O que aconteceria se eu batesse naquela puta? Aff, isso era uma coisa que nunca iria acontecer. — penso enquanto voltava para a minha carteira.
Já desanimado me sentei olhando para os livros quando de repente o sinal do intervalo toca fazendo com que todos da classe saísse. Felizmente o único que ficou na turma foi eu, ou seja, eu tinha uma turma inteira só pra mim 'pois é Jeff, você ainda é e sempre será aquele garoto anti-social'
Sentado e com o celular na mão sou chamado para a diretoria 'putz, tá de sacanagem comigo?'. Me levantei nada animado porquê eu sabia muito bem que aquela garota estava por lá. Cheguei na diretoria 'escoltado' pelo porteiro, abrindo a porta da direção sou surpreendido por duas coisas, uma era a tal vadia que não ia com a cara, a outra era o Deny. 'Já deu, tem alguém nesse universo que me odeia só pode!'
— Me chamou senhor diretor? — pergunto encarando seriamente o meu daddy.
— Primeiramente, não precisa ser tão formal comigo Jeff. Segundo, essa garota tem algo pra lhe falar. — murmurou Rodríguez olhando para a jovem 'garotinha'.
— Foi mal por ontem, eu não queria ter lhe tratado daquele jeito. —
Muito estranho isso, aí têm o dedo do Rodríguez..
— Tudo bem. — respondo forçando um sorriso falso. — E o que ele tá fazendo aqui? — pergunto olhando para a direção do Deny.
— Você já pode ir. — indagou Rodríguez para com a garota.
A tal garota se levantou olhou pra mim de cima a baixo e foi embora 'acho que fui analisado'.
— Bem, os outros colégios públicos não têm mais vagas, e como esse é o único maldito colégio com vagas ele foi obrigado a voltar pra cá e como eu sou obrigado a aceitar estudantes, não tive como recusar. Agora eu vou deixa uma coisa bem clara aqui! — indagou Rodríguez indo em direção ao Deny 'ai meu Deus, segura esse homem. Porque eu não vou conseguir'
— Se por um acaso eu souber ou ver que você está mexendo com ele, você vai se fuder na minha mão! Olha mano, eu posso até ser preso de novo, mais pelo menos, eu vou te matar no soco! Só tentar encostar um dedo no meu garoto pra você ver. — ameaçou Rodríguez dando alguns tapas no ombro no Deny.
— Cara, a única coisa que eu quero agora é passar de ano e sair dessa droga! — desabafou Deny olhando pra mim.
Porque será que eu não acreditei no que ele falou?
Deny havia ido embora pra sua devida classe enquanto Rodríguez e eu estávamos sozinhos na diretoria, e na minha cabeça só aparecia a imagem dele gritando comigo e isso não era nenhum pouco legal.
— Jeff? Você está tão calado, tudo bem? — perguntou Rodríguez colocando alguns papéis na gaveta.
— você gritou comigo.. — sussurro olhando pro chão.
— O quê? Desculpa, eu não pude ouvi direito.. — indagou o tal me encarando.
— Você gritou comigo na frente daquele projeto de puta e agora vem falar comigo como se nada tivesse acontecido! Você nem ao menos pediu desculpas. — grito já eufórico 'mal sabia que estava descontando tudo nele'.
— Tudo bem, eu mereço.. Pode me xingar .— disse Rodríguez se aproximando lentamente.
— Você é um idiota do caralho. Como você pode me trocar por aquilo? Eu sou um biscoitinho que você comi e depois descarta? Porra! A minha vida é uma merda, quando as coisas tão péssima vem alguém do nada e simplesmente piora tudo! Eu não quero ter irmãos homofóbicos, eu quase foi estuprado e morto por dois dos meus irmãos. Minha mãe é a minha tia, a minha vida foi uma farsa e eu ainda não me acostumei com nada, e eu tô aqui fingindo estar bem, mais EU NÃO ESTOU BEM!! — grito enquanto chorava nos braços do Rodríguez.
— Pode chorar meu garotinho, eu estou aqui pra você. — sussurrou Rodríguez abraçado a mim. — Você não precisa se preocupar com ninguém, eu vou está aqui pra lhe ajudar e defender como sempre fiz. — confessou Rodríguez olhando no fundo dos meus olhos enquanto limpava as minhas lágrimas.
— Ta bem.. — respondo forçando um sorriso.
A primeira pessoa a ver o meu lado triste e sincero foi e sempre será o Rodríguez, todas às vezes que ficava triste ele sempre estava lá pra me consolar, desde pequeno ele me consolava e isso era como se de alguma forma Rodríguez estivesse conectado a mim. Passei alguns minutos chorando no ombro dele, coisa besta de se fazer né? Lentamente, Rodríguez coloca os lábios próximo ao meu ouvido e sussurra algo fazendo com que o meu pescoço ficasse arrepiado.
Eu sempre vou te amar! — sussurrou Rodríguez fazendo com que eu parasse de chorar e o encerrasse, com algumas lágrimas no rosto eu o beijei como se fosse a primeira vez. E quem diria que uma pessoa como eu acharia o amor. Ainda não acredito que isso tudo está acontecendo.
......
::: 1 mês depois :::
Haviam se passado exatos um mês, e a minha vida estava cada dia mais insuportável. Preferia mil vezes a minha vida como era antes, sem irmãos e sem brigas bestas por namoradinho. O imbecil do Deny estava de volta no colégio, e a polícia não podia prender ele por não ter prova o suficiente 'será que se eu estivesse morto era uma prova suficiente?' E pra piorar mais a situação, Kátia estava doente, ainda não sabia o que era 'só espero que não seja algo grave', prontamente larguei tudo e fui pra casa dela.
::: continua :::
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DADDY² | ROMANCE GAY
Romansa➠ Rᴇᴄᴏᴍᴇɴᴅᴏ ʟᴇʀ ᴏ ᴘʀɪᴍᴇɪʀᴏ ʟɪᴠʀᴏ ↲ ✰✰✰✰✰ ─ CARALHO! EU DEVERIA CUIDAR DE VOCÊ, NÃO TE FERIR! ─ E quem diria que um simples garoto antissocial se envolveria em tantos problemas, não é mesmo? O ano letivo mal começou e Jef...