Universo Arcano - uma epifania regrada

Aglomerado de Fênix

       Vulgarmente, é regrada a epifania que vos fala. Olhares escuros em curtos períodos temporais, bélicos momentos pacíficos. Calmamente desesperadas estão as palavras que foram claramente escondidas. Notas são atribuídas às estrelas que têm brilhos imensuráveis. Aparecer-te-á no primeiro momento inoportuno. Tu sabes a dor de ter tudo o que tu acreditavas retirado de ti num supetão? Descobrir que, enquanto foram um inteiro capítulo em tua história, tu não passas de uma nota de rodapé na deles?

       Sou capaz de ouvir o inaudível grito que ensurdece qualquer ser vivo. Seria essa mais uma evidência de que não me encaixo nesta categoria? Essa função devia ser desempenhada por alguém, mas, por que eu? Ou melhor, essa função devia ser desempenhada por alguém? A meu ver, as pessoas passam, vêm, e não voltam. Não convém. Pense nos momentos que foram deturpados simplesmente pela minha vã presença. Por mais que as mentes não fossem presentes, um simples átomo já distraí o momento amigável contido nas mãos entrelaçadas.

       É que eu estou no centro do Aglomerado de Fênix; egoísmo é minha palavra. Atraio. O meu é meu e somente meu, mas o que faço com isso? Vem para mim, e fica. Me enche, e não transborda, apenas afunda cada vez mais. Afunda e comprime, passa e nunca mais volta. Não sei ao certo quanto tempo mais ficarei, mas sei que ficarei. É que eu estou no centro do Aglomerado de Fênix, deturpar é minha missão.