Capítulo 3: Rivalidade

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"Quer dizer que ele tentou–"

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"Quer dizer que ele tentou–"

"Isso mesmo."

"E daí você–"

"Sim."

"E agora vocês precisam–"

"Exatamente."

As aulas acabaram por hoje. Estou na biblioteca com Lily, explicando pela décima vez o que aconteceu durante a prática de Herbologia. Minha bochecha descansa na palma da minha mão e meus olhos lutam para continuarem abertos – foi um longo primeiro dia de aula e ainda nem acabou.

Os sons da biblioteca se resumem em páginas sendo folheadas e cochichos muito baixos. Suspirei. Se eu não tivesse que ir para a detenção, poderia tranquilamente dormir aqui.

"Preciso ir", rolei meus olhos para o teto antes de pegar minha mochila e me levantar.

"Espera, Barbra!"

"Shiu!" uma loira exclamou sem tirar a cabeça de um enorme livro. Os quintanistas e septanistas ocupam a biblioteca quase inteira, estudando pros respectivos exames. Eu também deveria estar estudando em vez de me metendo em encrenca por ter feito a coisa certa e evitar um acidente.

Fitei Lily com o semblante cansado. Não consegui me concentrar em Defesa Contra a Arte das Trevas nem em Runas Antigas, nem em nada que aconteceu na escola hoje. A imagem de Sirius sendo arremessado contra a parede da estufa ficou martelando na minha cabeça o dia inteiro.

"Você disse que ele ia colocar os fogos no vaso de um aluno da Sonserina?", a ruiva me questionou. Assenti. "Você lembra como o aluno era?"

"Era pálido e tinha cabelos pretos, como os de Sirius, só que mais curtos", dei de ombros, pensando no garoto. Só vi o rosto dele por uns três segundos. "É tudo o que eu me lembro."

"Ele tinha o nariz comprido? Meio tortinho?"

Parei para refletir, tentando recriar a imagem do Sonserino em minha mente. "Sim, acho que sim", finalmente respondi, incerta.

Lily ficou com raiva. Furiosa. Ela vai explodir a qualquer segundo, tenho certeza, pois seu rosto está tão vermelho quanto seus cabelos.

"Eu vou matar eles!"

Um coro de "shius" voou em nossa direção. Lily fechou o livro com força e saiu em disparada, abandonando sua mochila. "Accio!", ela exclamou quando chegou na grande porta da biblioteca, e a mochila foi voando ao seu encontro. Tentei acompanha-la, mas a perdi de vista depois que ela se infiltrou entre os outros alunos.

"Oi! Lily! Onde fica a sala de Poções?"

Ela literalmente desapareceu. Olhei ao redor, procurando um rosto familiar, qualquer um. Por sorte, o monitor da Corvinal passou por mim a caminho da biblioteca, me oferecendo um sorriso.

ROYALS • Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora