07 - Reaver

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Os dedinhos destreinados de Keiichi brincavam com a moeda, movendo-a entre os vãos de modo lento enquanto treinava

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Os dedinhos destreinados de Keiichi brincavam com a moeda, movendo-a entre os vãos de modo lento enquanto treinava. O semblante era concentrado e ele colocava a ponta da língua para fora, mordendo-a de leve enquanto suas sobrancelhas se uniam, ocupado em prestar atenção aos movimentos.

No final da centésima tentativa ele conseguiu realizar a primeira volta com sucesso, e seu olhar se abriu em puro júbilo.

— Tio Eiji, eu consegui!— anunciou exultante, pulando ao encontro do alfa que estava ocupado em consertar o motor do trailer. Ele parou o trabalho, acocoraando-se para ficar na mesma altura e ver o feito do pequeno que o repetiu, dessa vez errando um pouco, porém igualmente feliz.

— Isso foi fantástico, Keiichi! — sorriu deixando o menino mais radiante — Você realmente tem dom para a mágica!

Os olhos do menino brilharam de puro contentamento.

— Será que um dia eu vou ser igual ao senhor, tio?

— Vai ser melhor, acredite. — limpou as mãos sujas de graxa no pano que trazia no bolso — Agora que tal me ajudar a consertar esse motor?

— Eu posso? — questionou surpreso — Não vou atrapalhar?

— Desde que siga as minhas recomendações, não.

— Eu quero! — Assentiu e Eijiro se levantou, pegando-o nos braços e colocando sobre o ombro — O meu pai alfa nunca deixa eu ajudar, ele sempre diz que vou atrapalhar.

— Pois eu acho que você vai ser um ótimo ajudante.

Havia um sorriso ingênuo no rosto de ambos e Katsuki apenas observava, sem falar. Os demais ciganos estavam fazendo suas exposições ou trabalhando, o que dava aos três a liberdade e espaço para agirem de modo mais descontraído.

Poderia reclamar que Eijiro estava mais ocupado em lidar com a manutenção estúpida do carro do que realmente ensinando o menino algum truque de mágica, afinal havia se deslocado até ali com esse propósito, mas decidiu não se intrometer. Com exceção dos tios, Keiichi nunca teve a presença de um alfa que o tratasse daquele modo tão paternal, dispondo-se a ensiná-lo e passar tempo com ele por vontade própria.

Era bonito vê-los juntos, quase como se fossem pai e filho e esse pensamento trouxe um sentimento agridoce ao coração do ômega. Nunca se perdoaria por ter dado ao filho um pai tão porcaria quanto Dabi.

— Se deixar é capaz dele ensinar o seu filho a ser mágico, mecânico, músico, instrumentista e outras coisas. Menos cozinheiro, ele não é muito bom nessa arte, apesar de não morrer de fome também.

Obviamente eles não estavam completamente sozinhos.

— Eu não me importaria, seria interessante ter alguém para ensiná-lo além de mim e os tios.

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