5 - Ronda Noturna

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Ah, mas já estamos de volta? Sim amores, estamos rsrsr

Teria que ser cego ou fazer muita força mesmo para não achar Dabi um homem atraente

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Teria que ser cego ou fazer muita força mesmo para não achar Dabi um homem atraente. Nem mesmo as queimaduras que sofrera no acidente de carro que quase lhe custou a vida e o fez endireitar de vez — levando-o optar por finalmente seguir a carreira policial — puderam destruir a beleza que o embuste ainda esbanjava. Felizmente — para ele, pois Katsuki pouco estava ligando— as cicatrizes iam aos poucos cedendo, tornando-se mais amenas com as diversas cirurgias. O aspecto de sua pele já não era mais tão bizarro e incomodo como nos primeiros meses, mesmo assim não deixavam dúvidas de que havia acontecido algum trauma. 

O charme definitivo dele sem dúvida estava no olhar malandro e indolente, nos gestos vadios e preguiçosos e no jeito dele falar, encantando suas vítimas ao prometer um mundo de possibilidades com sua fala mansa, um mestre na arte da malandragem. 

Felizmente Katsuki conhecia bem aquela peça e não estava a fim de repetir suas burradas. Definitivamente nada mais de alfas charmosos de personalidade sacana, não tinha tempo para sujeitos narcisistas. 

Por isso ele odiava com todas as forças do seu ser quando aquela maldita coincidência acontecia, tentando de fato não supor que Dabi havia propositadamente trocado de turno com Shigaraki — ao saber que este estaria em dupla com Katsuki durante o turno da noite — só para ter o prazer de lhe atormentar pessoalmente, o que de fato poderia ser verdade. 

O ômega teve certeza de que a noite seria muito longa. 

Logo nas primeiras horas eles apreenderam uma dupla de garotos que estavam fumando maconha, levando-os aos pais para que recebessem os devidos sermões. Em seguida tiveram que lidar com um senhor beta completamente alcoolizado que se recusava a sair do estabelecimento onde estava, perturbando a paz dos comerciantes por exaltar-se demais e resolveu dar uma cantada em Katsuki, elogiando o quão lindo seu traseiro ficava na farda policial. 

O ômega não foi nem um pouco gentil com o sujeito, não somente por ele ter-lhe passado uma cantada ridícula, e o ofender como oficial, como também por tentar tornar seu assédio mais profundo ao tentar tocá-lo de modo inapropriado, mas o alfa foi definitivamente mais rude, jogando o homem no banco de trás com violência desnecessária, rosnando em protesto. 

— Sabe que é contra o protocolo agir dessa maneira, não é? Esse tipo de coerção violenta e desnecessária pode ser um agravante no seu histórico — avisou sem realmente dar muita importância, observando o alfa entrar no carro com a cara amarrada. 

— E quem é que liga? É somente a porra de um bêbado dando em cima do meu ômega. — engatou a marcha ré, saindo do estacionamento. 

— Não vamos começar com isso de novo, não é? — Katsuki bufou ajeitando o coldre — Eu não sou seu ômega, sou seu parceiro e nada mais.

— Ainda tem a minha marca, não é? Então é meu ômega sim. 

— Uma marca quase apagada não conta. Sequer sentimos o vínculo como era antes. 

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