Hell(o)

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👹↩[👼]

Deus não era assim, certo? Ele era para ser um ser bondoso e misericordioso como dizem as escrituras sagradas.
Mas... e se elas estiverem erradas? Ninguém numca pensou nisso?

Deus era bom, misericordioso e amável, mas séculos após a revolta de lucifer, ele ficou amargo e descontava em todos nós, anjos.

É o oposto do que os cristãos acreditam. É confuso, eu sei. Mas continuamos exercendo nossa função de proteger os mortais, uma vez que precisamos da crença cega deles para existir.

No entanto, se eu fosse com Jimin, eu seria livre.

O som seco e cheio de eco soou novamente. Era Ele?

Não, não poderia ser.

O som ecoou novamente, e de novo e de novo, cada vez mais perto, cada vez mais alto.

-Jimin...-Murmurei, assustado com a possibilidade d'Ele lutar pelo meu lugar como anjo. O mais puro e fiel.

-Fique calmo, meu anjinho. -Ele disse, mas notei que estava tão tenso quanto eu mesmo. -É agora, Junggie. Você só precisa dizer-me que aceitas ser meu Caído e ele não poderá lutar contra isso. Faça o juramento.

-Eu-

Mais um som, e depois, silêncio. Ele estava aqui.

-Jimin...-Minha voz estava trêmula. Peguei sua mão direita e direcionei no centro de meu peito, onde fica meu coração. -Pelas forças em mim colocadas na criação, eu revendico a mnha posição como anjo e servo fiel do Deus dos humanos.-Digo, firme e confiante, com minha voz celste, para que os dois reinos me escutem fazer o juramento, me tornando o Caído de Luxufur-Eu aceito ser teu Caído, Jimin.

Ele pegou em minha mão, mas antes de poder guiar-me para qualquer lugar, uma dor acometeu-me. No meio do peito e expandindo. Estaria eu morrendo? Ele estava matando-me? -Ah! Jimin!-Gemi, em suplica para que fizesse algo. A dor estava fazendo-me contorcer e choramingar. É claro que Ele não veio aqui.

Era o anjo da morte.

A dor era aterradora, ouvia Luxufur falar algo ao fundo, porém não identificava nada, além de meus próprios gemidos e gritos de dor.

E então, o breu. Não sinto nada. Minha consciência está ali, mas não consigo acessá-la. Não posso me mover, mas sinto que estou sendo movido, com pressa.

Depois de um tempo, algo em torno de vinte minutos - mesmo eu não tendo nenhuma referência de tempo -, sinto-me ser cercado por uma camada densa de calor. Um calor tão forte e presente que me faz querer arrancar minha pele, que está pinicando tanto quanto minhas narinas, que parecem estar sangrando. Logo o calor se dissipa, dando lugar a um calor mais acolhedor e sinto meu corpo morto (?) ser posto em uma plataforma macia e confortável. Provavelmente uma cama.

Não consigo ouvir nada, nenhum ruído, ou voz. Simplismente silêncio absoluto. Meu ouvido começa a captar alguns sons agudos, que parecem vozes. Gritos e pedidos de socorro.

Céus! Onde eu estava?

Começo a recobrar os outros sentidos do corpo. Logo sinto um cheiro. Bourbon? Ah, sim. Pelo suposto quarto inteiro. Farejo o ar em busca de mais daquele cheiro que me faz ficar incrivelmente confortável, como se aquele cheiro fosse um cheiro de casa.

Meus dedos começam a funcionar novamente, logo estou firmando meus braços, tentando levantar meu corpo, mas uma mão em meu peito me para, me fazendo deitar novamente.

-Ei, Anjinho. Está tudo bem? -Pela voz, reconheço ser Jimin, mas estou sem minha visão, que estranhamente, é o único sentido que me continua a ser privado.

Hell KingOnde histórias criam vida. Descubra agora