Desde a infância, tornar-se policial sempre foi o objetivo de Katsuki, e nem mesmo o fato de ser ômega o fez desistir de suas ambições, pelo contrário, apenas reforçou-as.
Adulto, se tornou um dos mais qualificados agentes da corporação, provando a...
Ei, amores, eu sei, todos querem um pouco de desforra, mas vamos com calma, ok? rsrsrs
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Katsuki não era muito paciente, mas ele sabia se portar em ocorrências de emergência, conseguia manter a calma e postura para lidar com as situações e não seria a primeira vez que algum maldito meliante iria ofendê-lo para tentar tirá-lo de seu estado emocional comedido.
Ele sabia que eventos como aquele requeriam calma e cautela, ainda mais estando o infrator em posse de uma arma de fogo. Todas as suas falas, gestos e olhares tinham o único propósito de acalmar e convencer o infeliz, até que ele abaixasse o dispositivo ou o Katsuki estivesse perto o suficiente para lhe desarmar. Em casos extremos poderia até mesmo usar de sua natureza ômega para agilizar ou tornar as coisas mais favoráveis. Já houveram situações em que ele deliberadamente se livrou dos supressores, descolando-os de sua glândula de aroma para inundar a mente do alfa de feromônios calmantes. Era um golpe baixo, mas aceitável dada à situação.
Contudo ele não poderia fazer aquilo em meio à chuva e Dabi o estava conseguindo tirar de sua zona de calmaria ao falar do filho com tanto desprezo. Certamente as drogas lhe deram a coragem suficiente para exprimir o que sentia. Custou a Katsuki todos as reservas de autocontrole para não avançar, desarmá-lo e bater a cabeça dele no chão com força o suficiente para o desfigurar.
Em nome de tudo o que estava em jogo ali, ele não o faria. Mantinha o olhar atento ao ex-esposo, engolindo a raiva enquanto mirava os dedos dele, perigosamente trêmulos sobre o gatilho. Dabi sabia que não se coloca o maldito dedo sobre o gatilho, estudara para isso e não cometeria um erro tão trivial se não estivesse ensandecidamente motivado pelas drogas. Pelo estado de alteração, Katsuki julgava ser metanfetamina, cocaína ou heroína, isso sendo bem generoso em suas possibilidades.
Mais uma vez Katsuki lamentou ter se envolvido com ele. Keiichi merecia um pai melhor do que o que tinha e não esperaria Dabi atualizar o filho sobre o que realmente achava sobre ele. Foi a parte mais difícil de aceitar. Ele já sabia que o ex-marido pouco se importava com o filho, mas até então tinha apenas especulações sobre o motivo, além do que ele sempre o tratou minimamente bem quando em sua presença. Ter certeza de que ele não amava por algo tão mesquinho apenas o fez sentir mais repulsa do maldito alfa com quem tinha casado.
Nada daquilo importava agora, tinha que prestar socorro a quem se feriu para o manter a salvo, a situação com Dabi ficaria para mais tarde se sobrasse alguma coisa dele.
Voltou suas atenções ao alfa estúpido que se levantava com uma careta de dor, pressionando o ferimento dele com um pano. Sua mente girava em uma espiral condescendente enquanto ele tentava pensar em como agir.
A solução mais óbvia pareceu lhe demorar anos para chegar, ao menos foi o que pensou.
— Temos que movê-lo para um hospital — declarou.
Os demais alfas pareceram hesitar um pouco, ainda que pudesse sentir que concordassem em parte.
— Não, eu vou ficar bem, não se preocupe — ele chiou, erguendo os olhos. Parecia um tanto alarmado quanto a possibilidade de ir à um hospital.
