14. Quem ama não trai...

1.8K 85 1
                                    

¤

Matheus estava quieto.

Ele estava na Marquês de Sapucaí, lugar por qual Letícia era apaixonada e vivia dizendo que queria um dia poder desfilar por mais maluco que pareça.

Era um costume de todos os carnavais os dois irem assistir os desfiles era uma das coisas que mais gostavam de fazer juntos.

- mozin melhora essa carinha ai. - Ingrid fala puxando o mais novo e dando um selinho em sua boca. - você não gostava de vir aqui todo ano?

- eu gosto. - forçou um sorriso. - só tô meio cansado.

Ela sorri sem mostrar os dentes e abraça o braço do garoto, deitando a cabeça em seu ombro.

O desfile já estava começando.

- fiquei presa no trânsito querida.

A voz familiar chamou a atenção de Matheus, ele olhou para ver de onde vinha quando seus olhos se cruzaram com o dela.

Ele se mexeu de forma brusca o que fez Ingrid estranhar. Logo percebeu que Letícia desviava o olhar.

Matheus não estava acreditando, finalmente ele pôde rever a mulher por qual ele fora apaixonado.

Pensou em se levantar dalí imediatamente e ir falar com Letícia mas não foi, talvez por falta de coragem. Ele sábia que não seria recebido com um abraço de saudade...

E assim foi embora toda sua concentração no desfile, a todo momento ele olhava para o lado e as vezes não encontrava Letícia.

Aquela vontade de ir até ela estava explodindo dentro de si, então em um ato rápido ele se levanta e diz que vai resolver uma coisa.

Letícia estava conversando com uma mulher, ela mordia a borda do copo de plástico e mexia a perna, era isso que ela fazia quando estava nervosa, pelo visto ela estava tão nervosa quanto Matheus.

- com licença. - Matheus fala olhando para a mulher que conversava com Letícia. - a gente pode conversar?

Letícia paralisou por alguns segundos e ameassou sair dalí, mas Thuler foi mais rápido que ela e a segurou.

- você não vai me deixar sem respostas mais uma vez! - ele diz engolindo seco.

- e eu te devo alguma? - Letícia fala firme.

- por que você foi embora e não me falou nada?!

- por quê Matheus? até hoje eu não aguento olhar pra sua cara, você me traiu com a minha melhor amiga, isso não é a resposta certa pra você? sabe o quanto eu me senti uma idiota por ter sido enganada por vocês dois? claro que você não sabe porque em momento nenhum você pensou em mim! - A garota fala sentindo os olhos ficarem marejados.

- eu jamais faria isso em sã consciência.

- não coloque a culpa em bebida.

- foi um deslize...

- não, não foi um deslize. Admite que você sempre teve interesse nela, eu sempre percebi!

- você acha que eu tinha um lance com ela quando estava com você antes do reveillon?

- acho não, eu tenho certeza! eu tentava por na minha própria cabeça que era tudo coisa do meu psicológico e quando eu fui ver você ja tava pondo a língua na boca dela.

- acredita em mim, foi um deslize. Eu jamais iria ter um caso com ela tendo você ao meu lado, eu já tinha mais do que o suficiente, não faz sentido.

Letícia suspira olhando pra qualquer outro lugar para que não precisasse olhar nos olhos do jogador.

- eu ainda te amo pra caralho.

Letícia olha no olho de Matheus vendo que ele também tinha lágrimas nos olhos.

- quem ama não trai...

Eles se olharam por alguns segundos que pareceram uma eternidade até Matheus suspirar e sair de perto dela indo para o sentido contrário de onde ele estava sentado, em seguida Ingrid vai atrás dele.

▪▪▪

Olho para o lustre da sala pela milésima vez e suspiro, eu estava tentando demostrar para Ingrid que eu não queria sua presença agora

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olho para o lustre da sala pela milésima vez e suspiro, eu estava tentando demostrar para Ingrid que eu não queria sua presença agora.

- tem certeza que não quer conversar? - ela pergunta mais uma vez e eu evito o contato de nossos olhos.

- eu só quero ficar sozinho.

Ela resmunga um "tudo bem" e se levanta do sofá indo até a porta e me olhando mais uma vez.

- fica bem! - ouço ela dizer e continuo a olhar para o lustre.

Que merda, estava tudo um caos de novo, eu só sentia uma vontade absurda de esquecer do mundo.

Vou até a geladeira onde tinham algumas cervejas e dois litros de vodka que sobraram de um dia que os moleques vieram aqui em casa. Junto tudo e levo pro meu quarto que ficava no segundo andar da casa.

Começo a beber tudo de uma vez, mas isso não adiantava em nada.

Abro a última gaveta do criado-mudo, pego o baseado que eu tinha a um tempo não lembro o motivo e nem como mas eu tinha.

Reviro a primeira gaveta e acho o isqueiro, acendo o baseado e começo a fumar enquanto eu bebia.

Reviro a primeira gaveta e acho o isqueiro, acendo o baseado e começo a fumar enquanto eu bebia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 •𝘔𝘢𝘵𝘩𝘦𝘶𝘴 𝘛𝘩𝘶𝘭𝘦𝘳 Onde histórias criam vida. Descubra agora