Dezenove

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O corpo alto, vestido num terno fino e bastante elegante, relaxava sobre a poltrona de couro da sala de estar com um belo cruzar de pernas.

Kim Jongin sorria com os lábios presos sobre a borda do copo de cristal. Sentia o cheiro forte que seu Johnnie Walker tinha, apreciava os olhos assustados guiados a si e sentia-se bem. Amava colocar medo e se sentir superior.

Bebeu do líquido amarronzado, fitando melhor sua visita. Sentiu o gosto conhecido e forte descer por sua garganta, então suspirou, repousando-se melhor sobre o estofado.

ㅡ Como ele está? ㅡ perguntou.

ㅡ Eu não quero mais fazer isso. ㅡ a voz falha lhe trouxe um rir suave. Não era como se aquela pessoa tivesse escolhas ali.

ㅡ Ande, fale de uma vez. Como meu garoto está?

Após um pigarro, ouviu o que tanto queria, enchendo-se ainda mais.

ㅡ Ele está bem.

ㅡ E como anda aquela ideia de boate? ㅡ revirou os olhos.

ㅡ Eu não sei, nós não nos falamos com frequência.

ㅡ Você não me serve de nada, francamente...

ㅡ Eu lhe disse que não poderia ser tão útil.

ㅡ Mas é claro que você pode. Apenas não quer. Me diga, e aquele outro assunto?

ㅡ Porque você só não deixa eles em paz? Fazem anos, Kim!

ㅡ Cale a boca, você não sabe o que fala. Quando se ama, tempo nenhum é capaz de apagar, entendeu? Eu apenas quero que me diga como meu anjo está. Deixe de ser um inútil e me conte, ele já deixou de ver aquele... bailarino?

ㅡ Não faça nada a Jimin, por favor.

ㅡ Você parece simpatizar bem com ele. ㅡ Jongin negou, estalando a língua e buscando mais de sua bebida, tomando-a de uma só vez, querendo cobrir sua raiva inapropriada apenas ao lembrar de que seu Jungkook poderia estar gostando de outro. ㅡ Mas Jungkook é meu. Apenas meu.

Causava um arrepio a forma possessiva em como ele proferia aquilo. A quem ouvisse, com certeza, soaria doentio. Jongin havia retornado dos Estados Unidos apenas por causa daquele pobre garoto. Era louco, fissurado. E deixava claro que não se aquietaria até ter Jungkook de volta.

ㅡ Você sabe onde ele mora? ㅡ Inquiriu, jogando os cabelos bem cortados para trás e erguendo as sobrancelhas.

ㅡ Você sabe onde Jungkook mora. Sabe com quem ele mora.

ㅡ Eu não me importo com aquele amiguinho dele, e não estou falando de Jungkook. Falo do bailarino. Onde ele mora?

ㅡ Para quê quer saber?

ㅡ Só quero mandar um presentinho...

Sorrindo, Jongin viu a relutância daquele que lhe ajudava.

ㅡ Só, por favor, não os machuque.

Riu, de forma alta e assustadora, e negou em seguida.

ㅡ Claro que não, não sou desse tipo.

Com cinismo, animou-se, ao ver o endereço ser anotado num pedaço de papel.

[...]

Park Jimin permanecia deitado. Um sorriso grande, estampado de toda a sua animação e realização, mantinha-se perpetuado em seu rosto. Seu corpo ainda doía, mas ele sequer ligava. Havia feito sexo. Sexo selvagem, duro. Havia perdido a virgindade e presenciado o lado mais sedento e indomável de Jungkook. Nada podia ser melhor.

Sex Angel - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora