Lírica do rei destronado

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Supondo que você tenha esmagado meu coração
Em tão egocêntrica declaração
Consigo ver em seus olhos
A maldade estampada em cinismo

Inglório

Você não detém verdade
Mas detém pretensões
Das quais define como poder
É de sofrer

Teus dedos se tornaram os de Midas
Ansioso e desesperados
Impedindo o consumo da comida
Não se come trocados!

Decadente e belo
Assim como Orfeu no inferno
Em busca de sua amada
Você ainda é diferente
Não detém nada

E o amor que pensa ter
Seu próprio pé o esmaga
Em delicioso ruído
Amarga!

A triste lírica do rei destronado
Aquele que nunca reinou
Assim como Warwick e o diabo
Em sua ganância afundou

Patético, patético, patético!
Se não fosse tão esperto
Conseguiria amar um pouco
Tão afoito

Estaria louco?

Febre de VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora