Universo Arcano - uma epifania regrada

0.0005 anos-luz

Looping atemporal mostrando a luz que esconde-se no fundo da ideia que é taxada de louca. Louca desvairada, doida, não tem noção dos próprios atos - eles falam. É insana, é pirada, é errada. Me deixa, apenas me deixa - ela fala. Minha existência incomoda - ela clama. Mude, dê um jeito nisso - eles mandam. Para. Para quem? Para. 

Só para. 

Diga-me, qual a tua pira? No que tu és louco? Qual tua paranóia? Para.

Repete. Repete. Repete. Reflete. Repete...? Não; evita. Reflete. Piloto automático.

Subverte, dê uma ideia nova. Subverte de uma ideia nova.

Por que nova se a velha se encaixa? É o que eles pensam. A tecnologia do futuro é o passado. Entende-lo é inverte-lo.

Tentei, falei, falhei. Tentei, falei, falhei. Falhei. Falhei?Sou doida - se falhei pra eles, então falhei. Meu A não conta, meu B despenca, meu C é mudo. Meu mundo é mudo. Meu mundo é surdo. Insanidade. Eu não aguento mais essa cidade. 

Amanhã tudo melhora. Caso contrário, chora. Mais e mais. Desiste e canta, existe e dança. Mão pra baixo, fica quieta, respira, não foge, não foge, fica aqui e foca. Olha de novo e de novo. Abraça a brasa, dói mas deixa a marca. E eles dizem que a marca é boa: "mar calmo nunca fez bom marinheiro". Mar calmo nunca fez bom marinheiro. Vai de novo, só mais um pouco, um sorrisinho, me encontra no banheiro. Não aperta minha mão que dói. Não fica perto que não quero sentir seu cheiro. Quero viver só com minha alma, quero viver só com quem entende. No final, no final eu não to sozinha. Viver a 5000000000 quilômetros, no fundo de Plutão, não é castigo, se carrego uma linha vermelha que representa a loucura dobrada. E a linha é pequena, consigo enxergar a outra ponta. No final, fica certo. Efeito borboleta, labirinto de dédalo.