O Fantasma Do Seminário

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   Eu estava de férias e resolvi junto com uma amiga minha que morava no meu prédio viajar para Juiz de Fora, MG e ir passar a semana santa visitando um amigo meu que é padre e que morava lá.

   Chegamos lá na quinta feira santa e ficaríamos durante uma semana.

   Meu amigo morava em um seminário onde ele era o responsável pela casa e pela educação do seminaristas que lá moravam.  Mas, como era época de férias, alguns seminaristas viajaram para junto de suas família e por isso a casa estava bem vazia.

   O lugar era enorme! Tinha muito verde, muitas árvores, vários prédios, muitos quartos, piscina, um campo de futebol imenso, algumas trilhas, um açude, e até mais acima tinha um cemitério onde eram enterrados os padres da congregação.

   Eu e minha amiga nos acomodamos no quarto de hóspedes, e logo meu amigo nos apresentou a família dele que também estava lá para passar com ele a semana santa.

   Nos entrosamos todos logo de cara, eu e minha amiga ficamos super a vontade com a família do meu amigo padre. E ele deixou a gente com eles porque era uma pessoa muito ocupada, afinal vida de padre é assim mesmo!

   Naquele mesmo dia a noite, meu amigo iria celebrar uma missa numa comunidade próxima e ele precisava chegar lá bem cedo para atender os fiéis da comunidade e disse para mim e minha amiga que nós poderíamos ir na celebração (naquela época eu era muito católica), mas que seria melhor nós irmos com a família dele porque ele teria que chegar na igreja muito cedo, e a família dele iria mais tarde e nós poderíamos aproveitar mais o nosso passeio com eles.

   Concordamos logo de cara, dissemos a ele que depois nós iríamos com a família dele, afinal eram pessoas tão legais, tudo bem!

   Ao entardecer começamos a nos preparar para ir a celebração da quinta feira santa.
Eu e minha amiga prontas, a família do meu amigo padre toda pronta e fomos embora para a missa.

   Já tinha escurecido, e para chegarmos do lado de fora nos portões de saída/entrada do seminário teríamos que caminhar por uma estrada longa de terra cheias de árvores enormes de eucalipto que cercava a estrada e que terminava nos portões do seminário.

   O ar é tão fresquinho por causa dos eucaliptos e da natureza ao redor do seminário, e fomos caminhando em direção ao portão.

   Nós íamos todos animados, conversando e rindo de algumas coisas que aconteceram durante o dia quando no meio do caminho, entre as enormes árvores de eucaliptos, lá no fundo, perto de um córrego, nós avistamos ao longe uma figura toda de branco.

   Vimos que aquela figura estava agachada e ela estava na beira do córrego de costas para nós. A roupa dela parecia aquelas túnicas enormes com um capuz. E achamos estranho aquela pessoa toda de branco estar ali agachada, mexendo no mato pertinho do córrego, afinal ela estava dentro do terreno do seminário.

   Ela parecia estar fazendo algo lá e pensávamos talvez fosse alguém colocando despacho na beira do córrego, porém ainda estava esquisito e todos nós começamos a perceber que a figura que continuava agachada, de costas para nós e se mexendo parecendo fazer alguma coisa com as mãos estava toda de branco, mas não era um branco normal como costumamos ver, era um branco translúcido e transparente.

   Todos nós, eu, minha amiga, a família de meu amigo padre, todos nós presenciamos aquilo. E, quando percebemos que o branco da roupa da figura era translúcido, bem transparente, nós todos começamos a ficar com medo e apertamos o passo, andamos bem depressa, sem olhar para trás até alcançarmos o portão.

   Não sabíamos dizer o que foi aquilo.  Ninguém entendeu o que era! A única coisa que entendemos que era algo sobrenatural porque era translúcido, nenhuma roupa da cor branca de alguém normal ficaria translúcida e transparente.

   Após acabar a missa voltamos para o seminário e teríamos que atravessar novamente a estrada de eucaliptos para chegar no seminário. Atravessamos todos juntos novamente, e desta vez meio apreensivos pensando iríamos ver aquela figura de novo, mas para nossa surpresa quando passamos pelo local onde avistamos aquela figura ela não estava mais lá.

   Ficamos aliviados e prosseguimos sem olhar para trás até chegar no seminário.  Quando meu amigo retornou já eram mais de meia noite, e ficamos esperando ele chegar para contar o que vimos e perguntamos se ele viu algo lá fora.

   Ele riu de nós e disse que estávamos todos loucos e delirando porque ele não viu nada lá fora. E ainda ficou tirando sarro da gente.

   É normal que ele não acredite nisso por ser padre, mas de uma coisa eu e todos os que presenciaram sabemos que aquela figura não era deste mundo! Com roupas brancas brilhante e transparente?

   Aquilo que vimos realmente foi algo sobrenatural!

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