Ruel estava inquieto. Sophia não havia dito mais nada sobre os sentimentos do garoto e aquilo o deixava ainda mais apreensivo.
Por mais que ele preferisse negar para si mesmo, Ruel sentia que Sophia não iria corresponder todo aquele amor e ele sentia que era melhor não pensar muito, ou então ele iria enlouquecer.
Sentimentos eram complicados, ele queria ficar longe para pensar sobre tudo mas também queria ver Sophia, sentia que morreria se ficasse muito tempo longe dela e então lá estava ele, engolindo um pedaço de bolo praticamente sem mastigar, tudo porque estava com pressa.
Subiu as escadas pulando alguns degraus, quase tropeçando em seus próprios pés. O corredor parecia vazio mas logo ele conseguiu enxergar o animal que tanto odiava, brincando com o cabo do seu carregador.
O Van Dijk quase explodiu de ódio ao ver a cena e então foi até lá, puxando os fios com toda força do mundo, assustando o animal que deu um pequeno pulo para trás.
— Seu perturbado, deixe as minhas coisas em paz! — Gritou, enquanto o cabo balançava em suas pernas.
O gatinho parecia vidrado no balançar do fio e então pulou mais uma vez. Ruel imediatamente levantou o cabo e as unhas do animal acertaram em cheio a calça do garoto, assim que ele sentiu um ardor na perna, o chutou para longe.
Aquela situação tão simples, havia feito com que ele chegasse ao seu limite. Sua calça estava rasgada, ele ainda precisava escovar os dentes e encontrar Sophia em menos de cinco minutos, a raiva que estava sentindo era absurda.
O carregador foi em direção ao chão e o Van Dijk de forma plena, puxou o animal pelo rabo, recebendo um arranhão na mão como punição. Ele não se importou, nem mesmo sentiu a dor, suas mãos foram até o pescoço do animal de estimação da irmã.
As mãos de Ruel eram grandes demais para o fino pescoço do gatinho e em questão de segundos, ele escutou o estralo mais prazeroso de toda a sua vida. O pescoço imediatamente amoleceu, Ruel jogou para o lado o cabelo que escorregou em seu rosto e então deixou o animal ali, sem vida no chão.
— Agora você não me incomoda mais, demônio.
— Que porra você fez? — O grito de Sylvie ecoou pelo corredor.
Ela empurrou o irmão, que bateu com as costas na parede e então sorriu de forma maléfica. A loira estava desesperada, chorando e gritando enquanto segurava o pequeno corpo do animal sem vida.
— O que você fez com ele seu desgraçado?
— Não sei, ele já estava assim quando eu cheguei.
Sylvie também estava cega pela raiva, ela nunca havia sentido tanta raiva em toda a sua vida. Se levantou imediatamente e ainda calada, foi até seu quarto.
Ela apareceu minutos depois, com uma barra de ferro, que provavelmente havia sido retirada de sua cama. Atingiu o irmão em cheio na cabeça, o corpo do Van Dijk imediatamente escorregou até o chão.
Ruel levou a mão até a cabeça e assim que a trouxe para a frente dos olhos, percebeu o sangue vermelho intenso. Ele não teve tempo para se recuperar, Sylvie o golpeou mais vezes com a barra de ferro.
Ele não gritou, apenas fechou os olhos e deixou que a irmã terminasse o que havia começado. Ela mal sabia mas aquilo havia sido a gota d'água, Ruel não iria esquecer.
Ele iria se vingar.
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kill game, before
Fanfictiona origem de todo o mal. ❝ não o quero. odeio quando ele me olha com esses malditos olhos esverdeados, odeio quando ele chora e abre a boca sem dentes. odeio essas bochechas coradas o tempo todo. você tem razão, eu o odeio completamente. ❞ book 1 [ki...