Capítulo 19: Polaris

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Os dias frios de Janeiro passaram voando, um atrás do outro, com tempestades de neve cada vez mais dispersas até transformarem-se nas chuvas de Fevereiro

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Os dias frios de Janeiro passaram voando, um atrás do outro, com tempestades de neve cada vez mais dispersas até transformarem-se nas chuvas de Fevereiro.

Lily foi para casa no último fim de semana de Janeiro para passar seu aniversário com a família. Ela estava um pouco chateada quando voltou para a escola. Aparentemente, no meio da festa de aniversário sua irmã mais velha achou que seria a hora apropriada para anunciar que estava noiva. Digamos que sua irmã recebeu a atenção da família pelo resto da noite e todo mundo esqueceu aquela era a comemoração do aniversário de Lily.

James, quando ouviu esta história, organizou uma festinha surpresa para Lily. Eu não participei, pois foi depois do toque de recolher na Sala Comunal da Grifinória, mas sei que ela ficou um pouco mais animada depois disso.

Comecei a passar mais do meu tempo livre com Xeno, eventualmente com Lily também. Qualquer um com um pouco de noção deve ter percebido que eu estava tentando evitar meus amigos da Grifinória, todavia, depois de tudo o que aconteceu, é meio impossível ficar longe de James, Sirius, Peter e Remus.

Há coisas que não dá pra se fazer junto sem acabar cúmplice um do outro – preparar uma Poção da Verdade e realizar uma obliviação ilegal para proteger nosso amigo lobisomem entram para essa lista.

Tentava evita-los, pelo menos, nos intervalos entre as aulas, no café da manhã e no jantar. No almoço eu acabava sentando ao lado deles – porque Lily me arrastava para a mesa da Grifinória, como já é de costume – e no fim do dia nós nos esbarrávamos na biblioteca, especialmente agora que nossas aulas estão cada vez mais difíceis e os exames do trimestre estão começando.

Algumas aulas assumiram uma configuração diferente agora. Por exemplo, as aulas teóricas de Astronomia acabaram; temos aulas práticas nas quartas-feiras à meia-noite. É estranho ter aula depois do toque de recolher, mas pelo menos temos as manhãs de quinta-feira livres para reajustar o sono.

Quando o relógio da Sala Comunal bateu exatamente 23:30, os monitores levaram o quinto ano em uma fila organizada para a Torre de Astronomia. Ver Avalon liderando a fila de alunos me deixa abalada, ainda mais porque estamos marchando em direção à torre onde tudo começou.

Xeno, que tem um sexto sentido para perceber quando alguém está desconfortável, tentou me distrair o caminho inteiro, apontando para pequenas flores que desabotoaram próximas ao Castelo para anunciar o fim do inverno.

Bocejei, cansada, quando chegamos ao último andar da Torre de Astronomia. Sorri para o grupinho encrenqueiro da Grifinória assim que entrei, mas resolvi ficar ao lado da sala no qual a maioria dos Corvinos ficava. Não pude, contudo, deixar lhe dar uns olhares preocupados na direção de Remus. Está muito fraco desde a última lua cheia, que já faz quase um mês que ocorreu. Tenho a impressão que ele não se recuperou muito bem, e a próxima lua cheia já está chegando novamente, então estamos todos apreensivos com a saúde dele.

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