07. first times

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    Sophia estava se sentindo nervosa, pela primeira vez, ela sentia que precisaria tomar uma atitude que poderia mudar a sua vida.

    Ela ainda se lembrava do outro ano, quando havia tomado coragem para falar com o garoto mais esquisito que já havia conhecido e então, estava prestes a ter algo mais sério com ele.

    Ruel tinha catorze anos, estava cada dia mais alto e mais bonito, Sophia não conseguia entender como ninguém havia se aproximado dele antes afinal apesar dos ataques de raiva sem motivos, ele era um garoto incrível e atraente.

— Finalmente. — Sophia reclamou, quando o amigo finalmente chegou no shopping. — Você cresceu mais?

    Sophia olhou para cima, ela podia ter certeza que ele já tinha mais de 1,80 e aquilo era alto o suficiente para ela.

— Eu não sei, Soph.

— Você está cheiroso e bonito, muito bonito. — Ela sorriu, Ruel se derretia facilmente por aquele sorriso.

    Aquilo tudo ainda era muito novo, o garoto estava acostumado a amar apenas a irmã e odiar a maioria das coisas e pessoas. Ele não estava acostumado a amar alguém romanticamente, assim como estava amando Sophia.

— Diz alguma coisa, seu bobão. — Sophia reclamou, enquanto Ruel a encarava fixamente.

    Tudo o que ele conseguia lembrar era da irmã cantando para ele. A música de Rosie & The Originals combinava perfeitamente com Sophia, você é como um anjo, tão bom para ser verdade. É, ele gostaria muito de cantar para ela.

— Você é linda, Soph.

— Eu sei. — A loirinha deu de ombros, segurando a mão do amigo em seguida. Aquele toque fez com que borboletas voassem no estômago do mais alto. — Vem!

Sophia parecia empolgada enquanto falava sobre o filme que iriam ver, a Calemine insistia em ver um filme policial sobre serial killers mas Ruel achava aquilo bobo demais, preferindo assistir uma animação qualquer.

Acabaram assistindo os filmes separados e Sophia saiu contando animada sobre o filme. Ruel prestou atenção, enquanto se esforçava para engolir o pior hambúrguer que já havia comprado em toda a sua vida.

— E é louco que eles sejam tão misteriosos...digo, qualquer pessoa aqui pode ser um psicopata. — Sophia olhou para todos os lados, encarando cada pessoa da praça de alimentação lotada.

— Até mesmo você?

— Até mesmo você, Ruel Van Dijk. — Ruel riu, o filme havia a deixado completamente paranóica.

— Só tem uma coisa que me enlouquece, Sophia.

— O que?

— Você.

A garota loira arqueou as sobrancelhas, enquanto Ruel sentia o típico frio na barriga. Ele sentia que precisava dizer aquilo que estava guardando há tanto tempo.

— Eu?

— Acho que...eu não sei como te dizer isso mas eu meio que...eu gosto da nossa amizade mas...

— Você gosta de mim, não é? — Sophia disparou, deixando Ruel aliviado afinal ele não sabia como dizer aquilo.

— Você percebeu? Digo...faz um ano e isso nunca muda, eu amo você Soph.

— Ama?

Sophia o puxou para um beijo, enquanto tentava processar aquela informação. O amor era muito assustador para ela, talvez aquele fosse um sentimento que ela ainda não sabia muito bem como lidar.

Amar a amiga havia sido uma experiência incrível, o primeiro amor e o primeiro beijo mas amar Sophia também tinha consequências ruins. Ela não o amava na mesma intensidade e então, Ruel teve o seu coração partido pela primeira vez.

kill game, beforeOnde histórias criam vida. Descubra agora