Solaris: A Era das Trevas

Capítulo 2: Uma Nova Ameaça

No dia seguinte após a chacina de Pandora muito se falava ainda. Muitas pessoas se perguntavam o que poderia ter causado tamanha destruição a um reino tão prospero e forte. No Reino Leste era feito uma reunião de extrema importância entre as pessoas mais importantes de Solaris.

— Ora, senhores! É impossível um dragão ter feito isso, eles deixaram de existir faz mais de quatro mil anos — surtou Wilton, um elfo que representava o grande clã dos belos e refinados elfos do Norte na Cidadela.

— E o que você acha que fez aquilo? A fada dos dentes? — Indagou Sigurd, um anão que representava o Conselho de Marchiori da Cidadela.

— Blasfêmia! — berrou Wilton, se levantando e desferindo um tapa contra sua mesa, furioso.

O Rei Leste então se levantou de sua cadeira, fazendo todos se calarem.

— Se recomponham, cavaleiros! Uma nova ameaça surgiu recentemente e não precisamos de ninguém discutindo, precisamos de soluções.

— Soluções? Perdoe-me, Majestade... mas como vamos saber o que fez aquela bagunça toda em Pandora? Não restou ninguém, sequer deixaram uma criança viva — Arvid, um general de alta patente do Reino do Oeste, tinha a palavra agora e com ela, ele entregava os fatos.

O anão se levantou de sua cadeira, mal podia ser visto direito por conta da altura da mesa.

— Mataram até as crianças?! Mas com que tipo de monstro estamos lidando? Selvagens malditos! Eu irei caçar eles até a beira do mundo!

— Acalme-se, meu pequeno amigo, o nosso misterioso inimigo não deixou rastros para trás. Infelizmente — comentou Arvid, tentando acalmar Sigurd.

O anão se sentou meio deprimido. A sala de reuniões ficou em total silêncio por alguns segundos até que...

— Meu rei! Sobreviventes! — um cavaleiro que guardava os portões do reino anuncia ofegante, entrando na sala estourando a porta com um empurrão.

Todos na sala se levantaram em tom de surpresa.

— Fiquem todos aonde estão! Lyphie, traga-os para cá, por gentileza — pediu Leste.

A sala de reuniões estava uma bagunça, todos não acreditavam que havia sobrado sobreviventes, além disso, estavam ansiosos para saber qual a nova ameaça crescente. Foi então que Lyphie, o cavaleiro, retornou apenas com o Mestre de Pandora que ao entrar na sala se ajoelhou perante o Rei Leste.

— Levante-se, por favor — pediu Leste — Conte-nos, amigo, o que houve em Pandora? Onde estão os outros sobreviventes?

— Houve uma chacina, Majestade, isso que aconteceu. Um enorme exército nos pegou de surpresa pela noite e acabou com qualquer um que estava em seu caminho. Os outros sobreviventes são a esposa do Rei Eliadas e seu filho, eles preferiram não vir, estão em choque pela perda de seu lar e amado Rei.

— Entendo... podes me dizer que tipo de exército tão cruel causaria tamanha destruição a Pandora? — indagou Wilton, assumindo uma postura imponente.

— Não era um exército qualquer, meu lorde. Eram mortos-vivos.

A sala de reuniões ficou em silêncio novamente e todos os presentes olharam um para os outros, até mesmo os cavaleiros que guardavam a entrada.

— Mortos-vivos? Que tipo de piada você acha que pode fazer em um momento como esse, seu careca? Achei que tinha sido um dragão! — berrou o anão, se pondo de pé em sua cadeira.

— Não é uma piada, eu juro pela minha vida e pela via do rei Eliadas que aquelas pessoas eram... Ngh! Olha, eles estavam mais vivos que nunca, eles tinham criaturas enormes que derrubaram nossos portões e outros que voavam em cavalos alados negros. Eles eram a morte. Eu os vi com meus próprios olhos.