CAPÍTULO 30 | O MEU FIM part.1

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O que teria acontecido se eu não tivesse procurado aquela mulher que me deu a luz? Acho que isso é uma coisa que ficarei me perguntando por anos.

Deitado no sofá e com a cabeça apoiada sobre o colo do Rodríguez eu o sentia fazendo cafuné em mim enquanto ele desviava minuciosamente do meu corte. De repente Kátia entra e ao ver aquela cena um semblante de alegria surge em meio ao seu rosto.

— Às vezes eu fico com uma pequena invejinha de ver vocês dois assim. — brincou ela colocando a chave na mesinha. — Faz tempo que.... O que foi isso? — perguntou a minha tia apontando para o corte.

— Não precisa se preocupar, ele está bem. — respondeu Rodríguez acalmando a minha tia.

— Sim, mais quem fez isso? — murmurou Kátia se abaixando pra examinar o corte. — MEU DEUS! — exclamou Kátia aflita.

— Se lembra daquele professor que mexia comigo? Bem, ele virou vice diretor do colégio e como era de se esperar ele veio zuar com a minha cara.. Eu não gostei e falei algumas verdades pra ele, logo depois só foi socos na frente do colégio. — respondo com um leve sorriso no rosto. — Aí tia a senhora precisava ver eu socando a cara daquele nojento. — concluo feliz.

Ele tinha o dobro do seu tamanho, seu idiota! — murmurou Rodríguez preocupado. — Mas a senhora não precisa se preocupar com aquele babaca, ele já teve o que mereceu. — desabafou Rodríguez confiante.

— Menos mal né, agora me falem como vai ficar esse menino em? — perguntou Kátia.

— Como assim? — comento sem entender.

— Garoto, tu mal estuda! Primeiro você ficou comigo lá no hospital e em nenhum momento eu vi você indo para o colégio ou estudando. — questionou a minha tia.

— A senhora não precisa se preocupar com isso, eu vou pro colégio com ou sem esse corte na cabeça. — respondo com um sorriso. Ainda bem que ela não sabe do rolo que teve naquela floresta nojenta'

— Amor, eu já vou indo... — desabafo Rodríguez se levantando.

— Mais já? — exclamou Kátia.

— Sim, eu só estava esperando por você.. Não queria deixar esse pestinha sozinho em casa e além do mais, eu preciso resolver alguns assuntos, mais assim que terminar eu passo aqui. Tudo bem, amor? — avisou Rodríguez beijando a minha testa.

— ...humrum...

— Bem... já vou indo, cuida dele tá Kátia.. — murmurou Rodríguez se despedindo e indo embora.

Pode deixar. — gritou a minha tia com um sorriso no rosto.

É nesses momentos que eu paro e penso, eu tenho dezoito anos mesmo?'; esses dois têm uma baita mania de me tratar como criança, como pode isso? Enquanto minha tia foi para à cozinha, me levantei do sofá com um olho aberto e o outro fechado e caminhei para o meu quarto 'estava morrendo de sono e pra falar a verdade não me lembro o dia em que dormir bem'. Calmamente coloquei a cabeça no travesseiro e sem ao menos perceber acabei adormecendo olhando pro teto....

......

Me acordei com alguns barulhos de pedra batendo contra a janela, meio sonolento me levantei e fui em direção a janela. Conforme andava a minha visão ía ficando cada vez mais turva 'senhor não me faça cair aqui'. Parado em frente a janela eu procurava a pessoa que estava jogando aquela maldita pedra 'quem foi que me acordou?'

Acenando e com uma cara de preocupação, Deny me chamava para fora 'putz, se o Rodríguez ver esse garoto aqui vai ser briga na certa'. Aproveitando que a minha tia estava deitada saí e fui em direção ao meu meio irmão.

— O que houve? — pergunto preocupado.

— É a mamãe, têm um cara batendo nela. — comentou Deny nervoso.

— Porque você e o Vini não bateram nele? — pergunto confuso.

— Ele é maior que nós dois juntos, precisamos da sua ajuda. — argumentou Deny colocando a mão no meu ombro.

Eu sei que estava todo ferrado naquele momento, e eu sei que a Maria era uma baita vadia, mais querendo ou não ela é a minha mãe. Respirei fundo e fui ajuda- lá 'se de merda, eles que me ajudem'. Enquanto Deny corria pelo quarteirão eu o seguia logo atrás, rapidamente chegamos na casa da 'mamãe', entrei já preocupado enquanto Deny trancava às portas.

— Porque você tá trancando as portas? — pergunto o analisando.

— Pra ele não fugir! Eu preciso matar esse desgraçado. — murmurou Deny segurando na minha mão. — Vêm, eu preciso da sua ajuda! —

Uma sensação de medo foi o que senti quando passei pela sala, observei tudo e conforme andava pela casa algo completamente estranho ficava evidente 'como teria uma briga aqui se está tudo arrumado?' — penso enquanto parava completamente.

— Deny, espera! Não têm ninguém aqui.  — questiono parando na cozinha.

— Jeff, eu posso te falar uma coisa? — perguntou Deny de costas pra mim.

— Deny eu preciso ir pra casa, minha tia deve está preocupada comigo. —

— Sabe quando você ama muito uma pessoa e não se ver longe dela? Bem, é isso que eu sinto por você. Todos esses anos eu só mexia com você porque eu te amava e ainda te amo. — comentou o meu irmão tirando a camisa. — E eu não gosto de ver ninguém tocando no que é meu! — concluiu Deny se virando e olhando nos meus olhos.

'Puta que pariu! De novo não!'

Espera, espera! E a Letícia? Quero dizer, vocês não namoravam? — pergunto me afastando lentamente.

— Ela só foi uma ficada. Era você quem eu realmente queria ter! Agora vêm aqui! — ordenou Deny.

Olhei para todos os lados e a única coisa que vi foi uma panela pendurada, por impulso a peguei e joguei na cara dele. Enquanto ele gritava pra não fugir, eu me trancava no quarto da Maria.

Jeff, olha a merda em que você foi se meter! — penso nervoso — Caralho, como eu vou sair daqui?

Por sorte no quarto da mamãe tinha uma janela, só que eu não sabia se conseguiria passar por alí, só que não custava tentar. Com chutes e murros Deny tentava derrubar a porta a força.

Jeff abri a porta, foi tudo uma brincadeira de irmãos. — gritou Deny eufórico.

Brincadeira? Cara, você é um doente nojento! — grito enquanto tentava passar pela janela.

De repente, a porta é arrombada.. Naquele momento a única coisa que eu mais queria era ter ficado em casa.

Estava prestes a pular quando a minha visão começou a ficar zonza, aproveitando a oportunidade, Deny se aproximou rapidamente de mim me segurou e logo em seguida me amordaçou. Com a visão meio escura e com a cabeça doendo, eu tentava gritar por ajuda, como Deny era mais forte ele me jogou na cama e fez com que eu ficasse imóvel.

— Você é a coisa mais perfeita desse mundo. — murmurou aquele psicopata passando a mão no meu rosto. — Eu te quero inteirinho só pra mim. —

Por favor, eu não quero! EU NÃO QUERO... — imploro com um pano na boca. Como Deny estava tão ocupado em seus pensamentos obscenos ele não pode ouvir meus pedidos.

Foi tirando a calça que eu pude ter a  certeza que Deny iria me estuprar, as dores que eu sentia na cabeça não era nada comparado aos gritos de ajuda que eu pedia. ' por favor, não me deixa agüenta isso sozinho! SOCORROOO!!!'

::: contínua :::

penúltimo cap.// ❤️

DADDY² | ROMANCE GAYOnde histórias criam vida. Descubra agora