As historias são meras ficções,não ha intenção de se assemelhar com qualquer ocorrido da vida real,são apenas crônicas para deixa-los pensativos ou passar alguma má lição de moral,são apenas crônicas de mau gosto.São uma coleção de historias de susp...
De novo no meio da noite,aquele barulho de aguá escorrendo vindo do quintal,aquele lava-lava de mão que o meu patrão faz todo a noite...
Essa mania do seu Nelson começou desde que a dona Luciana sumiu,toda noite,de madruga ele vai para o quintal e fica lavando as mãos no tanque,fica lá por horas lavando a mão,certeza que estão sujas de sangue.Sim isso mesmo,deve ter sido ele que deu um sumiço na dona Luciana,ele brigava muito com ela coitada,vivia maltratando e a xingando pelos cantos da casa,mas ele ha de pagar por isso,a alma da dona Luciana vai ter um descanso.
Naquele dia fiz tudo como é de costume,limpei bem a casa e fiz a janta para o seu Nelson,sentou-se na cadeira resmungando algo,o homem mastigava desesperadamente como se nunca tivesse visto comida,estava fedendo a cigarro e cerveja,me pergunto o que dona Luciana virá em um homem desses.Seu Nelson viu que não voltei para a cozinha e falou grosseiramente:
-O que tu quer ainda?
-Queria lhe perguntar uma coisa...-Falo com um pouco de coragem.
-Então diga!
-O que tanto você faz no tanque a noite?
Ele para de mastigar e me encara por um tempo,de repente os olhos dele perdem a vida e finalmente me da uma resposta depois daquele silêncio todo:
-Lavo as mãos.
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Assim uma resposta seca falada de maneira tão maliciosa.Levantou-se da mesa de uma maneira brusca que me deixa intimidada,ele se dirige até a porta da cozinha e diz baixinho:
-Você acha que fui eu que matei ela?
Não respondo nada,acho que aquela pergunta não tinha a intenção de ter uma resposta,a noite cai sobre aquela casa,eu naquele quartinho de empregada deitada na cama fico olhando pro teto esperando começar,esperando ela lavar as mãos sujas com o sangue de dona Luciana.Ouço o barulho de aguá e me levanto da cama,vou até o gurda-roupa e pego no fundo dele um facão vou ate o quintal bem quieta e vejo o seu Nelson na beira do tanque.
-Seu Nelson?
Quando ele se vira vejo que está todo ensanguentado com os olhos arregalados e com suas mãos mergulhas na aguá,aquela aguá com um vermelho forte que ate parece que é pixie de tão forte.
-Seu Nelson,o que tu fez?
-Ela não morre...-Ele começa a rir de desespero.
Olho pro chão e vejo dona Luciana atirada nele com a barriga esfaqueada gemendo de dor,ela levanta sua cabeça e então começa a gritar o meu nome,mas parecia que ela não estava pedindo ajuda,parecia como se ela estivesse feliz em me ver,seu Nelson da um chute na boca dela e se vira pra mim.
-Ela nunca morre,desde da primeira vez que eu matei ela,ela não me deixa em paz...
Pego o facão e me aproximo dele.Dona Luciana finalmente vai ter paz...
