Fantasma

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   As vezes temos aquelas memórias, pensamentos, fixos em nossa mente, lembranças de quando éramos pequenos e não sabemos ao certo se vivemos aquilo ou imaginamos, mas o fato é que esta recordação continua clara e viva em nossos pensamentos, até mesmo depois de adultos.

   Lembro como se fosse hoje, eu era ainda uma criança com seis ou sete anos de idade, costumávamos visitar a casa de meus avós no interior em uma cidade rural.

    Nesta época, nessas casas mais afastadas, não existia luz elétrica, durante a noite, a luz vinha somente dos antigos lampiões a querosene, da lua e das estrelas.

   A casa de meus avós não era totalmente isolada, haviam alguns vizinhos bem perto com poucas cercas, sem a intenção de impedir a entrada, simplesmente para demarcar o território.

   Durante o dia fiquei brincando com algumas crianças que moravam a distância de três casas da minha avó, que ficava mais ao fundo do terreno.

   Ao entardecer, eu ja estava bem cansada mas mesmo assim, queria brincar mais como toda criança, mas meu pai veio me buscar e eu comecei a chorar, tentando ganhar mais algum tempo.

   Como houve resistência, meu pai me pegou no colo me abraçou forte, pois ja estava esfriando naquela noite escura...

   Senti frio e me encolhi nos braços do meu pai dando tchau para meus amigos, olhando por cima do ombro dele.

   Fiquei encolhido e tapei os olhos por alguns momentos para enxugar as lágrimas e esperar chegar na casa da minha avó que não estava longe.

   Quando terminei de enxugar as lágrimas e abri meus olhos, vi algo que não acreditei...

    Bem atrás de nós, havia algo que não pertencia a nossa natureza, não sei descrever ao certo se era uma pessoa ou não, mas certamente não era comum.

   Ele era todo branco, e flutuava como se estivesse deslizando no ar em zig-zag.

   A figura não me ameaçou não me fez mal algum, mas tudo que nos é estranho aos olhos nos causa muito medo.

   Imediatamente comecei a gritar sem parar, meu pai não viu nada pois eu é quem estava olhando por trás dos ombros dele.

   Ele correu ainda mais rápido, achou que algo havia me machucado, mas eu não pude explicar porque estava em pânico.

   Fiquei aliviado quando consegui ver as luzes dos lampiões acesas na varanda da casa da vovó e percebi que já estávamos perto.

   Todos me questionaram o que havia acontecido, eu só pude falar que havia alguém la atrás que sumiu perto das outras casas.

   Meu Pai voltou e perguntou casa por casa, se alguém havia visto algo passar por alí, mas a resposta foi negativa.

    Fiquei com esta lembrança da minha Infância clara como o dia, mas não sei dizer ao certo o que aconteceu.

#Votem_e_Comentem.

#Tamos_Juntos_é_Nois.

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