Capítulo 29

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Para mayaraabreu245, heyvante, Coelho_07, pandabiianca, euphoriasingularjk - Muito obrigada por terem lido e acompanhado essa história até o fim, vocês não imaginam o quanto a presença de cada uma de vocês significa para mim ❤️ Também gostaria de agradecer e compartilhar com vocês a arte que uma anja chamada fez para mim!!

Para mayaraabreu245,   heyvante,  Coelho_07, pandabiianca, euphoriasingularjk - Muito obrigada por terem lido e acompanhado essa história até o fim, vocês não imaginam o quanto a presença de cada uma de vocês significa para mim ❤️ Também gostaria ...

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Imediatamente após deixarem Jungkook no aeroporto, Elis decidiu parar de ignorá-los e ligou para os seus pais.

Foi o pai quem atendeu primeiro. Conversaram por meia hora. Nunca foi um homem de falar muito, por isso ouvi-lo comentar animado com a esposa sobre as conquistas da filha fez com que Elis sentisse a garganta arranhar.

Depois ligou para a mãe, mas foi a voz da meia-irmã que a cumprimentou com um "LILY!!" que era mais um berro do que qualquer outra coisa . A garota bombardeou Elis de perguntas e gritou de felicidade quando ela anunciou que iria para o Brasil na semana do natal. Algumas histórias precisavam de capítulos finais bem definidos antes dela iniciar um novo livro, Elis soube disso desde sempre, só nunca teve coragem de assumir.

A mãe apareceu depois de meia hora, falando alto, surpresa com a ligação depois de semanas de silêncio. Engasgou-se com a própria emoção ao descobrir que a filha conseguira um emprego, um lugar para morar e amigos. Quando a ouviu dizer que estava orgulhosa da mulher que havia se tornado, Elis parou de se forçar a conter as lágrimas que se acumulavam nos cantos de seus olhos. Estranhamente, não sentiu-se mal por chorar em público sentada num banquinho frouxo que ficava na calçada de frente para seu novo apartamento.

Sentiu-se aliviada.

Chorou por finalmente descobrir que ela não era a filha indesejada que sempre acreditou ser. Chorou porque já sentia falta de Jungkook e sua mania irritante de querer dormir abraçado com ela a noite toda. Chorou por tio Benjamin, que teve a vida injustamente arrancada do mundo, e cuja morte Elis sabia que nunca seria capaz de superar.

Observou uma mulher passear de mãos dadas com uma criança enquanto guiavam um cachorrinho marrom pela coleira. Elis nunca teve um animal de estimação e adicionou isso à lista de coisas que a fazia odiar seus progenitores. Isso e milhões de outros motivos supérfluos que usava para acobertar a verdade: Elis só queria uma mãe que a levasse para passear no parque aos finais de semana e um pai que a ajudasse com o dever de casa. Infelizmente, crescera em um ambiente em que nenhuma das duas situações eram possíveis, porque os dois estavam lá fora tentando sobreviver ao mundo e mantê-la viva em meio a todo aquele caos da pobreza e incerteza na qual viviam.

o sábado que mudou nossas vidas ∘ jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora