Parte 5 A viagem magica

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Às nove horas no ponto da locomotiva velha, parte da estação pode ser exibida com uma grande nuvem de fumaça e todas as exceções são enviadas para suas poltronas sob o comando do seu capitão. Mas não demorou muito e todos já estavam pisando em um lado para outro.

__ Bom dia senhor, deseja alguma coisa? __ perguntou uma pequenina duende de cabelos loiros e um vestido rodado.

__ Não obrigado. __ respondeu Bernardo com cara de tristeza.

__ Que pena nossos lanches então deliciosos, você tem certeza de que não está tentando nada?

__ Não, que eu não tenho dinheiro __ responda o menino já sem graça.

__ Dinheiro? __ se você quiser __ Aqui você não precisa de dinheiro, você possui bilhetes dourados e recebe o direito de comer o que você quiser.

__ Serio? __ gritou o menino Lucas __ O que você quer então eu quero um de cada coisa que você tem ai.

__ Tudo bem, mas já digo que muita coisa __ disse um duende com um sorriso no rosto.

__ Eu devo estar sonhando, por favor, não me acorda nunca __ os olhos do menino brilhavam ao ver tantas guloseimas sendo servidas em sua bandeja.

__ O que mais esses bilhetes nos direitos? __ perguntou Mariana.

__ Depende __ respondeu a um membro.

__ Depende do que?

__ Da idade de vocês, se vocês já tiverem mais de dez anos, bom, ai pode muita coisa, podem andar pelos vagões e ate viajar em cima do trem __ respondeu a duende __ quantos anos vocês têm?

__ Eu tenho dez __ respondeu Lucas.

__ Eu tenho doze __ disse Mariana.

__ E você meu jovem? __ perguntou a duende encarando Bernardo.

__ Eu já tenho treze anos.

__ Vocês podem fazer tudo isso graças aos seus bilhetes dourado, e bilhetes dourados são muitos raros, assim como são raros os humanos viajando nesse trem, pra ser mais sincera eu nunca tinha visto um antes.

O expresso saiu rasgando a paisagem que mudava de hora em hora, em uma era um lindo bosque florido em outra um deserto escaldante, os meninos não compreenderam como aquilo tudo era possível já mais ouviram falar naquele bosque e muito menos que existia um deserto ali, mas admirava aquilo que mais parecia um sonho encantado do que qualquer outra coisa.

__ Mariana __ chamou Bernardo pela menina de muletas __ como você conseguiu o seu bilhete dourado?

__ Um anãozinho me deu.

__ Um anão me deu o meu também __ os meninos quase não entenderam o que Lucas falava porque estava com a boca cheia de bolo de chocolate.

__Eu acho que o mesmo anão nos deu os três bilhetes dourados __ respondeu Bernardo pegando um bocado de biscoitos e colocando em sua boca.

__ Nossa que coincidência __ murmurou Lucas que agora bebia chocolate quente.

__ Não isso não e coincidência, nos estamos aqui por algum motivo __ afirmou Mariana.

__ Eu também concordo, nós ganhamos esses bilhetes tão raros da mesma pessoa isso tem que ter algum motivo especial eu só não sei qual ainda. __ concluiu Bernardo.

Os meninos continuaram sua conversa por alguns minutos ate uma velha gorda com chapéu de pavão os chamou à atenção, ela os observava e fazia cara feia como se os meninos estivessem fazendo algo extremamente errado.

__ Olha aquela mulher ali __ apontou Lucas __ parece ate uma bruxa __ e os três riram baixinho.

Os meninos já incomodados com aquela mulher os observando resolveram usufruir de seus direitos de passageiros dourado e foram pedir pra poder andar pelo trem, descobriram que o sétimo vagão era todo de vidro e dava pra ter uma vista panorâmica de doa e paisagem. Bernardo e os outros sentiram que o trem começará a subir e a andar em voltas, olharam para fora e descobriram que o trem estava não só subindo, mas também contornando uma imensa montanha em forma de caracol.

__ Com licença crianças __ Bernardo não gostava de ser chamado de criança, mas não respondeu mal quando a duende os chamou.

__ Sim __ respondeu os três ao mesmo tempo.

__ Tenho que pedir pra vocês voltarem aos seus acentos e colocaram os cintos nos já vamos decolar.

Os três não entenderam muito bem o que a duende quis dizer em decolar, mas voltaram pra o vagão de numero três e se sentaram e colocaram seus cistos de segurança.

__ O que ela quis dizer com decolar? __ perguntou Bernardo.

__ Eu não sei de nada, o especialista nisso e o Lucas __ respondeu Mariana, mas não ouve resposta do menino.

Um solavanco e o que todos sentiram, e outro e mais outro o trem começara a vibrar e cada vez mais e todos bateram suas costas nos acentos a locomotiva ganhara velocidade, todos olhavam pra fora, mas nada se via além de uma imensa fumaça esbranquiçada.

__ O que aconteceu? __ perguntou Bernardo com cara de assustado.

__ Não sei __ respondeu Marina já olhando para Lucas.

__ Decolamos __ respondeu o menino gorducho com um sorriso em seu rosto e apontando pra janela.

Bernardo e Mariana tiveram que se beliscar pra ter certeza de que não estavam sonhando, eles viram varias casas pequeninas como se fossem de brinquedos e o velho trem agora estava inexplicavelmente voando rasgando o céu.

A volta do expresso polarOnde histórias criam vida. Descubra agora