Capítulo 3

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Kai

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Kai....

Eu podia esta, mesmo arriscando, nunca fui de me envolver assim, eu sempre mantinha a rotina, mantendo minha discrição, mas hoje eu estava aqui quebrando minhas próprias regras, aquela de manter longe e seguro, quanto maior minha privacidade melhor seria para ela...

— Você me chamou para um passeio, mas esta muito, calado para um guia.

— Me desculpe, eu geralmente não faço isso.

Ela franze a testa.

— O quê? Ficar calado?

— Não, sair com alguém...

— Ah! Se isso te deixa melhor, também não costumo sair com estranhos...

Ela pareceu chateada com minha resposta, pelo tom de ironia em sua resposta, eu devia esta sendo um idiota.

— Me desculpe, eu sou mesmo um péssimo estranho para se ter ao lado.

Ela abre seu primeiro sorriso, desde que fechou a cara.

— Me diz, por que isso parece te incomodar?

— Não tem nada a ver com você, sou eu, nunca saio, mantenho sempre a mesma rotina.

— É agorafóbico?

— É a segunda vez que alguém me pergunta isso, mas, não, eu apenas gosto de segurança e privacidade.

— É algum fugitivo, procurado pelo FBI?

Solto uma risada alta, enquanto caminhamos pelas ruas de Florença.

— E você, é alguma agente disfarçada?

Ela balança os ombros, com um sorriso divertido.

— Talvez!

— Que pena, eu estava quase te dizendo meu nome, agora acredito, que vamos ter que esperar até o terceiro encontro, para me sentir seguro.

Ela para ao meu lado, com a sobrancelha erguida, esta tentando disfarçar um sorriso, mas esta difícil.

— Esta me dizendo, que teremos um terceiro encontro, agora a pouco estava se sentindo péssimo em sair comigo.

— Parece que ficar ao seu lado, não é tão ruim..

Ela solta uma risada, e eu fico parado observando o quanto ela ficava linda, seus cabelos ruivos estavam soltos, esvoaçantes ao vento, ela era como uma daquelas obras perfeitas, feita para completar a beleza de Florença, ela ainda esta rindo com os cabelos em seu rosto, minha mão parece se mover sozinha quando se ergue para tirar uma mecha, rebelde de seu cabelo de fogo, ela para de ri e seus olhos estão atentos em meu movimento, aquilo parecia inocente, um gesto simples, mas o que eu estava começando a sentir aqui dentro, aquilo não era nada inocente, senti como se minha calça, ficasse apertada de repente, recolho a mão rapidamente, era como se tivesse me queimado, eu sabia que não podia, nunca, aquilo era algo que eu sempre me mantive distante, mas nunca corri o risco, porque nunca havia sentido o que estava sentindo, por essa estranha linda.

— Melhor, irmos.

Ela concorda, mesmo que sua expressão de antes, divertida tenha dado lugar a uma de confusão e decepção, eu não fazia ideia do que estava fazendo, mas seja lá o que fosse, era melhor parar.

O restante do passeio, se tornou estranho, ela parecia perdida em seus pensamentos, sei que parte disso foi minha culpa, eu precisava consertar, talvez se pudéssemos manter o foco no mesmo interesse, na arte, eu sabia que ela era apaixonada pela arte e que isso de alguma forma, poderia ser uma vantagem.

— Já foi ao museu?

— A primeira semana que cheguei, passei explorando cada parte, mas depois da exposição, senti que minha empolgação acabou, digo, eu vim com um objetivo, mas como não consegui, vou ter que retornar a Nova Iorque.

O pensamento dela partindo, não me agradou, e meus pensamentos estavam em conflitos, ação, versos, emoção, eu estava numa espécie, de ringue interior.

— Então, vai desistir?

Ela baixa a cabeça abatida.

— Não posso continuar atrás de alguém, que eu não conheço e ainda correndo o risco de levar um não na cara.

— Como você sabe?

— Eu já sabia, que isso era quase impossível, o cara é um artista importante, porque abriria exceção para mim, uma estranha que veio de outro País.

De repente me senti mau, eu estava bem ali do seu lado, no entanto, continuei omitindo meu nome, eu tinha que fazer algo, só não podia ser agora.

— Acho, que você o convenceria apenas como olha para arte.

Ela sorri.

— Que bom! Que você acha isso..

— Se eu te passar um endereço, você iria cedo, amanhã?

Ela parece confusa, mas quem não estava, esse não era eu, estava fazendo tudo exatamente ao contrário do que faria.

— Por que, o que tem nesse lugar?

— Você vai saber, quando chegar lá.

Ela pega seu celular e olha para mim.

— Vai marcar meu número?

Sorrio ao pegar o meu, ela me passa seu número e eu digito.

— Pronto, vou mandar o endereço mais tarde, antes de você dormir..

Ela sorri..

— Vai dormir cedo, ou pretende sair?

Eu sei, isso não era da minha conta, mas a pergunta fugiu dos meus lábios.

— Vou dormir, acho, que por hoje, já fiz um bom turismo.

Um alívio egoísta, tomou conta de mim.

— Que bom!

Pronto de novo, lá estava eu deixando as palavras escaparem, sem controle de meus lábios, ela simplesmente ergue uma sobrancelha e sorri.

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