09. hate you

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    Ruel estava calado e Sophia havia percebido. Ele estava todo machucado mas não queria falar sobre aquilo, a garota loira acreditava que ele havia se envolvido em uma briga ou talvez, tivesse sido um ato de sua própria mãe.

    Ela sentia que Ruel estava meio distante e aquilo a entristecia. Era complicado lidar com ele afinal ele se fechava de uma hora para a outra e então, fingia que ela não existia. Sophia apenas queria saber o que havia em sua mente.

    Enquanto Ruel pensava em mil formas de se vingar da irmã mais velha. As vozes em sua mente insistiam em dizer que ele deveria fazer a mesma coisa que havia feito com o gato mas ele mesmo sabia que aquilo era loucura, por mais que ele estivesse louco para realizar aquele desejo.

    Algumas semanas se passaram, cada vez mais distante de Sophia, Ruel só pensava em vingança, como se sua vida dependesse daquilo. Ele odiava andar pelos corredores e encontrar Sylvie, ele sentia que não conseguiria ficar muito tempo perto dela.

    Ele não conseguia mais controlar, queria Sylvie morta. Ruel não sabia se aquilo era normal ou ele era louco mas também não pensaria naquilo, ele não queria pensar em nada que não fosse sua irmã em um caixão.

    Demorou algum tempo para que ele planejasse tudo, afinal ele precisaria seguir um plano se quisesse manipular toda a situação.

    Ele mataria Sylvie e então faria parecer um suicídio, aquilo seria prazeroso e divertido.

    Depois de alguns dias, pensou em usar luvas para evitar qualquer vestígio seu. Mais alguns dias e decidiu enforcar a irmã com uma corda, ele amaria usar suas próprias mãos mas aquilo seria arriscado demais. Ele não queria ir preso, precisava calcular cada mínimo passo que desse.

    Mais alguns dias se passaram e a oportunidade perfeita chegou. A matriarca e Stella haviam decidido fazer compras juntas, Sylvie havia resolvido ficar em casa para colocar a matéria em dia e Ruel sorriu animado ao escutar aquelas simples palavras. "Vou ficar em casa", aquilo havia melhorado o seu dia.

— Quer que eu traga alguma coisa? — Stella perguntou.

    Ruel apenas abriu um sorriso e então envolveu a irmã em seus braços. Stella ficou surpresa mas sorriu e abraçou o irmão, que já estava muito maior do que ela e parecia crescer a cada dia mais.

— Ei, o que deu em você?

— Eu amo você, Coco. — Ruel continuou sorridente, deixando um beijinho na bochecha da irmã. — Você e a Soph são tudo o que importa pra mim.

— Isso foi fofo, eu também amo você. Por favor se cuide, tente não arrumar confusões com a Sylvie, eu estarei de volta em algumas horas.

    Ruel apenas assentiu, acenando para a irmã enquanto ela ia até o carro da Van Dijk mais velha. O garoto entrou em casa e então fechou a porta.

    O olhar do garotinho assustado, aos poucos deu lugar a um olhar vazio e sombrio, era como se ele estivesse mostrando toda a escuridão que havia dentro de si.

    Colocou as luvas em suas mãos e subiu as escadas lentamente, enquanto arrastava a corda no chão. Ele havia esperado muito por aquele momento e não tinha nenhum receio, tinha certeza da atitude que estava prestes a tomar.

    Abriu a porta do quarto da irmã, que imediatamente olhou para ele, com a mesma expressão raivosa de sempre.

— O que você quer aqui?

— Você é a primeira Sylvie mas não será a última. Odeio você, muito.

— Sai agora do meu quarto.

    Ruel ignorou as ordens, apenas se aproximou e então segurou a irmã pelo braço. Sylvie até mesmo tentou gritar mas era como se ele não escutasse nada e também havia tampado a boca de irmã, para abafar os gritos.

    Tentou ser rápido, amarrando a corda no pescoço da irmã e a puxando para longe, como se ela fosse um animal de estimação preso em uma coleira.

    Arrastou Sylvie por mais alguns segundos, enquanto ela desesperadamente tentava tirar a corda, obviamente em vão.

    Ver Sylvie ficar vermelha, em seguida roxa e perder o ar aos poucos, havia sido a sensação mais prazerosa de toda a sua vida. Logo ela parou de se debater e então seu corpo desabou sem vida, Ruel a deixou no chão e então sorriu vitorioso.

    A partir daquele dia, ninguém mais poderia fazer mal à ele. Porque a partir daquele momento, ele estaria mais forte.

kill game, beforeOnde histórias criam vida. Descubra agora