4 - Sufocante

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Um capítulo reestruturado para a nossa alegria 🙌

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Ambiente lotado de gente, quente e barulhento. Tudo o que Katsuki não precisava naquele dia ou em qualquer outro em que tivesse tido o desprazer de passar mais de uma hora discutindo com o ex-marido sobre a maldita visita, que mais uma vez ele negligenciara. 

Amava ser policial, mas se continuasse naquele ritmo ele perderia não somente o distintivo como também a liberdade, pois estava à um passo de cometer um homicídio, e por mais que fosse tentador matar o maior responsável por seus problemas, não poderia deixar o filho a mercê do avô que iria requerer a guarda dele e não passava de outro alfa embuste. 

Estava cercado de pessoas que desejava matar. 

Contudo, nada aumentava mais a sua sede pelo sangue de Dabi do que ser o filho chateado. Não podia novamente deixá-lo lá, choroso e sair para o turno, então deu um jeito de trocar com Shoto para poder passar com ele o tempo que o outro pai não se dispunha a vivenciar. E estaria tudo ótimo se ele não tivesse pedido para ir justamente na praça de eventos ver por si só os tais movimentos mágicos que os demais colegas tanto falavam. 

Então ele estava ali, fadado a sorrir e fingir interesse em todos aqueles truques de mágica. Alguns eram até bem legais, não podia negar, mesmo assim era enfadonho na maior parte do tempo. 

O sorriso no rosto de Keiichi, no entanto, era suficiente para lembrar a ele o porquê de tamanho sacrifício. 

Chegaram no final da tarde, estava abafado e logo choveria, então Katsuki garantiu que o filho estaria protegido colocando uma capa de chuva em sua mochila de dinossauro, assim como teria certeza de que ele não comeria nada que pudesse prejudicá-lo, uma vez que ele tinha várias alergias alimentares, sendo a mais agressiva a de nozes. Por isso levava na bolsa dele comidas pré-selecionadas. Era chato ter que restringir a alimentação dele, mas necessário.

— Não largue a minha mão nem saia de perto do papai, tem muita gente aqui. — vaticinou ajoelhando na frente dele e ajeitando as mechas de cabelo negro que caíam sobre os olhos azuis. De onde ele tinha puxado aquele cabelo escorrido era um mistério. 

— Tudo bem, papai, eu não vou. — respondeu obedientemente, erguendo as mãos para afagar o rosto do pai que o abraçou, farejando-o

— Ótimo, agora vamos. 

Caminharam tranquilamente pelo mar de pessoas, com Katsuki irritando-se a cada esbarrão e tentando conter a enxurrada de palavrões que ameaçavam vir toda vez que alguém quase levava seu ombro embora. Evitava porém, que encostassem em Keiichi, espantando de pronto qualquer ameaça a ele, até decidir que colocá-lo a sua frente era melhor. 

Passaram por diversas barracas, algumas com apresentação de fantoches, outras com shows de mágica e pirotecnia, ou mesmo arremesso de facas ou dardos. Pararam em uma que era um jogo de tiro no qual Katsuki levou o prêmio que Keiichi queria sem nem mesmo se esforçar para isso e compraram uma pintura de um artista que fazia quadros com spray, algo que encantou o pequeno. 

Caminhos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora