Parte 15 O encontro com o velho de barba branca

9 1 0
                                    

Já estava ficando tarde quando o pequeno anão chamou a atenção do trio.

__ Devemos ir agora ou então ficara muito tarde __ o anão parecia um pouco perdido em seus pensamentos.

__ E para onde nos vamos __ Bernardo não se aguentava de curiosidade e tudo parecia curioso e surpreendente.

__ Nós iremos à casa do mestre __ Gabriel mantinha um brilho nos olhos ao falar do mestre.

__ Que mestre? __ perguntou Bernardo se lembrando do anjo que também falava sobre um velho, mas não como o anão que se referia a ele com carinho e respeito e sim com deboche e ódio.

__ O velho de barba, o sábio, o mestre ou velho amigo, há quem o chame de pai __ os olhos do anão brilharam novamente.

Os quatro caminharam depressa, Gabriel ia à frente puxando os outros por uma ruela que dava para o fim da vila. Os meninos se assustaram quando ao fim da ruela parado por de trás de uma moita estava um lindo trenó branco, a sua frente tinha cinco cães pastores de pelagem branca e olhos azuis.

__ Nossa condução __ apontou o anão para o trenó __ senhorita __ e fez sinal para Mariana embarcar, ela foi ajudada por Bernardo e Lucas que a seguiu e sentou ao seu lado, Gabriel ficou de pé e tomou as rédeas em suas mãos e com um leve sinal os cachorros dispararam pela mata.

__ Eu não sabia que no polo norte tinha florestas__ gritou Bernardo desviando de alguns galhos mais baixos.

__ E não tem __ respondeu a anão se desviando de outro.

__ Então como você me explica isso __ Bernardo apontava para a mata se fechava a sua volta.

__ É muito simples meu jovem, nós não estamos no polo norte __ respondeu o anão sem desviar sua atenção.

__ E onde nós estamos __ perguntou mais uma vez o menino que não parecia entender mais nada.

__ Até quando você vai manter sua cabeça fechada? __ o anão perecia meio frustrado __ eu pensei que isso era obvio. Você realmente não sabe onde nos estamos? Eu já te disse.

__ Não, você não nos disse ainda __ respondeu os três Bernardo Lucas e Mariana ao mesmo tempo.

__ Sim, quando eu lhes dei o bilhete dourado, eu disse que ele iria levá-los a uma viagem mágica em um trem mágico há um lugar mágico __ respondeu o anão com um sorriso de desdém.

__ Mágico! __ espantaram-se os três

__ Isso tudo é mágica e esse lugar é um lugar mágico, longe do alcance dos olhos humanos __ O concluiu o anão.

Ao longe no final de uma clareira todos viram uma pequena casa de madeira e uma longa chaminé __ lá está à casa de meu mestre __ apontou Gabriel para o casebre.

O trenó parou a sua porta e todos sem demora entraram em uma grande e aconchegante sala, ao fundo próximo a uma lareira acesa estava uma mulher de cabelos loiros e olhos também azuis em suas mãos segurava um pequeno rosário.

__Boa noite minha senhora __ Gabriel fez uma longa reverencia, tão longa que quase encostou a ponta do seu longo e fino nariz no chão.

__ Boa noite meu amigo, você não precisa se curvar, ele já vem e nós devemos deixá-los a sós __ ela pegou nas mãos de Gabriel e o puxou por uma enorme porta de carvalho.

Não tinha se passado muito tempo ate que a grande porta novamente se abrira e de lá um velho bem alto com roupas verdes e uma farta cabeleira e barba da cor de prata surgiu, ele olhou para os três através de seus óculos e sorriu e os meninos sentiram um arrepio na espinha quando encararam aquele senhor a sua frente.

__ O senhor é __ mas as palavras se perdiam na boca de Lucas.

__ Sim eu sou __ respondeu o velho com um largo sorriso.

__ O senhor é o Papai Noel? __ Lucas tremia e gaguejava diante do homem.

__ Papai Noel é como as crianças me chamam no natal, os mais pequeninos me chamam de papai do céu. Quem eu sou? Eu tenho muitos nomes, em alguns lugares me chamam de Alá em outros de Jeová, quem eu sou não importa. O que eu sou? Isso eu lhes digo, eu sou amor.

__ Mas sua roupa, ela tinha que ser vermelha ou branca é assim que esta nas historias __ Lucas parecia atordoado com tudo que vera.

__ Eu me visto de verde, porque verde é uma linda cor assim como aquilo o que ela representa. Eu poderia está vestido com roupas de qualquer cor, branco, azul ou ate mesmo vermelho, mas estou de verde, por que todos nós precisamos manter a esperança.

A volta do expresso polarOnde histórias criam vida. Descubra agora