Capítulo 8

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Sienna...


Então era isso, eu era sua aluna, claro que fantasiar Kai, dizendo que queria algo comigo, que o que ele sentiu foi muito mais do que atração, como eu estava me sentindo, desde do primeiro momento que pus meus olhos nele, eu não fazia ideia de que ali estavam os dois homens, que me fascinaram desde do primeiro momento que ouvi a voz de um, aquele sorriso sedutor, imaginando as mãos do outro, enquanto deslizava sobre uma tela branca dando cores, dando vida aquela arte que se apossou da minha alma, eu não fazia ideia de que o mesmo responsável por possuir minha alma, estaria agora possuindo meu coração.

— Tem certeza, que esta bem?

Olho para True, que ainda esta, parado ali me observando, eu devo ter ficado muda e sem ação desde que Kai, saiu pisando duro.

— Ah! Claro, eu só preciso tomar meu café.

— Seu professor de artes, ele é meio novo.

— Ele é um astro em artes, acredite, eu diria o melhor em anos.

Ele franze a testa.

— Sério, eu achei, que aquele artista, um que teve seus quadros expostos aqui, semana retrasada, como é mesmo o nome dele?

— Kai Rowan.

Digo, sentindo minha garganta se apertar.

— Esse mesmo, ouvi dizer, que o cara é meio problemático.

Ergo minha sobrancelha, sentindo uma certa irritação, ele não podia falar isso de alguém, que não conhecia, especialmente de Kai.

— Por que, diz isso?

Eu sei, que meu tom saiu um pouco irritado, mas estava difícil disfarçar minha reprovação.

— Não é óbvio, o cara tem fama e muito dinheiro, está em alta, mas mesmo assim se esconde do mundo, como se fosse sei lá, uma aberração.

Fico de pé rapidamente, talvez o meu encanto tenha passado rápido demais e que minha falta naquele encontro, não tenha sido de todo o mau, parece que esse, cara aqui finalmente esta mostrando seu verdadeiro eu, e com toda certeza seu ego, esta me deixando sufocada.

— Talvez ele só queira privacidade e se manter distante do mundo, onde as pessoas percam seu tempo criticando sua vida, ou suas escolhas, o que realmente é importante para ele, acredito, que pessoas assim como você NÃO CONSEGUEM ENTENDER.

Me viro para dar de cara, com Tarantino de olhos arregalados, pego meu pedido e entrego o envelope com dinheiro, depois sigo meu caminho sem olhar para trás, aquele babaca, não tinha o direito de julgar as pessoas, quando não fazia ideia do que elas tinham passados em suas vidas para chegarem até aqui.

Nunca havia, caminhado com tanta urgência, eu queria chegar o mais rápido até o prédio de Kai, eu sei, que estava magoada, porque, no fundo, meus sentimentos por ele estavam crescendo rápidos demais e como no início quando apenas pensei em meu coração magoado, talvez fosse mesmo uma previsão, do que viria pela frente, só mais algumas semanas, antes de eu retornar a Nova Iorque.

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kAI...

Nunca me senti assim, parecia que meu peito estava sendo esmagado por toneladas, aquilo não podia esta acontecendo, não agora, mas porra, eu não conseguia parar de pensar nela, com aquele babaca, eu havia entregado tudo assim, e agora estava aqui já havia pintado 4 telas, meu peito estava ofegando de tão cansado que me encontrava, mas a agitação que estava aqui dentro, me consumindo, essa era, como uma tortura, a imagem de Sienna sob meu corpo, depois em volta de meus braços, fiquei por alguns minutos ontem observando ela adormecer, e cada minuto que se passava, eu me sentia mais perdido por ela, hoje durante a visita à clínica, fiquei observando a figura pálida ligada aqueles aparelhos, já se passaram tanto tempo, eu queria me sentir culpado ao olhar para ela, por esta me sentindo vivo, mas não consegui, foi a primeira vez que me senti realmente inocente, de todo aquele passado, onde meus sonhos foram massacrados, mas depois dela, do sorriso dela, eu não conseguia pensar em mais nada, do que em viver, de poder ter seu sorriso ao meu lado, um sorriso, que trouxe cores para minha vida cinzenta.

Ouço a porta se abrir apressada, mau me viro para olhar em direção a porta do atelier, Sienna surge, ela estava ofegante e parecia que havia corrido.

— Kai...eu..

Não consigo, eu sei, que deveria, mas não consigo evitar quando ando apressado em sua direção e a puxo para meus braços, Sienna pula enroscando suas pernas em volta de minha cintura e eu a beijo desesperada, eu queria sentir ela, precisava dela, caminho com ela até esta no sofá, foram segundos até eu me livrar de minha calça e ela de sua calcinha, me encaixo nela a penetrando, eu não me importava se estava em meu lugar sagrado, com ela tudo era intenso, vivo, o fato de esta de vestido facilitou tudo, quanto mais eu a penetrava e nossas respirações ficavam altas, mais eu acelerava o ritmo.

— Kai...eu..

A beijo, mordendo seu lábio.

— Assim, ruiva....assim..

Eu sei, me deixei consumir pelo desejo que ela despertava em mim, pelo momento aquecido de raiva, de posse, porque, eu a queria, somente para mim, estávamos num momento entorpecido, quando finalmente gozo, mas percebo o erro, a camisinha, a merda da camisinha, isso nunca havia acontecido, já era tarde, quando percebemos o erro, aquilo me deixou possesso, me afasto fechando a calça e esfregando meu rosto, se houvesse qualquer possibilidade dela engravidar eu ficaria louco.

— Merda...merda....

— Calma kai, você esta levando isso muito a sério..

Ela só podia esta brincando, eu contei tudo a ela, disse que nunca teria filhos e para isso sempre fui alguém responsável, nunca deixei que meus impulsos me dominassem, até ela surgir em minha vida.

— E VOCÊ, PARECE BEM CALMA...

Ela se assusta, com meu jeito, mas aquilo era o pânico me dominando, lembranças de minha infância, do quanto tempo passei com psicólogos, para entender que eu era normal, porra só a lembrança das crianças em sala de aula rindo de mim, porque eu não sabia as cores, eu conseguia ouvir aberração, soando em meus ouvidos, direto.

— Você acha, que sou culpada, apenas por deixar meus sentimentos por você, me dominar, julga que eu seria capaz de fazer isso de propósito, pensa, que eu ficaria grávida de alguém que tem medo, que não sabe o que quer...

Vejo lágrimas em seus olhos, enquanto ela se levanta e pega sua calcinha, que ainda estava no chão, depois caminha para longe de mim.

— Não sou esse tipo, de pessoa Kai, mas pelo visto você assim como aquele babaca, que larguei lá no café, gostam de julgar as pessoas.

Ela continua, até parar na porta e se virar derramando lágrimas.

— Sabe, eu teria um filho com acromatopsia, com muito orgulho, mas sabe o que eu, não faria...

Ela solta um soluço..

— Não faria com alguém, como você, ALGUÉM CHEIO DE PRECONCEITOS.

Ela saia apressada e eu fico ali, sentindo o gosto amargo de cada palavra, direcionada a mim, eu era mesmo um imbecil, como eu conseguia estragar as coisas assim, com tanta facilidade.

— PORRA....MERDA..

Arremesso a bandeja com tintas, na parede me sentindo frustrado, deixar meu medo me dominar daquela forma, fazendo a única pessoa que me aproximei em anos, chorar daquele jeito, o modo como seus olhos estavam nublados pela dor, aquilo era como sentir uma faca me esquartejando a alma.

Ouço a porta da sala se abrir e fechar rapidamente, um pânico maior tomou conta de mim, me levanto rapidamente indo até seu quarto, abro o guarda, roupas e suas coisas ainda estavam lá, mas ela havia saído.

Corro até a sala e pego meu celular, disco seu número, mas ela não atende, claro que ela não atenderia, eu era um idiota e havia fodido com tudo.

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