Alice • Terceira Temporada de PW

1.

a l i c e
🎀

Pai: Alice...

Rápido eu levantei as mãos em forma de rendição.

Alice: Eu não estou fazendo nada, pai!

Pai: Venha cá. - olhando o alvo eu voltei para onde o meu paizinho estava sentado na área de tiros na mansão do vovô Tom.

Alice: A pistola do senhor é mais pesada.

Pai: Depende de como você a segura. - rindo, lá foi o meu pai me ensinar pela milionésima vez a atirar com a sua douradinha - Se a sua mãe aprendeu com uma pistola mais pesada do que essa você também consegue. Vamos daqui mesmo.

Alice: Mas está longe, pai.

Pai: Já atirei de distâncias maiores, não com essa pistola mas... A mira é a mesma.

Alice: A mamãe vai matar o senhor.

Pai: Ela não está aqui. Agora vamos. Segure com as duas mãos, essa pistola é um pouco mais pesada que a da sua mãe e é por isso que você estranha. - mirei seguindo as instruções que eu já sabia - Abaixe mais, não é porque está longe que altera a altura do alvo.

Alice: Ok... Saí da frente, tio Tristan! - o papai me um empurrãozinho enquanto um dos seus atiradores apenas ria - Eu amo você!

Tristan: Eu também amo você, senhorita.

Pai: Vai. - quem destravou a pistola e mirou foi o meu lindo pai e não eu - Mantenha assim e segure firme, a reação dela é um pouco mais forte que a da sua mãe.

Alice: Eu sei.

Pai: Mirei no alvo três. Você está vendo?

Alice: Sim.

Pai: Atira. - no instante em que eu atirei olhei sorrindo para o meu super herói desde sempre.

O assassino da arma dourada, também conhecido como Shawn Mendes mas que eu amo chamar de pai.

Alice: Acertei?

Pai: Ronan, alvo três?

Ronan: O tiro mataria, senhor.

Alice: Uhul! - senti apenas um tapinha leve no meu braço - Pai!

Pai: Estou te criando para ser uma linda hipista e não assassina. Isso é apenas uma precaução.

Alice: Eu sei, eu amo a Precious.

Pai: Então vamos entrar antes que a sua mãe volte com a sua irmã e surte porque eu te deixei atirar.

Alice: Definitivamente ela fará pior que no dia do Van Gogh.

Pai: Ela nunca irá surtar mais do que surtou naquele dia mas é bom evitarmos.

O dia do Van Gogh foi simplesmente o dia em que eu tinha quatro anos, o meu pai esqueceu de guardar a pistola dele após voltar de alguma negociação com o vovô e eu, bom, não sei como atirei no quadro milionário da mamãe. Não preciso dizer que levei uma palmada, forte até, na bunda enquanto a Trevor quase assassinou o papai.

Essa sou eu.

A traquina Alice que montava em cima do seu irmãozinho, Peter, o nosso mini cachorro pai do Raul.

E também a Alice que já foi sequestrada, vendida, renomeada, diagnosticada com depressão crônica, crises fortes de ansiedade e pânico e quase, por muito pouco eu não sou esquisofrênica, ainda.