Capítulo 17: Luta ou fuga

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Quando finalmente tomei coragem de voltar à sala e encarar meus pais, apanhei a sra

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Quando finalmente tomei coragem de voltar à sala e encarar meus pais, apanhei a sra. Black falando para eles que Sirius não estava se sentindo bem e foi para o quarto. Mordi o lábio inferior, tentando conter a vontade de desmenti-la.

Tudo isso é tão errado. Nem sei como reagir. Eu queria poder destrancar Sirius e conversar com ele sobre tudo que acabou de acontecer, mas tenho a impressão que ele não quer falar comigo agora.

Suspirei fundo e decidi voltar para meu quarto. Quiçá meus pais usem a mesma desculpa: Barbra também não está se sentindo bem... Talvez foi o chocolate quente que eles tomaram antes...

Imagino que nossos pais têm muito o que conversar agora que recusamos a ideia ridícula de nos casarmos. Passei pelas cabeças de elfos emolduradas no corredor do segundo andar, iluminadas pelo lustre de velas de teto, que lhes dava um aspecto ainda mais doentio. Entrei no quarto de hospedes como um furacão.

O feitiço de Walburga pode até ter isolado os sons da porta do quarto de Sirius, porém, assim que entrei no meu quarto, ouvi passos vindos do teto. Não percebi antes, mas seu quarto deve ficar bem acima do meu. Os barulhos são intermitentes, como se ele andasse e parasse por algum tempo, e então voltasse a andar de novo.

Joguei-me de costas na cama e passei as mãos pelo meu rosto. Eu deveria saber, eu deveria ter desconfiado que algo assim estava por vir. E o livro que os pais de Sirius me deram de presente... Patético.

Lentamente, minha respiração ficou mais leve e minhas pálpebras mais pesadas, e peguei no sono antes que pudesse impedir. Tenho certeza que estava sonhando pelos minutos que se seguiram, pois um filme se passava na minha mente, no qual um vestido de casamento criou vida e começou a me perseguir.

Eu estava correndo, mas fui impedida por algo. Virei-me bruscamente, quase sem ar, e deparei-me com a sra. Black segurando meu pulso. Eu abri a boca para falar, mas um barulho me assustou e a próximo coisa que aconteceu foi eu acordar em sobressalto.

Olhei ao redor do quarto e soltei uma risada sem muito humor ao pensar no sonho. O barulho que me acordou se repetiu. Bocejei enquanto me levantava, procurando de onde o som veio. 

E ele soou de novo. E de novo. Parece uma coruja bicando a janela. Caminhei até a única janela do quarto e me surpreendi ao ver que já é noite. A casa está bastante silenciosa, me pergunto o quão tarde é. Quando o barulho soou pela quinta vez, vi de relance algo bater contra o vidro.

Abri a janela, deixando o ar frio da noite invadir o quarto. Apertei meu casaco ao redor dos ombros ao me aproximar do parapeito.

"Barbra?"

Abaixei o olhar até o chão, onde Sirius estava postado, tremendo, ao lado de uma mala, sua mochila da escola, e sua vassoura. Ele veste as mesmas roupas que estava usando mais cedo, antes de sua mãe o trancar no quarto.

"Conseguiu sair do quarto?" 

"Não, eu sou um clone do Sirius. Vim aqui conversar com você enquanto ele ainda está no quarto", ele respondeu, dando um passo para frente para ficar na luz que saiu da minha janela. Agora consigo ver seu rosto, que segura um sorriso debochado.

ROYALS • Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora