Capítulo 21: Cinza

4.7K 411 668
                                    

"Bom dia, Hogwarts

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Bom dia, Hogwarts. Venho com pesar informar que nossa querida Marlene McKinnon não poderá narrar a partida de hoje", uma voz sonhadora soou pelo campo e todos os alunos nas arquibancadas vivaram o pescoço ao mesmo tempo para conferir quem estava ocupando o pódio de locução. "Por isso, o professor Flitwick pediu para que eu narrasse, mas não entendo muito sobre Quadribol... Espero que isso não seja um problema."

Alguns alunos exclamaram em apoio, outros vaiaram, mas Xenophilius Lovegood não se deixou abalar. Manteve os olhos afocados na professora McGonagall, que estava sentada ao lado dele no pódio, ambos cobertos por um grande guarda-chuva que flutuava sobre suas cabeças.

Raios rasgam o céu, iluminando o dia escuro, segundos antes de estrondosos trovões chocarem-se contra nossos tímpanos. Se eu não tivesse acabado de tomar café da manhã, poderia jurar que já está anoitecendo. Os professores acenderam as luzes dos archotes ao redor do estádio com fogo encantado, que lança um brilho azulado sobre os torcedores e o campo.

Xeno continuou falando no megafone, mas é muito difícil escutar devido aos grossos pingos de chuva que colidem nas arquibancadas, nas lonas que estão nos protegendo do temporal, e no próprio chão do campo de Quadribol.

Começou a chover na minha vinda para o campo. Meu cabelo castanho está tão encharcado que parece preto. Além disso, está frio de novo. Tão frio que o agradável clima morno do fim de semana em Hogsmeade parece ter acontecido meses atrás, muito embora foi só há alguns dias.

Luto para manter-me acordada, nem os trovões estão me assustando; tamanho é o sono. Passei a madrugada inteira escrevendo e reescrevendo uma carta para meus pais. Acho que gastei mais de cinco metros de pergaminho só com os rascunhos do que eu gostaria de dizer.

Passei a mão no bolso interior da minha capa, conferindo se a carta estava ali. Planejo enviá-lo assim que a partida acabar.

"Tudo bem, professora? Quer desejar boa sorte para o time da Grifinória antes do jogo começar?"

"Os jogadores, Xenophilius, anuncie os jogadores!" a voz de McGonagall foi ouvida pelo megafone. Algumas pessoas começaram a rir na arquibancada da torcida da Grifinória; dei um olhar feio, em especial, para o garoto ao meu lado que chamou Xeno de maluco.

Vejo Charity, Cecília e Celeste nos bancos à frente. Por um momento, considerei espremer-se entre a multidão para me juntar a elas, mas então lembrei que estou guardando lugar para Lily.

"Pode me chamar de Xeno, prof", distingui as palavras de Xeno entre um trovão e outro. "Os jogadores devem entrar em campo logo, logo. É a terceira partida da temporada e temos como capitães James Potter da Grifinória e Amos Diggory da Lufa-lufa", ele continuou a falar, mas sua voz tornou-se completamente inaudível quando os baralhos da tempestade se misturaram com a enxurrada de aplausos, assovios e gritos de encorajamento para os dois capitães.

Enrolei minhas mãos no cachecol da Grifinória que Lily me emprestou, porque, na opinião da ruiva, não se vestir para demonstrar apoio ao time que você torce é um crime. Olhei para os lados, sentindo-me deslocada entre os Grifinórios sem a presença de Lily, Remus, Sirius, James e Peter. Onde será que eles estão?

ROYALS • Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora