicionista falando em seu ouvido.

Mesmo assim podia sentir o olhar dele sob si e precisou trabalhar brutalmente para ignorar o comichão que lhe causava.

— Acho que o senhor doutor não quer conversar hoje, certo? — arriscou com a voz em tom amistoso, como se falasse com um velho amigo.

Katsuki permaneceu em silêncio, revirando os documentos, mais atento as reações do prisioneiro do que gostaria.

— Hoje está fazendo um clima agradável. Nenhuma nuvem, o céu limpinho, dá até para ver a lua pelas grades — sua voz saia morna, satisfeita enquanto ele olhava para a luz que banhava a cela, sublimada pela luz do corredor — Eu gosto da luz da lua, é bonita, misteriosa e muito agradável, não queima a nossa pele e ilumina os caminhos. Minha avó costumava cantar uma canção nas noites de lua cheia. A gente ia para fora, ela fazia um chá e sentávamos lado a lado no gramado, olhando para a lua.

Por mais agradável que fosse escutar o som da voz dele também era irritante ter que lidar com o monólogo aparentemente infinito, mesmo que o conteúdo fosse belo. Conversar com presidiários de modo casual era contra as regras.

— Ainda não percebeu que não vou conversar com você?— cortou-o de modo rude.

O alfa que divagava com o olhar perdido voltou a olhá-lo nos olhos.

— E porque não?

— Porque você é um prisioneiro, está aqui por conta de uma infração, não para relaxar.

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