Quarenta

6.4K 996 431
                                    

O momento em que o início e o fim da vida são determinados, talvez sejam os que mais reúnem sentimentos em torno de si.

Pense bem. Quando um novo bebê nasce, um pequeno bebê desejado, amado antes mesmo de vir ao mundo. Quando este bebê nasce, todos ao redor festejam. Todos se sentem, ao menos um pouco, mais vivos e alegres. É uma nova vida.

Porém, quando alguém morre... morre um pedaço daqueles que conviviam, amavam e ansiavam apenas por mais dias de sorrisos, abraços, e até mesmo discussões bobas como quem ficaria com o último pãozinho de mel...

É um momento que reúne muitos sentimentos, mas vagamente, são sentimentos bons.

Entretanto, sentado sobre uma das cadeiras azuis da delegacia, o sorriso satisfeito que Kim Jongin carregava nos lábios era enojador.

ㅡ Ele morreu? ㅡ Perguntou ao policial Tuan, que mantinha-se ao seu lado.

O desejo daquele policial era de descarregar sua raiva, sua frustração e sua tristeza. Tudo de uma só vez.

Mas precisou respirar fundo para não causar um erro.

O polícia Choi adentrou a delegacia, retornando de sua sala.

ㅡ O delegado já irá atendê-lo, enquanto isso, pode colocá-lo numa cela.

Tuan assentiu, erguendo Jongin contra sua vontade para que andasse em direção a caixa de grades.

ㅡ Você ligou para minha advogada? Park Boram, você ligou?! ㅡ o Kim perguntou exasperado. Seu corpo foi jogado como lixo dentro daquele lugar. Mark fechou-o ali e virou-se de costas. ㅡ incompetente!

Respirando mais uma vez fundo, voltou ao lado do policial Choi.

ㅡ Alguma notícia?

ㅡ Os noticiários só falam disso, mas... nada de como eles realmente estão.

ㅡ Será que morreram?

ㅡ Eu não sei o tal Jeon, mas o outro... ㅡ Youngjae negou, lamentando. ㅡ aquilo foi...

ㅡ Assustador, eu sei. ㅡ Tuan sentou-se numa das cadeiras, pensativo. ㅡ Taehyung confiou tanto em mim...

ㅡ Não foi nossa culpa. Estávamos lá, seguimos os protocolos, ele atirou porque... é um louco.

O policial assentiu, mesmo que dentro de si, ainda rodasse em sua mente que poderia ter impedido aquilo. Ao menos diminuído os danos. Um tiro na barriga? Com o tanto de sangue que aquele garoto perdeu com pressa, era quase impossível acreditar que ficaria mesmo vivo.

Ergueu os olhos quando uma mulher adentrou a delegacia, e notou ser Boram, seu rosto estava nas notícias.

ㅡ Onde ele está? ㅡ a mulher perguntou.

Mark se ergueu, olhando-a.

ㅡ Você é a mãe daquele garoto? O Park?

ㅡ Onde ele está? ㅡ sua pergunta veio dura. O Tuan ergueu as sobrancelhas, negando fraco. Apontou com o queixo, guiando Boram pelo corredor cujo Kim estava.

ㅡ Você veio, ainda bem. ㅡ Jongin parecia feliz.

O policial Tuan deu a ordem para Jongin encostar-se na parede e abriu para que Boram adentrasse o lugar.

Ficou na entrada, o mais aconselhável era a mulher ser guiada para a sala do delegado junto ao cliente, mas Boram estava diferente, seus olhos vermelhos, molhados, diziam o que talvez Tuan entendesse bem. Estavam raivosos.

A mulher respirou fundo, seu peito subia e descia. No momento em que o Kim se aproximou, sua mão se ergueu, desferindo um tapa tão forte, que o rosto do Kim virou, tornando-se vermelho no mesmo instante.

Sex Angel - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora