A única coisa que poderia fazer naquele momento era pedir pra tudo o que era mais sagrado para que a minha tia saísse bem daquela cirurgia. O meu nervosismo era tanto que já estava a ponto de fazer um buraco no chão de tanto que andava em círculos pela sala de espera.
— Porque você não vai pra casa descansar um pouco. Eu posso ficar aqui. — disse Rodríguez preocupado comigo.
— Não. Eu quero ficar! — respondo feito uma criança birrenta.
— Eu sei que você deve está preocupado, mais você precisa descansar um pouco. Se você não for agora pra casa eu juro que nunca mais irei lhe ajudar com os seus problemas pessoais. É você quem decide. — indagou Rodríguez seriamente.
— Você realmente faria isso? — pergunto surpreso.
— Jeff, você está há quase duas horas andando de lá pra cá sem comer e nem beber nada. Eu sei que você ama a sua tia, mas, eu te amo mais que tudo. E lhe vendo nesse estado me deixa triste. Eu realmente preciso que você volte para casa pra descansar nem que seja um pouco. — ordenou Rodríguez me dando algum dinheiro.
'Não iria discutir com Rodríguez porquê ele estava coberto de razão.' Sai do hospital rumo a casa da minha mãe, jamais ficaria sozinho em plena noite 'nesse momento a última coisa que eu queria era ficar sozinho'.
Sentando no banco do ônibus eu só pensava em tudo de ruim que estava acontecendo comigo 'isso é algum karma?', não teria como a minha vida chegar a esse ponto. Eu era um simples garoto que não falava com ninguém e olha aonde estou. Numa droga de ônibus voltando de um hospital e pra fechar com chave de ouro, minha tia tá com um coágulo no cérebro, isso é uma merda! Como eu posso ser feliz assim? Como?
Batendo na porta da casa da minha mãe, eu tive a certeza que não queria um futuro tão "conturbado" como esse.
— Jeff? Você aqui? — indagou Deny surpreso ao me ver — Ou, estou no seu caminho, pode entrar. — murmuro o meu meio irmão saindo gentilmente da minha frente.
Não estava com cabeça nenhuma para aturar os filhos da Maria, seriamente entrei e logo me deparo com a mesa completamente arrumada.
— Vai jantar com a gente? — perguntou Deny com um pano de prato no ombro.
— Cadê a nossa mãe? — pergunto curioso.
— Ela está trabalhando. —
— ...hum... — respondo estranhando o comportamento dele. — Você está sozinho aqui ou o outro também tá? —
— Vini tá no banho, porquê? — questionou Deny me encarando.
— Hoje vou dormir por aqui e quero ele bem longe de mim. Quero dizer, vocês dois longe de mim. — concluo indo para o quarto da mamãe.
Estava a ponto de sair da cozinha e deixá-lo sozinho quando sinto Deny segura o meu braço fazendo com que eu parasse por completo.
— Você pode dormir no meu quarto.. Se você quiser. — sugeriu Deny gentilmente.
— Você pode me defender, ser gentil e até oferece a sua cama pra eu dormir, mas, nada disso.. Eu disse NADA DISSO, vai me fazer esquecer do que você e seus amigos fizeram comigo! Tenha uma boa noite. — respondo indo para a sala. 'O importante aqui é eu dormir.. Estou morrendo de sono'.
......
Acabei adormecendo no sofá 'novidade nenhuma'. Com alguns pingos de suor descendo pela minha testa e corpo acabei me levantando do sofá. Com calor descidi ir ao banheiro para tomar um banho.
Mas ao chegar lá acabei me deparando com a porta do banheiro fechada 'putz, logo agora que ia tomar um banho?' — penso revirando os olhos. Pensativo e suado, olhei pra trás e acabei vendo a porta do quarto do Deny entre aberta.
Que eu me lembre, o quarto dele tem banheiro. — murmuro enquanto me aproximava lentamente para o quarto do bobão. Para a minha sorte o meu 'meio irmão' não estava. Rapidamente vejo o banheiro vazio e sem pensar duas vezes entrei, tranquei a porta e tomei um banho maravilhoso. Sai de baixo do chuveiro aliviado sem sentir todo aquele calor que estava me incomodando. Sem opção alguma vesti as mesmas roupas e logo destranquei a porta. 'são nesses momentos que eu agradeço a sorte que tenho.'
Saindo do banheiro me deparei com o Deny praticamente pelado enquanto segurava uma cueca preta. Surpreso com a minha presença, Deny tentou cobrir o pau com a cueca que estava em suas mãos mais não adiantou de nada. Nervoso e sem jeito, tampei o rosto por vergonha.
— Desculpa! Desculpa! Desculpa! — falo quase gritando pra não ouvir o que ele estava falando. — Desculpa! — repito mais uma vez enquanto saia correndo de dentro do quarto. 'Real, eu não tenho sorte'
::: contínua :::
meme feito por • Cᴇʀᴇᴊᴀ sᴇᴍᴘᴀɪ
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DADDY² | ROMANCE GAY
Romance➠ Rᴇᴄᴏᴍᴇɴᴅᴏ ʟᴇʀ ᴏ ᴘʀɪᴍᴇɪʀᴏ ʟɪᴠʀᴏ ↲ ✰✰✰✰✰ ─ CARALHO! EU DEVERIA CUIDAR DE VOCÊ, NÃO TE FERIR! ─ E quem diria que um simples garoto antissocial se envolveria em tantos problemas, não é mesmo? O ano letivo mal começou e Jef...