Capítulo 26: Canis major

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"J-James? Você é puro-sangue

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"J-James? Você é puro-sangue."

"É..." ele fez uma careta desconfortável. "Por quê?"

Eu disfarcei, olhando para os lados. A sineta anunciou o fim da aula, e assim eu tive certeza que ninguém conseguiria ouvir nossa conversa, então perguntei: "Você já ouviu falar das famílias sagradas?"

"Já", ele soltou uma risada curta pelo nariz. "Uma baboseira, se quer minha opinião."

"És descendente de alguma delas?"

"Acho que sim, mas usamos o sobrenome Potter desde o século passado. Seria difícil rastrear de qual delas nós descendemos. É diferente da família do Sirius, que sempre manteve o nome Black, sabe? Wow, Beauxbatons, você tá pálida. Senta um pouco."

"Eu tenho– Hm, eu tenho que ir", falei, levantando-me com pressa da cadeira e saindo da sala de Feitiços sem nem ouvir as tarefas que o professor Flitwick passou.

É claro que o James não sabe de nada, que ideia estúpida ter perguntado pra ele. É melhor ir direto em alguém que absolutamente sabe o que está acontecendo.

Por sorte, essa foi a última aula do dia, então encontrar os Sonserinos não será difícil. Fui até a entrada das masmorras e esperei pacientemente até as turmas começarem a chegar. Não sei exatamente onde é a Sala Comunal deles, mas os vejo saindo das masmorras todas as manhãs em direção ao Salão Principal, então tem que ser aqui.

Não sei por quanto tempo esperei, caminhando de um lado para o outro. Dez, quinze, vinte minutos. Finalmente, Regulus apareceu à distância, um pouco mais alto do que me lembro, com os cabelos penteados para trás e uma garota ao seu lado, conversando animadamente com ele.

Quando ele me viu, foi como se ele soubesse exatamente o motivo de eu estar ali. Ele disse algo para a garota e se despediu. Depois, fez um sinal com a cabeça para eu o seguir.

Desviei dos Sonserinos que caminhavam na direção oposta à minha enquanto seguia Regulus. Nós chegamos até os pés da escadaria gigante que leva para a Torre do Relógio.

Ele finalmente se virou para mim.

"Você vai?"

"Você vai?" eu rebati, dando ênfase com surpresa no pronome.

Ele revirou os olhos e disse impaciente: "Claro que sim. O meu convite dizia 21 de Maio, mas os de alguns outros colegas meus têm datas diferentes. Acho que os revolucionários estão chamando os alunos de dois em dois, e queria saber se você é minha dupla."

Demorou alguns segundos para meu cérebro processar o que ele disse. Os revolucionários. Soa mais amigável do que Comensais da Morte, mas depois de tudo que ouvi sobre eles, ainda não foram inventados eufemismos bons o suficiente para me enganar.

"Os Comensais da Morte, você quer dizer?" estreitei meus olhos para o Black mais novo, recebendo uma expressão assustada como resposta. "É, eu sei sobre eles."

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