Supondo que você tenha esmagado meu coração
Em tão egocêntrica declaração
Consigo ver em seus olhos
A maldade estampada em cinismoInglório
Você não detém verdade
Mas detém pretensões
Das quais define como poder
É de sofrerTeus dedos se tornaram os de Midas
Ansioso e desesperados
Impedindo o consumo da comida
Não se come trocados!Decadente e belo
Assim como Orfeu no inferno
Em busca de sua amada
Você ainda é diferente
Não detém nadaE o amor que pensa ter
Seu próprio pé o esmaga
Em delicioso ruído
Amarga!A triste lírica do rei destronado
Aquele que nunca reinou
Assim como Warwick e o diabo
Em sua ganância afundouPatético, patético, patético!
Se não fosse tão esperto
Conseguiria amar um pouco
Tão afoitoEstaria louco?
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Febre de Verão
PoetryA poetização de delírios criativos que um verão escaldante pode trazer, através da contemplação da natureza, indignações sociais, sentimentos efervescentes e desejos incontroláveis. O que há de errado em perder um pouco da lucidez quando a realidad...