As historias são meras ficções,não ha intenção de se assemelhar com qualquer ocorrido da vida real,são apenas crônicas para deixa-los pensativos ou passar alguma má lição de moral,são apenas crônicas de mau gosto.São uma coleção de historias de susp...
Eu acordo no meio da noite com os gritos da minha sobrinha,levanto do sofá cama velho e corro descalço,o chão estava mais gelado naquela noite,chego no quarto que antigamente era meu e vejo ela se remexendo na cama,acho que está tendo um pesadelo,talvez sonhando com a morte de seus pais.
''Ela não te da trabalho?''Era o que todos perguntavam.
Desde que o meu irmão morreu naquele acidente no rio,tenho que cuidar da minha sobrinha.Eu nunca tive filhos e eu me orgulhava disso,gostava de morar sozinho,sempre sonhei em ter meu espaço,porque desde de pequeno dividia as coisas com meu irmão e agora olha que ironia,estou dividindo tudo que conquistei com a filha dele.
A garota é muita problemática,arruma brigas na escola,tira péssimas notas e ainda por cima é uma delinquente em nosso pacifico bairro.Vive me incomodando é ''tio'' pra cá e ''tio'' pra lá,sempre me pedindo dinheiro e comendo todo que vê pela casa,aquela garota é uma sangue-sunga.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Um certo mês a convivência com ela estava mais do insuportável,fui parado pela minha madrinha,quando estava voltando cansado do trabalho um dia:
-Meu anjinho...-Era assim que ela me chamava.-Como anda você e a sua sobrinha?
-Ai madrinha,se você a conhecesse apelidaria ela de diabinha.A menina é um horror,sempre apronta alguma!-Desabafo.
-Eu escutei algumas coisas...
-Odeio rumores,nunca dei motivo para estar na boca do povo,aquela diaba só me da trabalho e despesas!
-Paciência meu filho,anjinho seu irmão era igualzinho e você teve saco para aguentar ele,vai conseguir!-Minha madrinha tentava me animar.
-Eu espero...Odeio dividir as minhas coisas.-Falo desanimado,quando vejo que a demonia estava ouvindo toda nossa conversa da janela.-Desculpe madrinha tenho que ir,a benção!
-A benção,anjinho!
Entro em casa e o demônio estava sentado no chão da sala segurando um pote de vidro.
-Boa tarde Maria!-Era o nome da diaba.-O que esta segurando?
Ela não responde por malcriação.
-Ei estou falando com você!-insisto.
-É um pote de sangue-sungas.-Ela fala como se fosse obvio.
-Credo!Por que tem isso?
-É uma lembrancinha das ultimas ferias que passei com minha família de verdade,peguei no rio...-Ela me provoca usando esses termos.
Ela abre o pote e deixa uma daquelas coisas horrendas na tampa do potinho.
-Eu e ela não somos tão diferentes,né tio?
Eu fico assustado,será que ela sabe o que eu penso a respeito de sua pessoa,bom ela não falaria aquilo por nada,mas por algum motivo eu sinto um tom de ameça em sua voz.
A noite chega novamente e desta vez sou eu que tenho um pesadelo,sonho com o barco do meu irmão,estava cheio de buracos e água estava invadindo tudo,havia fogo também,as velas queimavam,assim como nossas velas de aniversários que dividíamos,quando vejo meu irmão na ponta do barco,eu não escutava o que ele estava me dizendo,quando começo sentir uma dor tremenda,olho pro chão e vejo sangue-sungas.Acordo suado e com medo,aquele desgraçado me persegue ate em meus sonhos,mas por algum motivo ainda estou sentindo a dor,levanto do sofá e tiro a coberta do meu corpo,quando entro em panico,havia sangue-sungas em todo o meu peito e braços.
Ouço uma risada...
-Eai anjinho,gostou da surpresa?-Minha sobrinha perguntava.
-Seu...Seu diabo!Tira isso de mim!
Ela ria como lúcifer riu da morte de Jesus Cristo.
-Você terá que cuidar de mim tio,vai me dar tudo ou melhor dividir tudo,como uma sangue-sunga!
-Não de novo não,já não bastava seu pai!
Ela ri do meu desespero,corro pra cozinha e ela corria atrás de mim,me chamando ''tio!'',''tio!''Eu escutava,ligo o fogo para tentar tirar as sangues sungas e ela gritava:
-Não os mate!Não os mate!
Ela acordou toda a vizinhança,sobe na minhas costas e gruda em mim,gritava e esperneava,olho o fogão ligado,eu juro que naquele momento passei da linha da loucura, um clima de tensão fica naquela maldita cozinha e com a voz rouca eu disse:
-Ei Maria...Sabe como se tira sangue sungas?Com fogo...-Falo ironicamente.
